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Metafisica da Morte

Por:   •  2/12/2019  •  Trabalho acadêmico  •  957 Palavras (4 Páginas)  •  187 Visualizações

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                Metafísica da Morte        

Schopenhauer

A Morte, musa da Filosofia.

  • A morte não é o oposto da vida, mas um acontecimento complementar que a define
  • A morte é propriamente o gênio inspirador da filosofia, pelo que Sócrates definiu como “Preparação para a morte”. Dificilmente se teria filosofado sem a morte.
  • O homem como vida é um ser para a MORTE. (Lembro-me de Heidegger, Diz Heidegger: "o 'fim' do ser-no-mundo é a morte. Esse fim, que pertence ao poder-se, isto é, à existência, limita e determina a totalidade cada vez possível do Dasein" (1989a, vol. II, p.12)
  • Refletir sobre esta é lançar luz sobre o viver e a natureza intima das coisas, do mundo em geral como reflexo especular da Vontade, mero ímpeto cego para a existência.

  • Distingue o Homem do Animal:

  • O homem diferente do animal nasceu com a faculdade racional, e o mesmo possui a certeza amedrontadora da mortalidade:
  • ANIMAL= teme a morte, mas não tem consciência dela.  O animal vive sem o conhecimento verdadeiro da morte: por isso o animal goza imediatamente de todo o caráter imperecível da espécie.
  • HOMEM= Faculdade Racional, teme a morte e tem consciência dela; a certeza amedrontadora da mortalidade.
  • Toda via a metafisica pode fornecer um consolo, e a filosofia Schopenhaueriana exposta na metafísica da morte, tenta nos ajudar a “encarar com um olhar mais tranquilo a face da morte”.

COMO? Tentando provar que no ser em si de cada um reside um núcleo de eternidade, que de modo algum se aniquila quando do desaparecimento do organismo.

  • O que de resto coincide com a Metafísica do Amor, pois, o ato voluptuoso (prazeres sexuais) possibilita o germe de uma nova vida que perpetua a de seus autores, que, portanto, são imorredouros.
  • A MORTE e a VIDA não são em gênero inteiro diferentes. Todavia, este é um ponto de chegada. E antes de lá estar, coloque-se uma...

PERGUNTA CONDUTORA: DE ONDE VEM O TEMOR DA MORTE?

  • NÃO vem do CONHECIMENTO. Pois, o valor objetivo da vida é bastante incerto.
  • Não é a parte cognoscente de nós que tem a morte, mas é a nossa coisa-em-si, ou seja, a vontade de vida. É a vontade de vida que nos faz temer a morte.
  • Esse temor da morte é a priori, entretanto, justamente apenas o reverso da vontade de vida, que nós todos somos.
  • O apego à vida não é originado do conhecimento, pois diante do conhecimento isso parece tolice.
  • O homem é por natureza, assim como um animal que tenta se esconder quando se sente ameaçado, o seu instinto é de se proteger e isso é vontade de vida.
  • O maior dos males, o que de pior em geral pode nos ameaçar é a morte; a maior angustia é angustia da morte. (A sede de vingança no grau mais elevado, procura a morte do adversário, como o maior mal a lhe ser afligido).
  • Esse apego à vida é, portanto, irracional e cego; só é explicável pelo fato de que todo nosso ser em si mesmo já é vontade de vida, a vontade, em si e originariamente, é destituída de conhecimento e cega.
  • O conhecimento, ao contrário, bem longe de ser a origem do apego à vida, atua até contra este, na medida em que desvela a ausência de valor da mesma e, assim, combate o temor da morte.

  • Em verdade, os homens temem a morte porque imaginam que o não-ser se seguirá a ela. E Schopenhauer contra-argumenta, se assim o é, então teriam que temer o não-ser anterior ao nascimento. Não tem sentindo algum temer o não-ser que seremos depois da morte, pois não tememos o não-ser antes de vivermos, pois, perder algo que não podemos constatar a ausência não é nenhum mal, ou seja, tornar-se não-ser não pode nos afetar, da mesma forma que o não-ter-sido não nos afeta. (Epicuro). Quando estamos vivos a morte não está, e quando a morte esta, nós não estamos mais.

        

A indestrutibilidade do nosso verdadeiro ser mediante a morte

  • O homem como fenômeno é transitório sem dúvida, mas como coisa-em-si é imperecível e reaparece, pois, dele há de sobreviver um germe, um núcleo de existência, que pode vivificar-se num outro indivíduo.
  • Schopenhauer apresenta o consolo mais importante de todos, que é o lado positivo da Vontade, a nossa essência indestrutível, no qual a morte não afeta.
  • Para Schopenhauer, o tempo empírico é somente uma ilusão do intelecto – conceito de tempo de kant, que foi resgatado e revertido por Schpenhauer. Contudo, temos a ilusão de que com a morte o eu desaparece e o mundo permanece, mas é totalmente o contrário, nós estamos no mundo e mundo está em nós. pq não se pode pensar o fenômeno sem o sujeito.

  • A MORTE É UM PERDER DE UMA INDIVIDUALIDAE E OBTER DE UMA OUTRA.

Conclui o filosofo que na vontade não existe temporalidade, então, existiremos para sempre e sempre existimos. Ao homem como fenômeno temporal, a noção de fim é aplicável, pois a morte é o fim da existência temporal, não éramos antes do nascimento e não seremos mais depois da morte. Contudo, a morte não pode aniquilar aquilo que foi dado pelo nascimento, o ser-em-si.

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