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O Alienista – Machado de Assis

Por:   •  5/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.310 Palavras (6 Páginas)  •  488 Visualizações

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PSICOLOGIA

        

BRUNA MAYARA SARAGOZA PUDMOVCKI

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O Alienista – Machado de Assis

A loucura do personagem e uma abordagem psicológica

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Apucarana

2015

Sobre o Autor

Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos mais importantes escritores da literatura brasileira. Nasceu no Rio de Janeiro em 21/6/1839, filho de uma família muito pobre. Mulato e vítima de preconceito, perdeu na infância sua mãe e foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um grande escritor. Na infância, estudou numa escola pública durante o primário e aprendeu francês e latim. Trabalhou como aprendiz de tipógrafo, foi revisor e funcionário público. Publicou seu primeiro poema intitulado Ela, na revista Marmota Fluminense. Trabalhou como colaborador de algumas revistas e jornais do Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de letras e seu primeiro presidente.

Podemos dividir as obras de Machado de Assis em duas fases: Na primeira fase (fase romântica) os personagens de suas obras possuem características românticas, sendo o amor e os relacionamentos amorosos os principais temas de seus livros. Desta fase podemos destacar as seguintes obras: Ressurreição (1872), seu primeiro livro, A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878).

Na Segunda Fase ( fase realista ), Machado de Assis abre espaços para as questões psicológicas dos personagens. É a fase em que o autor retrata muito bem as características do realismo literário. Machado de Assis faz uma análise profunda e realista do ser humano, destacando suas vontades, necessidades, defeitos e qualidades. Nesta fase destaca-se as seguintes obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892), Dom Casmurro (1900) e Memorial de Aires (1908). Machado de Assis morreu de câncer, em sua cidade natal, no ano de 1908.

Sobre a Obra

A história do livro se dá em torno do Dr. Simão Bacamarte, um médico conceituado de alto intelecto e bom caráter, que ao voltar à sua terra natal, Itaguaí, resolve estudar os loucos dali. Casado com D. Evarista, tem um ajudante, o boticário Crispim Soares, que elabora os remédios para tratar dos pacientes.

Como era um assunto pouco estudado e pouco conhecido, fundou seu próprio manicômio, chamado “Casa Verde”, nome este por causa da cor das janelas, para que ele pudesse observar de perto, os níveis, variedades e graus de loucura dos seus, até então, “pacientes”, os quais ele mesmo recrutava.

Como ele levava não somente os que ele notava ter um sinal de loucura, mas também os que apresentavam transtorno de personalidade, como por exemplo, um homem que perdeu toda sua fortuna rapidamente, e outro que passava muito tempo observando sua própria casa. Os moradores da Casa Verde foram crescendo mais e mais. Até que a população que restava, com medo de serem levados pra lá também, formaram uma rebelião comandada pelo barbeiro Porfírio, com a intenção de quebrarem a Casa. Chegando lá foram atendidos com calma e muita educação da parte do Bacamarte, o alienista, que acalmou um pouco à multidão, mas mesmo assim Porfírio, incitava guerra. Então foram abordados pelas forças armadas.

Após ameaças e algum confronto, em que muito ficam feridos se dá a mudança de lado de vários militares para o lado dos protestantes, o que causa o fim da luta, já que os representantes do governo não iam se dispor a lutar contra seus pares. Após o término do confronto a multidão ruma então em direção à Câmara dos Vereadores de Itaguaí, a fim de tomar a instituição. O objetivo é alcançado e Porfírio vira governante da Vila.

 Ao contrário do que todos pensavam, o antigo barbeiro não fecha da Casa Verde após assumir o poder. Numa jogada política ele sugere a Simão que libere, caso não tenha ideia melhor, alguns pacientes com melhor juízo ou já quase curados, o médico fica curioso com a sugestão já que esperava ser preso ou que a Casa Verde fosse demolida. Esse apoio de Porfírio à Casa Verde causa revolta na população, que diz que o barbeiro se vendeu ao alienista, causando sua derrubada e sendo substituído por João Pina, outro barbeiro que ia contra os métodos de Simão Bacamarte. No entanto, quando João assumiu o poder, o alienista pediu que ele entregasse à clínica o governante antecessor, assim como outros agitadores de seu governo, o que faz com que o alienista goze de prestígio com o novo governo.

O auge da rigidez de Bacamarte se dá quando o mesmo recolhe à Casa Verde sua própria esposa, D. Evarista, pelo fato da mesma se mostrar indecisa ao escolher a roupa a ser utilizado numa festa, o que a faz ser considerada demente pelo marido.

Diante de todo pavor por parte dos poucos moradores livres de Itaguaí em serem recolhidos por Bacamarte, eis que surge uma mudança drástica em seus métodos de avaliação da loucura. Simão libera todos os pacientes da clínica informando que todos estão curados e reavaliando suas convicções garante que os loucos são aqueles que não apresentam nenhum traço fora do correto em sua personalidade, ou seja, a situação anterior se inverte e todos os cidadãos extremamente corretos, de postura e de bem são recolhidos à Casa Verde. Os mesmos só eram liberados após serem forçados de certa forma a sair do comportamento retilíneo e desviassem sua conduta. Assim, de acordo com Simão, estariam curados.

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