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Aristoteles / Obras

Por:   •  3/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.126 Palavras (9 Páginas)  •  934 Visualizações

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Neste presente trabalho, será identificado as principais obras deste autor, Aristóteles, e os seus principais pensamentos relacionados ao âmbito jurídico ou seja, ao Direito e também suas contribuições para a contemporaneidade. O objetivo deste trabalho é abordar de forma clara e coesa as principais obras deste filósofo relacionada ao Direito e as contribuições de seus pensamentos e obras para a contemporaneidade. Para maior clareza o trabalho será dividido em quatro partes, a primeira falará de forma breve sobre Aristóteles e sua vida e uma síntese rápida de seus pensamentos, a segunda parte abordará suas obras, as mais conhecidas, na terceira parte do trabalho será mostrado uma obra especificamente que tem grande relação com o Direito e com o que Aristóteles entendia por ética e justiça e com isso mostrar seus pensamentos, atribuições, na quarta parte versará sobre o que esses pensamentos trouxeram de “avanços” para  a contemporaneidade.

  • Biografia e síntese –

Aristóteles nasceu em 384/383 a.C, em Estagira, na fronteira macedônica. O pai de Aristóteles, chamado Nicômaco, era médico corajoso, tendo servido ao rei Amintas, da Macedônia. Assim, deve-se presumir que, durante certo período, o jovem Aristóteles, com sua família, tenha morado em Pela, sede do reinado de Amintas, e que possa ter inclusive frequentado a corte. Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C., a escola Liceu, voltada para o estudo das ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para comprovar fenômenos da natureza. O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia, metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Órganon, que reúne grande parte de seus pensamentos. Aristóteles legou os seus manuscritos a Teofrasto, seu sucessor na liderança do Liceu. Eram vastíssimos, tanto em volume como em alcance, incluindo escritos sobre história constitucional e história do desporto e do teatro, estudos sobre zoologia, botânica, Biologia, Química, Matemática teoria do conhecimento, filosofia da ciência e história das ideias. Abordando assuntos dos mais diversos, Aristóteles dedicou-se à justiça como mais tema a ser desenvolvido, a necessitar de maiores reflexões. Seu legado foi inarrável precioso no campo da ética, à qual, a justiça e o Direito possuem um vínculo indivisível.

  • Obras-

As principais obra de Aristóteles são: Ética a Nicômaco, Política, Órganon, Retórica das paixões, A poética Clássica, Metafísica, De Anima ( da alma), O homem de gênio e a melancolia, Magna Moralia (a grande moral), Ética a Eudemo, Física, Sobre o Céu.

Uma das obras que será abordada nesse trabalho é Ética a Nicômaco que tem grande elo com o estudo do Direito.

  • Relação com o Direito

Ética a Nicômaco é uma das principais obras de Aristóteles, nessa obra Aristóteles expõe seu ponto de vista teleológico e eudaimonista da racionalidade prática, aborda também a sua concepção de virtude como média e suas considerações acerca do papel do hábito na ética. Ética a Nicômaco é considerada a mais amadurecida e representativa do conhecimento aristotélico.  Aristóteles inicia seu livro de referindo aos bens e os define como sendo “aquilo que as coisas tendem” (ARISTÓTELES, 2002a, p17). Para Aristóteles, dentre todos os bens que o homem faz, por trás destes existe um bem maior que seria a finalidade desses bens, tal finalidade seria a felicidade do homem; este bem (felicidade) que todos almejam só é obtido através dos atos virtuosos, em sua prática. No pensamento de Aristóteles existem dois tipos de virtude, a virtude intelectual e a virtude moral. Virtude intelectual segundo Aristóteles se adquire com o ensino, necessita por isso de tempo e experiência, a virtude intelectual consiste no aprender com o diálogo e na reflexão com a busca do verdadeiro conhecimento, ou seja a virtude intelectual nasce e progride com a “absorção” da aprendizagem e da educação. Já a virtude moral é aquela ligada ao hábito, que é considerado bom pela ética, ou seja a virtude moral não existe por natureza, ela não vem de dentro e sim, de uma certa forma é imposta ao homem como aquilo que é correto, apenas existe a potencialidade, a possibilidade de se desenvolver a partir dos atos virtuosos.

"Por exemplo, a pedra, que por natureza se move para baixo, não pode ser habituada a mover-se para cima, ainda que alguém tente habituá-la jogando-a dez mil vezes para cima; tampouco o fogo pode ser habituado a mover-se para baixo, nem qualquer outra coisa que por natureza se comporta de determinada maneira pode ser habituada a comportar-se de maneira diferente" (ARISTÓTELES, 11,1,1103 a 19-24)

 

A ética em Aristóteles parte do conceito de teleologia, no sentido de que todas as formas existentes tendem a uma finalidade (thélos). Nessa linha, “toda ação e todo propósito visam um bem”, entendendo-se por bem “aquilo a que todas as coisas visam”. (ARISTÓTELES, 1996, p.118), se o homem levar em consideração a prática da ética poderá ser justo ou injusto a partir de seus atos tornando-se assim um sujeito virtuoso, como foi acima falado.  A ética de Aristóteles é social e a sua política é ética, a ética e a política estão completamente relacionadas, na ética o homem em sua individualidade é essencialmente membro da sociedade e na política a virtude social do Estado, dos governantes do povo, será a medida da virtude de seus cidadãos. O objetivo da ética em Aristóteles consiste em estabelecer critérios para uma vida ordenada dentro da sociedade, ou seja, a ética proferida por Aristóteles tem como fim último a busca do bem, esse mesmo bem supremo é o alvo do Estado: o bem comum. É com este objetivo que o indivíduo realiza sua felicidade dentro do conjunto societário, em consonância com o interesse da comunidade, chegando assim a realização plena da sociedade.

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