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A OBRA DE ARISTÓTELES: ÉTICA A NICÔMACO - LIVRO V.

Por:   •  18/1/2018  •  Dissertação  •  2.641 Palavras (11 Páginas)  •  457 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ[pic 1][pic 2]

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA: FILOSOFIA

PROFESSORA: ISABELLA VIVIANY S. HEINEN

DISCENTE: SERVULO AUGUSTO RAMOS DOS PASSOS

TEXTO DISSERTATIVO SOBRE A OBRA DE ARISTÓTELES: ÉTICA A NICÔMACO - LIVRO V.

São Miguel do Guamá

2017

1 - Aristóteles afirma no livro de V da Ética a Nicômaco. “A justiça é a forma perfeita de excelência moral, porque ela é a pratica efetiva da excelência moral perfeita. Ela é perfeita por que as pessoas que possuem o sentimento de justiça podem pratica-la não somente em relação a si mesmas como também em relação ao próximo”. Tendo em vista o conceito de justiça apresentado acima o relaciona a concepção de equidade tratada por Aristóteles.

Analizar os aspectos sociais que estão constantemente influenciando de alguma forma em nossas vidas é uma tarefa que deve ser feita com cuidado e atenção buscando sempre focalizar um assunto determindo. Levando em consideração o por quê, de que forma e em que proporções este determindo fenomeno ocorre.

A obra de Ética a Nicômaco é uma das mais estudadas no meio filosófico e de outras disciplinas, este livro abarca uma serie de conceitos que são diretivas da vida cotidiana e que influenciam segundo o autor “(...) No que toca à justiça e à injustiça devemos considerar: (1) com que espécie de ações se relacionam elas; (2) que espécie de meio-termo é a justiça; e (3) entre que extremos o ato justo é intermediário”. (ARISTÓTELES, 1991, p.96) quanto a isso se considera uma série de decisões realizadas e atos efetuados pelo indivíduo.

Pela natureza do agir moral humano e daquilo que o constitui, Aristóteles conclui ainda nas primeiras páginas da Ética a Nicômaco que só podemos fornecer para o estudo da ética e de sua ciência arquitetônica, a política, no máximo esquemas gerais, esboços, pois caberá ao próprio agente moral completá-lo conforme cada caso e suas particularidades. Por isso, a sabedoria prática, enquanto uma habilidade intelectual para saber quais devem ser os passos corretos para otimizar a virtude que já possui, é um tipo de apreciação elevada daquilo que é bom ou mau para nós, levando necessariamente em conta uma correta assimilação e compreensão dos fatos da experiência e da capacidade de fazer inferências corretas de como devemos agir, de como aplicar nosso conhecimento dos conteúdos morais na situação particular, objeto da ação que está para ser realizada. (NOVAES, 2014, p.87-88).

As suas abordagens direcionam entendimentos acerca da estruturação do senso ético e moral, justiça e alguns outros termos. Em virtude disso pergunta-se o que seria ou como é possível aplicar, por exemplo, um juízo sobre determinadas atitudes determinando estas em seus caracteres como justo? Há a igualdade entre os indivíduos?

Por conseguinte, as inquietações de Aristóteles são proveitosas, de modo pluralista na medida em que possibilita certo grau de esclarecimento, a muitos é perguntado sobre a ideia de justiça e pouco é argumentado na tentativa de responder tal questão, ora em grande maioria os indivíduos tem uma noção básica do que pode ser, mas não se trata de algo tão simples. Nos dizeres do autor:

Vemos que todos os homens entendem por justiça aquela disposição de caráter que torna as pessoas propensas a fazer o que é justo, que as faz agir justamente e desejar o que é justo; e do mesmo modo, por injustiça se entende a disposição que as leva a agir injustamente e a desejar o que é injusto. Também nós, portanto, assentaremos isso como base geral. Porque as mesmas coisas não são verdadeiras tanto das ciências e faculdades como das disposições de caráter. (ARISTÓTELES, 1991, p.96).

Falar deste assunto é algo complicado, existem muitas interpretações e algumas não são universalizadas, estas ocorrem mais em sentido individualista, no segundo caso quando isso ocorre o sentido coletivo fica ainda mais em segundo plano. O ser em geral representa o mundo em virtude de si próprio e pouco reflete sobre o “outro”, isso é um problema quando se coloca na balança a ideia de justiça.

Justiça em Aristóteles relaciona-se com a ideia de bem comum, este por sua vez é algo proferido como necessário e possível a todos os indivíduos, porém não é uma coisa que se consegue realizar do dia para a noite, é preciso trabalhar suas vertentes a fim de que os seus expoentes sejam mais coerentes, sólidos e ciosos.

O exercício de ponderar é um viés importante quanto a isso, o indivíduo precisa desenvolver uma consciência mais eloquente para que suas realizações não sejam tortuosas, por meio disto o ideal de justiça dá suporte às investidas cotidianas, considerando aqui um aproveitamento das disposições humanas, seu conhecimento e suas possibilidades. A respeito disso Aristóteles exemplifica assim:

Tomemos, pois, como ponto de partida os vários significados de "um homem injusto". Mas o homem sem lei, assim como o ganancioso e ímprobo, são considerados injustos, de forma que tanto o respeitador da lei como o honesto serão evidentemente justos. O justo é, portanto, o respeitador da lei e o probo, e o injusto é o homem sem lei e ímprobo. (ARISTÓTELES, 1991, p.97).

Considerando o exemplo acima. Em A Ética a Nicômaco Livro V é perceptível à indagação sobre a justiça nos argumentos expostos por Aristóteles, nisso pensa-se a respeito dessas colocações, se são universais de fato, se é aprazível ou ainda busca-se avaliar a virtude nisso tudo. O autor propõe mecanismos, medidas e contramedidas que possam auxiliar o indivíduo.

Em relação a isso se atesta nos moldes do autor uma das possíveis interpretações indicando determinado entendimento - o ato virtuoso necessita muito mais que um conhecimento da virtude, pois ela precisa ser posta em pratica através de atitudes justas para todos. Mas essa forma de agir se torna algo um pouco distante em uma sociedade arquitetada em prol de modelos como, por exemplo, o capitalismo, pois aqui, o homem age conforme o modo que lhe agrade, neste sentido suas atitudes envoltas em objetivos individualistas podem ir contra o senso de justiça aparatado no bem comum.

Mas para se impetrar um entendimento sobre a ação virtuosa (justiça), necessita-se compreender suas formas, intelectual e moral. Ver-se-á então - Virtude moral se apresenta através do exercício, a atividade assim ocorre à medida que os indivíduos põem em pratica prestezas mais exigentes de uma ação moderada dos seus atos á perpetrar. Ao considerar isso; a virtude intelectual requer experiência e tempo, pois são resultados de o ensino para o indivíduo poder ter atividades elaboradas racionalmente proporcionando o sumo bem. Para Aristóteles:

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