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História Da Educação E Da Pedagogia

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Por:   •  10/10/2014  •  2.750 Palavras (11 Páginas)  •  571 Visualizações

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O homem é um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, á medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também da experiência pessoal. É assim que produzimos a nós mesmos e a cultura a que pertencemos. Assim temos um ponto de partida para darmos continuidade ao futuro e construirmos uma nova estrutura e melhorias do que foi feito no passado.

A história é a interpretação da ação transformadora do homem no tempo. A pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural. O trabalho que seria a ação transformadora do homem sobre a natureza, modifica também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se autoproduz, ao mesmo tempo em que produz sua própria cultura.

Cada geração identifica a herança cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudanças, ou seja, estamos inseridos no tempo, o presente não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro desejado. Pensar o passado, porém, não é um exercício de analise de dados do passado, curiosidade ou uma instrução adquirida pela leitura, o passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente. A memória da história é herança de uma geração para geração. Se não existisse uma história ou uma preservação da nossa história como saberíamos quem foram nossos antepassados como eles viviam e qual era sua cultura e em que acreditavam. Cada povo tem sua herança cultural do passado e estabelece metas e mudanças, pois o que era bom no passado pode ser ruim no presente. Por isso nossas metas e planos para o futuro podem ser mudados e reescritos. A cada dia surgem novos acontecimentos diferentes, por isso é necessário considerarmos que o fato histórico depende do local, do período político, da sociedade em questão e sua cultura, bem como as consequências desse fato refletidas sobre esta sociedade.

A memória de um povo tem a importante função de contribuir para o sentimento de que pertence a um grupo de passado comum, que compartilha memórias de acontecimentos marcantes. Ela garante a identidade de um povo com seu país. Relembrar o que aconteceu no passado de uma cidade é o mesmo que reviver o passado. A memória seria a presença do passado, sendo assim, a história é o que dá vida a memória, mantendo vivos os grandes fatos e feitos notáveis da sociedade.

Portanto, entendemos que é importante resgatar a história de um povo e sua cidade, para que sua origem, fundação, todos os acontecimentos relevantes não caiam no esquecimento. Uma vez que não existe sociedade sem história.

A origem da educação escolar no Brasil – A ação dos jesuítas

como parte do movimento da Contrarreforma Católica

O registro da trajetória da educação e dos caminhos percorridos pela educação brasileira até os dias atuais nos faz perceber os avanços, modificações profundas na educação no mundo e em nosso país. É possível identificar as diferenças existentes entre cada período, por meio de uma análise comparativa entre o ensino na Idade Média com o ensino atual.

Quando pensamos no futuro, não é possível prever com precisão como serão as sociedades e a educação, mas se olharmos para o passado, sabemos que desejamos, o que pode ser resgatado e o que deve permanecer apenas como parte do aprendizado do homem. Quando se tem uma direção, podemos identificar desafios e priorizar ações para que possam ser vencidos. O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois o lucro e os juros eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos enquanto a igreja arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, “vendendo perdão”. Grande parte do clero desrespeitava as regras religiosas.

O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica e foi convocado as desmentir as suas 95 teses pelo imperador Carlos em 1521. Defendeu suas teses mostrando a necessidade da reforma da Igreja Católica. Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido: Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas; Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição: punir e condenar os acusados de heresias; Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de ideias contrárias à Igreja Católica;

Com a Contrarreforma, a Igreja católica redireciona sua prática. Sobre tudo a partir do Concílio de Trento1. Nessa ambiência, de acordo com Certeau, a religião é progressivamente dirigida, durante o decorrer do século XVII, para o terreno da prática. Entre os jesuítas, a religião visa a introduzir o cristão nas leis da moralidade pública. Segundo Certeau, “o lugar decisivo, doravante são os costumes mais do que a fé”. Assim, de acordo com o autor, as grandes campanhas escolares e missionárias da Igreja, durante o século XVII, são bem conhecidas: visam especialmente as “regiões” geográficas, sociais, culturais, deixadas sem cultivo até então. “Uma unidade nacional é então promovida e delimitada pela aquisição, inicialmente catequética, do conhecimento”. Por conseguinte, a descoberta do Novo Mundo, o fracionamento da cristandade, as clivagens sociais que acompanham o nascimento de uma nova política engendram outro funcionamento da escrita e da palavra. Torna-se o instrumento de um duplo trabalho que se refere, por um lado, à relação com o homem “selvagem”, por outro, à relação com a tradição religiosa.

Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que faziam parte da Companhia de Jesus. Esta ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A Companhia de Jesus foi criada logo após a Reforma Protestante (século XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo. Portanto, esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contrarreforma Católica. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza.

Os jesuítas tinham como objetivos: Levar o catolicismo para as regiões recém-descobertas, no século XVI, principalmente à América; Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa

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