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Conhecimento. Pesquisa. Poststructuralismo. Culturas

Seminário: Conhecimento. Pesquisa. Poststructuralismo. Culturas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/11/2013  •  Seminário  •  971 Palavras (4 Páginas)  •  468 Visualizações

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RESUMO

Algumas considerações são os pontos de partida sobre o fato de que

vivenciamos na atualidade uma crise das verdades absolutas desenvolvemos algumas

reflexões sobre possibilidades de construção de pesquisas que se inserem neste

paradigma contemporâneo. Para isso, discutimos num primeiro momento, o marco

teórico que privilegia a compreensão de investigações alicerçadas em tal condição. Na

seqüência apresentamos as maneiras pelas quais inserido neste paradigma de dúvidas e

incertezas que delineiam as produções que realizamos os modos pelos quais

desenvolvemos a construção do objeto de estudo durante a pesquisa no curso de

mestrado.

Palavras-chave: Pesquisar . Conhecimento. Estudo. Pós-estruturalismo. Culturas.

1 INTRODUÇÃO

É recorrente, na atualidade, falar numa crise do pensamento. Esta crise é

abordada como tema no ciclo de conferências promovido pelo Ministério da Cultura em

parceria com instituições de ensino públicas e privadas do Rio Grande do Sul, durante o

mês de maio de 2006 na cidade de Porto Alegre, tem como título a atual situação da

“Cultura e do pensamento em tempos de incerteza”.

Dentre as questões a serem debatidas no referido evento destacam-se temas

referentes à crise dos ideais universais, ao ceticismo brasileiro diante de sua vida

política, o fanatismo religioso em algumas regiões do mundo entre outros aspectos que

tangenciam as dúvidas e transformações daquilo que se acreditava ser estável em nosso

mundo moderno. Embora tenha conhecimento que inúmeros autores propunham que tal

crise é um momento de fissuras e rupturas com as metanarrativas da modernidade, o

qual nos endereça para as inerentes incertezas e contingências que compõem nossas

verdades e mundos, não pretendemos, neste texto, discutir as transformações de

pensamento que apontam para este ou aquele estado e momento histórico da

humanidade.

1 Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Coordenador e

docente do curso de Licenciatura em Educação Física do IBES - Instituto Blumenauense de Ensino

Superior. (george@unibes.edu.br).

MANSKE, George Saliba. Em tempos de incerteza o pesquisar é preciso? Revista Interdisciplinar

Científica Aplicada, Blumenau, v.1, n.1, p.01-19, Sem I. 2007

ISSN 1980-7031

O que me interessa pensar a partir desta chamada crise do pensamento e de uma

quase celebração da contingência é o fato de que tais acontecimentos perpassam – e não

podia ser diferente – os diferentes campos de produção de saberes, e mais detidamente,

os modos como se vêm desenvolvendo essas produções, tal como as pesquisas e

investigações que realizamos nos âmbitos das universidades e outras instituições de

ensino.

É inserido nesta condição cultural de dúvidas e incertezas que venho discutir

alguns dos modos pelos quais desenvolvi uma investigação (MANSKE, 2006), a fim de

tornar tais processos investigativos como parte integrante deste emaranhado de

produções contemporâneas inseridas numa crise do pensamento. Para tal me detenho,

principalmente, nas maneiras pelas quais construí o objeto de estudo de minha pesquisa,

assim como, nos modos pelos quais acabei por torná-lo um problema a ser investigado e

analisado.

Cabe ressaltar, para um melhor acompanhamento do leitor que meu estudo foi

realizado na Associação Cristã de Moços2 (ACM) de Porto Alegre. A ACM é uma

instituição centenária na referida cidade e possui mais de 150 anos de existência desde

sua institucionalização em Londres, Inglaterra, no ano de 1844. Durante este estudo

alguns temas tornaram-se centrais, constituindo, desde a construção do objeto até as

análises e considerações realizadas, a base na qual desenvolvi a investigação. São eles:

juventudes, produção de lideranças juvenis e voluntariado social. Estas práticas e temas

constituem os grupos de liderança juvenil da ACM de Porto Alegre, espaço em que

estive vinculado desde o segundo semestre de 2004 até meados de 2005 na realização

dos processos investigativos da referida pesquisa.

Neste processo, tive como objeto a ser analisado as produções dos jovens líderes

acemistas para o exercício de voluntariado social, e na realização das discussões

referentes a este objeto, eu procurei problematizar as práticas desenvolvidas nos grupos

de liderança juvenil que são propostas com a intenção de formar jovens líderes para o

exercício do voluntariado

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