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IDOSO E QUALIDADE DE VIDA

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Por:   •  27/10/2014  •  3.113 Palavras (13 Páginas)  •  1.021 Visualizações

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uma proposta multidisciplinar.

Relato de experiência

Resumo

Este trabalho apresenta o relato de experiência que versa sobre o projeto de pesquisa e extensão intitulado "Qualidade de vida na terceira idade: uma proposta multidisciplinar", desenvolvido na Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília. A proposta deste projeto é ofertar programas de atividades multidisciplinares que tem como objetivo ofertar à comunidade de pessoas acima dos 60 anos de idade, a oportunidade de cuidar de sua saúde bio-psico-social, através da participação em um ou mais grupos de atividades multidisciplinares. O programa oferece (tai-chi-chuan, ioga, dança de salão, Musculação, cursos de inglês, francês e espanhol, grupo terapêutico, música, artes plásticas) entre outras atividades. A equipe de profissionais que atuam é composta por professores de educação física, professores de línguas estrangeiras, psicólogos, professores de música, artes plásticas, e equipe administrativa. O programa recebe em média 150 alunos por semestre, matriculados nas mais variadas atividades. Apresentamos também, alguns resultados interessantes com relação ao perfil dos freqüentadores deste projeto. Qualidade de vida oferece todos os indicativos para intervir de forma multidisciplinar nesta faixa etária da população, articulando ações que viabilizem um resgate produtivo do ser, trabalhando o mesmo de forma global, valorizando os aspectos individuais do idoso.

Unitermos: Projeto. Multidisciplinar. Terceira idade.

Introdução e justificativa

O crescimento da população de idosos, em números absolutos e relativos, é um fenômeno mundial. Em 1950 eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo e, já em 1998, quase cinco décadas depois, este contingente alcançava 579 milhões de pessoas, um crescimento de quase 8 milhões de idosos por ano. Segundo projeções estatísticas, em 2050, a população idosa será de 1,9 bilhão de pessoas montante equivalente à população infantil de 0 a 14 anos de idade, ou um quinto da população mundial. Uma das explicações é o aumento, verificado desde 1950, de 19 anos na esperança de vida ao nascer em todo o mundo. Os números mostram que, atualmente, uma em cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais e, para 2050, estima-se que a relação será de uma para cinco em todo o mundo, e de uma para três nos países desenvolvidos. As conseqüências do crescente número de idosos implicam em aumento das demandas sociais, e passam a representar um grande desafio político, social e econômico.

Desta forma, o tema envelhecimento antes pertencente aos domínios da geriatria e da gerontologia, começou a ganhar espaços em outras áreas do conhecimento. Apesar dos avanços tecnológicos na área médica da geriatria, tudo que se consegue até o momento é retardar alguns dos efeitos do envelhecimento em nosso organismo. De tal sorte que o declínio físico e muitas vezes intelectual, como conseqüência do envelhecimento continua sendo um grande desafio para a ciência e uma preocupação constante em diferentes áreas de estudo. O envelhecimento populacional, aliado à falta de políticas públicas voltadas a essa nova realidade mundial, vem preocupando todos os segmentos da sociedade.

Faz-se necessário, uma concentração de esforços nas diferentes áreas profissionais, objetivando um maior conhecimento sobre o fenômeno do envelhecimento, e principalmente como envelhecer de forma saudável priorizando esses esforços na manutenção da independência e autonomia do indivíduo. Sabe-se que a inatividade é o elemento que mais compromete a qualidade de vida na terceira idade.

Particularizando-se, suscita-se a discussão do assunto na área da Educação Física, onde estudos sobre a atividade física para a terceira idade já alcançam algum destaque e já existe um consenso no reconhecimento dos benefícios tanto em seus aspectos psicossociais como fisiológicos advindos da prática regular de exercícios físicos.

Segundo SPIRDUSO (1995), o sedentarismo no idoso, advém muitas vezes de imposições sócio-culturais, mais do que de uma incapacidade funcional. Os comportamentos atribuídos aos idosos, referem-se à passividade e imobilidade, com reduzido nível de atividade física. No entanto sabe-se que muito das alterações fisiológicas e funcionais observadas nos idosos são resultado da inexistência de estímulos do que alterações atribuídas ao envelhecimento (BARRY e EATHORNE, 1994). Estudos têm demonstrado as contribuições positivas de programas de atividade física na melhoria geral da aptidão física e funcional dos idosos (MOTA et al., 1995).

A universidade, como pólo capacitador, oferece todos os indicativos para intervir de forma multidisciplinar nesta faixa etária da população, articulando ações que viabilizem um resgate produtivo do ser, trabalhando o mesmo de forma global, valorizando os aspectos individuais do idoso.

Pensando nisso, criou-se um projeto de pesquisa e extensão, intitulado "Qualidade de vida na Terceira Idade: uma proposta multidisciplinar", desenvolvido na Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília e que justifica-se pelas razões que se seguem:

• Têm a intenção de oferecer à comunidade de pessoas acima dos 60 anos, atividades físicas, artísticas e culturais, de caráter diversificado, que objetivem a manutenção da saúde, bio-psico-social, e conseqüente melhoria da qualidade de vida dos indivíduos.

• Tem uma proposta aberta, no sentido de oferecer espaço para pesquisa e ensino, a todas áreas do conhecimento, que demonstrem interesse pelos estudos sobre o envelhecimento humano.

• Tem caráter ético este programa, no sentido de buscar o consentimento livre e esclarecido, das pessoas envolvidas em atividades de pesquisa.

Objetivos

Gerais

• Ofertar à comunidade de idosos do Distrito Federal (Brasília), a oportunidade de cuidar de sua saúde bio-psico-social, através da participação em um ou mais grupos de atividades multidisciplinares.

• Oportunizar a comunidade acadêmica um espaço plural para discussões e pesquisas sobre o envelhecimento humano.

• Ofertar ao corpo discente das universidades e escolas de educação superior, mais um espaço para prática de ensino/ estágio supervisionado.

• Validar o conjunto de conhecimentos teórico/metodológico do programa multidisciplinar, como uma proposta de atividades regulares

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