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John Locke

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Por:   •  10/8/2014  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  211 Visualizações

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Tolerancia religiosa

Será possível tolerância entre as religiões? Aquelas pessoas que não professam sua fé na mesma religião são hereges? Esses, dentre outros questionamentos, são comuns de todo ser humano. Locke, em sua carta acerca da tolerância religiosa, nos mostra que a tolerância é possível desde que cada pessoa faça a sua parte e respeite o outro. A tolerância é um sinal que diferencia uma verdadeira religião das demais e está em total acordo com o evangelho e com a razão, embora muitos pareçam estar cegos diante deste princípio que se apresenta de forma tão clara.

Segundo Locke[1], a igreja é uma sociedade livre de homens e mulheres que se reúnem por iniciativa própria para o culto público a Deus. Ela deve também ter suas leis para estabelecer o número e o lugar das reuniões para o futuro dos membros. Aquelas pessoas que professam sua fé em Deus, mas são intolerantes com as outras religiões, não manifestam, de certa forma, zelo pelos princípios de Deus. Nenhuma pessoa, por mais que possua o livre arbítrio, pode discriminar ou atacar o semelhante por professar outra religião ou forma de culto, uma vez que cada ser humano tem a possibilidade de escolher qual culto quer praticar. Por isso é de suma importância tolerar para ser tolerado. Ninguém tem o direito de impor uma fé natural, nem deve rejeitar os que não comungam da mesma fé, ou não a expressa, pois cabe ao próprio indivíduo cuidar da sua alma do modo que ele considerar conveniente.

Os indivíduos comumente recebem de seus pais ou de seus avós uma religião (independentemente qual seja) como herança. Sobre isso, Locke diz que:

“Considero a igreja como uma sociedade livre e voluntária. Ninguém nasceu membro de uma igreja qualquer; caso contrário, a religião de um homem, juntamente com sua propriedade, lhes seriam transmitidas pela lei de herança de seu pai e de seus antepassados. Ninguém está subordinado por natureza a nenhuma igreja ou designado a qualquer seita, mas une-se voluntariamente à sociedade na qual acredita ter encontrado a verdadeira religião e forma de culto aceitável por Deus. (LOCKE, 1978)”

Fica evidente então que é possível sim haver tolerância religiosa entre as diversas manifestações religiosas desde que cada um cumpra sua parte.

Acerca da heresia, Locke esclarece que a pessoa que professa sua fé em uma religião diversa das demais pessoas não é considerada herege, mas sim protestante. É considerado herege quem, no seio de uma mesma religião, não vive verdadeiramente os princípios desta.

Escravidao

Locke é considerado pelos seus críticos como sendo "o último grande filósofo que procura justificar a escravidão absoluta e perpétua"21 . Ao mesmo tempo que dizia que todos os homens são iguais, Locke defendia a escravidão (sem distinguir que fosse a relativa aos negros).

Locke somente sustenta a escravidão pelo contrato de servidão em proveito do vencido na guerra que poderia ser morto, mas assume o ônus de servir em troca de viver. Ou seja, a questão da escravidão não é relevante no seu pensamento. Locke não defende a escravidão fundada em raça, mas somente no contrato com o vencido na guerra. Locke contribuiu para a formalização jurídica da escravidão

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