Etica Pos Moderna

“ No ato da escolha não existe um catálogo explicando clara e detalhadamente o que é o bem ou o mal. Também não existe uma receita que se possa seguir, uma porção mágica que se possa usar. Entre as alternativas das escolhas, não há soluções acabadas, prontas, às quais é possível recorrer para se dar o conselho que oriente uma boa escolha. Por mais que a tentativa de agir seja boa, o resultado sempre deixará dúvida.”

Para Bauman a condição humana por si só é moral. Ele afirma que antes de assumirmos escolhas através de contratos ou por uma causa nós temos uma responsabilidade moral original, pois a condição de existência humana impõe escolhas a todo momento. Caso contrário ocorreria uma ocultação desta responsabilidade, que mesmo assim não desaparecia completamente pois o indivíduo vive em uma situação moral marcada pela ambivalência.

“Tal ambivalência não desaparece, pois, se tal ocorresse também desapareceria, o que é moral. “

Sendo assim a complexibilidade nasce no ato da escolha, não existe um caminho traçado para as decisões, sempre haverá por mais que a tentativa seja boa do seu resultado ser uma incerteza. O fato que o homem tem que decidir provoca uma condição moral denominada de “ser-para”

Essa incerteza gera um aborrecimento que o homem sempre tentou aliviar recorrendo a religião. Com o projeto moderno surge uma vida livre da ambivalência, pois desapareceria a culpa, surgiria a lei que inviabilizaria a necessidade do ser humano escolher pois agora ela reconstruiria a moralidade. Sendo assim sumiria a autonomia moral e surgiria a lei ética, a responsabilidade do sujeito transpassa para as agências de autoridade ética.

No tempo pós- moderno a autonomia ainda persiste, no entanto, a regra agora se encontra no mercado possibilitando a escolha de um código mediante vários. Nesta amplitude para Bauman vivemos de falsos deveres. Frente a esta situação ele sugere um comportamento responsável no qual a ética possa deslanchar. A ética não descreveria apenas o comportamento ela sendo traduzida por especialistas diria o que deveria ser feito para o bem de todos.

Bauman crê que toda essa liberdade atual de escolhas fará com que um dia cada um procure um especialista para obter uma orientação confiável, mesmo assim sua tese não está em um retrocesso da ética e sim em uma ética infundada onde a ética da moralidade humana foi esvaziada.

O novo modo de agir suprime o “deve-ser” ele nos leva a refletir em uma humanidade moral mas sem ética.

“ É preciso desfazer esta imagem caricatural da sociedade na qual todos os valores teriam sido precarizados. Uma tolerância maior não significa a derrocada completa dos valores, não significa logo a total incapacidade de sim ou de não em nome de princípios nos quais se acredita. Esta é uma necessidade individual, uma urgência da vida e, portanto, não se desfaz “no ar” tão facilmente. (Lipovetsky, 1994, p.168-169)

Sabe-se que a ética na filosofia é o estudo dos assuntos morais, o modo de ser e agir de um indivíduo, junto ao seu comportamento e caráter. Ela procura descobrir as motivações das pessoas ao se expressar de tal maneira e diferencia bom e mau, mal e bem. A partir disso Lpovetsky constrói uma ética pós-moderna em que ele diz ser “indolor” onde aparentemente tudo é permitido mas o dever e o sacrifício estão extintos.

Lipovetsky taxa os valores modernos de um tipo em que o indivíduo é obrigado a fazer algo(não positivo) e de não fazer algo (não negativo), e essa tal ética Indolor não se baseia no dever, ele se expressa coma ética pós moderna sendo de atitudes em que supervaloriza o individual e o pessoal de cada um.

Essa ética

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