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Meu Conceito de Democracia

Por:   •  15/5/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  718 Palavras (3 Páginas)  •  181 Visualizações

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        A democracia como conhecemos nos dias atuais, e, mais do que isso, a forma como a vemos pode-se ter múltiplas interpretações a partir das concepções pessoais de cada indivíduo, grupo social e nação.

        Quando falamos de um conceito tão mutável ao longo da história, corremos o risco de cair em um etnocentrismo, querendo impor nosso próprio conceito de democracia as demais culturas com suas próprias interpretações pessoais. É muito comum cairmos nesse erro em um simples debate político com temais mais controversos para nós, como as questões atuais venezuelanas, sobre o sistema político cubano e até mesmo o embargo econômico dos Estados Unidos da América sobre a ilha caribenha.

        Nós, no Brasil, estamos nos habituando a nossa recente democracia representativa, em que elegemos políticos que, em tese, representariam nossos interesses nas esferas politicas. Um sistema que fuja um pouco disso, acaba por nos causar uma estranheza quanto ao real significado de democracia.

Oras, se em suma democracia significa que o poder emana do povo, então é democrático pormos no poder, ainda que eleito por nós, apenas uma pequena parcela da população para ficar responsável pelos interesses de todos, criando assim uma casta social que cada vez mais se distancia do povo?

        Bom, para mim não há uma resposta definitiva quanto a isso. Imaginando uma assembleia popular em que todos os cidadãos pudessem votar e, igualmente, decidir as questões políticas, me parece um pouco utópico também, e de qualquer maneira nunca se chegaria a uma decisão que de fato. Então democracia seria o poder que emana da maioria?

        Imaginando um pouco mais sobre as diferentes formas de se pensar a democracia, vejo Atenas, na Grécia antiga, como um dos principais exemplos de democracia na história, a levando muitas vezes até como o lugar histórico em que nasceu a democracia.

É interessante pensar que por volta do século IV a.C, depois de uma revolta popular liderada por um político aristocrático, Clístenes, o povo grego retirou o poder o último tirano, Hipias. Após isso, se iniciou um amontoado de reformas políticas e sociais que então se resultou na consolidação da democracia ateniense.

        

O conceito de isonomia, isocracia, isegoria e voto direto dos cidadãos de Atenas, foram implantados, imaginando-se assim, que de fato todo o povo teria representatividade política nas decisões políticas, mas ai vem algo que certamente nos faz pensar se realmente era um regime democrático, quem estava incluso nesse ‘povo’?

Apenas os chamados ‘cidadãos livres’, isso é, homens, maiores de 18 anos e nascidos em Atenas. Estava ai excluídos os estrangeiros e mulheres, além do mais Atenas era uma sociedade escravista. Como uma sociedade escravista pode ser considerada o berço da democracia? Excluindo todos aqueles que não se encaixam na concepção ateniense de ‘cidadão livre’, sobrava apenas cerca de 10% da população que realmente poderia gozar do direito a representação política.

        Talvez para nós, hoje, seja impensável considerar qualquer que seja uma cultura atual, sendo escravista e democrática ao mesmo tempo. Qualquer coisa mais polêmica que saia daquilo que interpretamos como o correto, podemos julgar como algo nefasto e como algo que pode corromper os termos democráticos, os nossos termos democráticos.

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