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Dignidade Humana no Brasil Durante Pandemia

Por:   •  2/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  262 Visualizações

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Dignidade humana no Brasil durante a pandemia

“A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos” ARENDT, Hannah. Todos tem a garantia por lei de viver dignamente, essa é a essência da palavra cidadania. Contudo nos encontramos em um colapso social, onde uma minoria é vista como digna desse direito. É o que Gilberto Dimenstein denomina de cidadania de papel, aquela que é garantida apenas no papel, ou seja, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Constituição do Brasil, etc.

Durante o momento pandêmico que estamos vivendo está mais visível essa desigualdade. Conseguimos percebê-la com mais facilidade nos âmbitos educacionais, econômicos e da saúde.

Uma das medidas preventivas orientada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é o isolamento horizontal, sendo recomendado que todos fiquem em casa. Assim, se mantiveram presenciais apenas as atividades consideradas essenciais, como mercados e hospitais. Escolas e outras empresas viram como uma alternativa, para não perder totalmente o ano e não ter maiores prejuízos, o trabalho remoto e as aulas remotas/Ensino a Distância. Isto posto, vamos aos problemas.

Uma das expressões popularmente utilizada para caracterizar o vírus é “Vírus Chinês”, por conta do país ter sido o primeiro foco do Sars-CoV-2. Muitos brasileiros vem colocando a culpa da existência da pandemia na população chinesa e em pessoas que tem descendência, surgindo casos até de racismo e xenofobia nas redes sociais. Como o feito do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que publicou uma postagem em uma rede social com insinuação de que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo corona vírus. O texto de Weintraub imitava a fala do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, que, ao falar, troca a letra “R” pela “L”. O ministro ridicularizou o fato de alguns chineses, quando falam português efetuarem a mesma troca de letras.

No contexto da pandemia, um levantamento exclusivo do GLOBO aponta que 6,6 milhões de estudantes não tem acesso à internet — a maioria deles na rede pública. Para que seja possível acompanhar as aulas remotas é necessário esse acesso. Dessa forma, existe uma grande quantidade de estudantes brasileiros que não estão tendo a aquisição à educação. E mesmo os

que estão, muitos não tem a qualidade das aulas presenciais. Sem contar os estudantes que vão para escola para conseguir comer ou sair de um ambiente violento.

Existe ainda um problema econômico social. Muitas empresas estão falindo e demitindo os funcionários e, também, muitos trabalham hoje para conseguir comprar alimento hoje. Assim, com esse cenário, existem muitos pessoas desempregadas, sem dinheiro para pagar as contas e lidando com a fome.

O governo está disponibilizando o auxílio emergencial (R$600,00) para trabalhadores informais, autônomos e desempregados que não possuem renda fixa com a intenção de garantir uma renda mínima aos brasileiros em situação mais vulnerável. Contudo, existe muita burocracia para consegui-lo, sem contar que esse dinheiro tem que, em diversos casos, ser dividido para sustentar 5 ou mais pessoas, o que acaba não dando para manter uma família o mês inteiro.

Outro ponto é a crise na saúde. A estimativa de infectados e mortos concorre diretamente com o impacto sobre os sistemas

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