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Locais filosóficos - neotom

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Por:   •  17/8/2014  •  Tese  •  1.714 Palavras (7 Páginas)  •  272 Visualizações

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Pressupostos filosóficos – Neotomismo: O serviço social foi fundamentado pela Doutrina Social da Igreja Católica. O neotomismo é a sua base, do ponto de vista filosófico. A partir de 1960, através da influência de Santo Tomás a teoria e a prática da assistente social foram modificadas, acrescentando ao serviço social os princípios da dignidade humana, surgindo assim um movimento denominado reconceituação do Serviço Social.

Renascimento do Tomismo: Consiste na retomada da filosofia expressa por Santo Tomás de Aquino. Ele tinha uma intenção clara que era: “ Unir pensadores católicos para a conquista do pensamento moderno tal é, ao que parece, o propósito da igreja ressuscitando o tomismo...” – (Página 57).

A filosofia de Santo Tomás - Alguns aspectos: Santo Tomás estará presente no Serviço Social através do neotomismo. Ele trouxe grandes reflexões de questões vitais na época, tais como: as relações entre Deus e o mundo, fé e ciência, teologia e filosofia, conhecimento e realidade. Ele diz que: “ Tudo é inteligível pelo Ser, ideia análoga, realizando-se no ato e na potência”. – (Página 59). A partir desse principio, mostra que a primeira realidade a ser explicada deve ser Deus, que é a fonte de todos os seres e após, seguindo a hierarquia dos seres, surge o estudo do homem, da pessoa humana e assim ele define: “ Uma pessoa é a substância individual de uma natureza racional”. Essa substância humana é composta de duas substâncias incompletas: a alma e o corpo e ambas unidas formam o ser humano. O ser humano é distinto de qualquer outro ser, pois possui a racionalidade e a inteligência. Essa racionalidade faz toda a diferença, pois o homem se torna capaz de fazer escolhas, de saber, de vontade. “ A pessoa significa o que há de mais perfeito em todo o universo”. E a pessoa é o ser mais perfeito no seu aspecto físico e espiritual. A liberdade é uma manifestação de escolha de seus caminhos e conhecendo as virtudes do mundo, o homem tenderá a alcançar o fim último: Deus e verificar sua imagem e semelhança. Porém, isto depende da escolha do homem. A capacidade intelectiva do homem o transformou também em um ser social. O homem necessita viver em sociedade. Podemos dizer como santo Tomás: “ é, portanto, evidente que se considera o homem uma natureza animal, uma natureza sensitiva e uma natureza racional, é necessário que viva como membro de uma multidão”. Na vida social as leis devem servir para norteá-la. Santo Tomás diz que a sociedade é “ a união de homens com o propósito de efetuar algo comum”. - (Página 61). E essa sociedade deve visar ao bem comum que Santo Tomás define como “o bem estar da sociedade, quando seus benefícios são distribuídos a todos”. Ele mostra que existem três espécies de leis que dirigem a comunidade ao bem comum: a lei natural, a lei humana e a lei divina. Por decorrência da natureza humana, o homem, por ser um animal social é um “animal político”, logo, para que haja o bem comum é necessário o Estado. Estado supõe autoridade. E “toda forma de autoridade deriva de Deus, respeita-la é respeitar a Deus; toda forma de governo, desde que garanta os direitos da pessoa e o bem estar da comunidade é boa...”. - (Página 61). O Estado deve respeitar a igreja. Assim não existe conflito entre fé e razão, e se cada um procura realizar sua tarefa não há conflito entre Igreja e Estado. Essa visão com relação á autoridade e ao Estado justifica a posição inicial do serviço social brasileiro de não questionamento da ordem vigente até suas raízes e de buscar sempre apenas reformar a sociedade, melhorando consequentemente a ordem vigente.

Código de Malinas: A filosofia de Santo Tomás junto com a doutrina social da Igreja está presente no “Código Social de Malinas”, elaborado pela “União Internacional de Estudos Sociais”, fundada em Malinas, em 1920, sob a presidência do cardeal Mercier. Este código iluminou a ação dos cristãos na questão social e marcará também os assistentes sociais católicos brasileiros. O código é constituído de introdução e cinco capítulos: a vida familiar, a vida cívica, a vida econômica, a vida internacional e a vida sobrenatural. Em todos os itens é encontrado os ensinamentos da Igreja e Doutor Angélico.

Neotomismo no Brasil: Os primeiros assistentes sociais foram marcados pela filosofia de Santo Tomás, recebendo sua doutrina através das disciplinas Doutrina Social, Moral, Ética, Doutrina Católica, entre outras, bem como círculo de estudos. O neotomismo em São Paulo está ligado ao Charles Sentroul, que trouxe para o Brasil a visão renovada do tonismo, através da Faculdade Livre de Filosofia e Letras de São Paulo, fundada em 1908, no Mosteiro de São Bento. Essa faculdade será um foco de irradiação do tomismo, em São Paulo e no Brasil, formando grandes nomes da filosofia e da cultura brasileira.

Leonardo Van Acker: Nasceu na Bélgica, em 1896, doutor em filosofia e Letras pela Universidade de Lovaina. Ele divide o tomismo em três correntes: a dos tradicionalistas, dos restauradores, e dos reformuladores. Ele se coloca entre os restauradores. Van Acker foi professor de princípios da Doutrina Social na Escola de Serviço Social de São Paulo. Realizou várias palestras, entre as quais salientamos a pronunciada em fevereiro de 1941 sobre “ As bases do Serviço Social”.

Alexandre Correa: Nasceu em 1890. Recebeu formação na faculdade de São Bento. Em 1944, traduziu a Suma Teológica de Santo Tomás. Ele buscava os próprios textos do Doutor Angélico, sua filosofia ao invés de comentadores, Junto com Van Acker, foi professor na escola de Serviço Social em seus primórdios.

Pe. Roberto Sabóia de Medeiros – S.J: Mais conhecido como Apóstolo da Ação Social. Nasceu no Rio de Janeiro em 1905 e morreu em São Paulo, em 1955. Seu trabalho se concentrou em São Paulo e Rio de Janeiro. Seu trabalho foi desenvolvido junto ás mais diferentes categorias de pessoas. Trabalhou junto aos patrões e operários. Deu sua contribuição ao serviço social através de suas posições teóricas e ações penetrantes no campo social. Desenvolveu estudos na área social subordinados á sua visão filosófica e a doutrina social da Igreja.

Pe. Leonel Franca – S.J: Nasceu em 1893 e morreu em 1948. Foi doutor em filosofia e Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma. Seu trabalho concretizou as faculdades católicas da época,

Pe. Eduardo Magalhães Lustosa – S.J: Foi professor de Ética , Diretor da Faculdade Católica

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