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Filosofia - Resumo Empirismo e Racionalismo

Por:   •  24/5/2018  •  Dissertação  •  1.083 Palavras (5 Páginas)  •  430 Visualizações

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  • Como é possível definir um critério de verdade válido para a ciência???

Tatiana Ziemniczak Pereira de Figueiredo – 1ºU – Engenharia Química

O homem sempre foi um “animal” diferenciado por apresentar a capacidade da fala. Desde os primórdios ele questiona, desenvolvendo dúvidas sobre o presente e desafia a própria natureza. Na pré-histórica seu instinto de sobrevivência levou a incríveis descobertas. O fogo foi algo que a natureza ofereceu ao homem para que ele pudesse se desenvolver e buscar cada vez mais purezas no mundo. Na idade média, foi o momento em que o conhecimento a passou a ser desenvolvido e o questionamento sobre princípios virou rotina. Padrões impostos pela religião, reis, czares... deixaram de ser vistos como algo divino e viraram fonte de dúvidas, a ciência ganhou espaço com ideias e postulados. Na idade moderna, o bombardeio de informações e influências tornou-se algo cotidiano. As pessoas estão perdidas a meio de tantas “verdades” abordadas de maneiras diferentes por pessoas que consideramos fieis. A ciência ainda é uma área que muitos prezam mas poucos dão o valor necessário. Talvez haja um motivo para tantas dúvidas sejam saciadas por ela.

Mas afinal é difícil ter um conceito certíssimo a respeito da verdade. Podemos seguir a definição do Dicionário do Aurélio, como “uma conformidade da ideia com o objeto”. Ou então podemos dizer que não é algo definido pois há diferentes interpretações para uma mesma palavra. Ainda podemos citar a ideia de filósofos dos séculos passados. Começando por Friedrich Nietzsche. Segundo ele, a verdade é apenas um ludíbrio já que nós adotamos como veras, algo que tranquiliza a nossa mente, define um tipo de pensamento e seleciona nossos julgamentos. Ou seja, para ele é “imposto” das pessoas que estão no poder. A realidade é exposta junto com várias variações feitas pela nossa própria imaginação. Essas variações são feitas no intuito de sobreviver, de conservar a vida. Para ele o que traz a busca pela verdade é a vontade de poder, exercício do poder, ser superior. O ser considerado inferior é o que menos precisa da verdade, mas ela adquire um valor inestimável e passa a ter uma busca visto que a verdade se torna aliada dos dominadores.

Citarei um outro filósofo, particularmente eu tenho uma grande simpatia. René Descartes também propôs um método para chegar até a verdade. Ele cita que sempre teve o desejo de diferenciar o verdadeiro e o falso para poder “caminhar com tranquilidade na vida”. Assim propunha a racionalidade da ideia e para isso usou do método da dúvida. Consistia em uma sequência de perguntas bem articuladas, excluindo tudo aquilo que geraria dúvida. Chegou até a questionar a verdade da matemática para ver se teria algo que realmente estivesse no caminho da total certeza. Esse tipo de principio segue quando somos crianças pelo motivo de sermos incentivados a duvidar sobre aquilo que recebemos como verdade. É nessa fase que estamos sujeitos a diferenciar a imaginação da realidade. A verdade está com laços ligados a um fracasso ou perda.

Alguns filósofos com os estudos chegaram na conclusão sobre a finalidade dos sentidos. Esses estavam constantemente enganando a parte lógica do homem e era perceptível essas falhas. É difícil se livrar dos 5 sentidos pois eles estão conjugados a vários fatores cotidianos e quando rompemos situações familiares leva a um estranhamento. Somos enganados pelos sentidos e as Escolas Literárias Brasileiras usavam dos sentidos para mexer com o raciocínio do leitor. O domínio das palavras e os jogos com elas conseguiam fazer o autor questionar, duvidar e refletir. Uma das principais funções dos escritores é transformar o que não existe em real. Carlos Drummond de Andrade tem exemplares ótimos, com finais em aberto e geral até o próprio constrangimento dos leitores (Dom Casmurro é um exemplo desse tipo de obra, afinal Capitu traiu ou não Bentinho?!).

Quando o homem se livra desses tipos de enganamentos e desconfiar das opiniões alheias, ele está preparando seu próprio intelecto para atingir a verdade. Abandona as ideias antigas e passa a elaborar um pensamento sem poluição. A ética passa a ser uma grande aliada onde os princípios começam a ser levados na linha da liberdade pessoal. A verdade leva ao crescimento do ser humano e o realiza. E isso colabora na construção e na harmonização de uma sociedade mais justa.

Um físico de renome brasileiro, Marcelo Gleiser aborda sobre o conhecimento no seu livro “A ilha do conhecimento”. A maneira como ele descreve é uma das maneiras que vejo a relação entre a ciência e o conhecimento. A nossa realidade é como se fosse uma ilha onde está tudo o que é conhecido, cercada por uma imensidão de água, representando aquilo que não conhecemos (sobre a natureza e sobre nós mesmos, por exemplo). Então a cada vez que descobrimos algo, a ilha vai se expandindo. Na minha opinião, os leigos veem o crescimento da ilha e isso gera a redução do tamanho do oceano até que um dia a ilha domine tudo. Não vejo como uma ideia verdadeira porque é impossível a gente conhecer sobre tudo sobre o mundo. O ser humano tem uma essência natural de buscar aquilo que é desconhecido e chega a ser deprimente imaginar um mundo onde conhecemos tudo.

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