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Resenha Machado de Assis o Alienista

Por:   •  6/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.080 Palavras (5 Páginas)  •  537 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO[pic 1][pic 2]

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS

Curso de Bacharelado em Enfermagem

Disciplina: Enfermagem em Saúde Mental

Prof. (a): Me. Ana Oliveira

A INSÂNIA DOS QUE SE ACHAM SÃOS

THIAGO FILLIPE DE SOUSA

DE ASSIS, MACHADO. O Alienista. São Paulo: Ática, 1992.

Nascido no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, Machado de Assis (Joaquim Maria M. de A.) foi um jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo. E faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. Ele é o fundador da Cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis. Criado no morro do Livramento, estudou como pôde, mesmo não possuindo meios para cursos regulares, e em 1854, com 15 anos incompletos, publicou o primeiro trabalho literário, o soneto “À Ilma. Sra. D.P.J.A”, no Periódico dos Pobres, número datado de 3 de outubro de 1854. Entre as suas principais obras estão em destaque: “Helena” (1876), “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), “Casa Velha” (1885), “Quincas Borba” (1891), “Dom Casmurro” (1899); coletâneas como “Contos Fluminenses” (1870), “Histórias da meia-noite” (1873) e “Papéis avulsos” (1882); “Crisálidas” (1864), “Falenas” (1870).

A obra narra a história de um médico brasileiro, chamado Dr. Simão Bacamarte que estudara em Coimbra e que decide retornar ao país de origem – mais precisamente para Itaguaí, no Rio de Janeiro. Casado com uma mulher de atributos físicos duvidosos, a D. Evarista da Costa, mas que, segundo ele, tem todas as qualidades científicas para o dar bons filhos – o que não acaba acontecendo. Já na nova cidade, tem a ideia de estabelecer um local para abrigar pessoas com seu estado mental duvidoso, visto que ainda não havia tal preocupação em tratar desses enfermos, nem estudos mais profundos sobre o assunto. Além disso, o costume era trancar os loucos nas suas próprias casas até que a morte os desse a cura eterna.  Apesar do olhar desconfiado da mulher, se dirige à Câmara, a fim de informar os vereadores e o Presidente a sua proposta, assim como pedir ajuda financeira para tratar os pacientes que não possuíam condições de manter o tratamento. Logo acontecia a abertura da Casa Verde – nome pelo qual ficou conhecido o estabelecimento por causa da cor com a qual as janelas foram pintadas.

Simão tinha o objetivo, com a criação desse lugar, de estudar de forma mais profunda a loucura, seus diferentes graus, classificar os casos, descobrir a sua causa e remédio que terminasse de uma vez esse fenômeno. Tão logo foi inaugurado o asilo, a casa ficou cheia, tanto que construíram mais quartos para receber tanta gente insana. Contudo, alguns casos levantaram dúvidas quanto ao seu diagnóstico. O alienista dedicava-se ao estudo dos enfermos, dividindo-os em duas classes: os furiosos e os mansos, e as subclasses, monomanias, delírios e alucinações diversas. Além de analisar a vida pessoal do seu objeto de estudo, como os costumes, profissão, outras doenças, acidentes, antecedentes na família, e com o passar do tempo fazia novas descobertas e observações.

Enquanto tudo isso acontecia, D. Evarista definhava, vivia em melancolia, suspirando pelos cantos, vendo isso Simão propõe que ela vá passar alguns dias no Rio de Janeiro com sua tia, o que a deixa radiante novamente.

Ele tenta delinear uma divisão entre a razão e a loucura. Ninguém escapava de ser levado à Casa Verde. Com isso a população começava a criar rumores, pensamentos de conspiração para acabar com a cidade, e questionam as atitudes do médico. Depois de um tempo fora, D. Evarista retorna da capital, já bem melhor como se o Rio de Janeiro lhe tivesse tirado todas as preocupações e uma festa é organizada para comemorar a sua chegada.

A aflição toma de conta dos habitantes, e cerca de 30 pessoas se dirigem à Câmara para tentar fechar o asilo. Apesar do apelo feito por eles, a Casa Verde não caiu e continuou com seus serviços. Revoluções aconteceram, mas apesar da Câmara conseguir ser derrubada e instaurada uma nova ordem, o funcionamento da casa não foi parado. Um mandado fora expedido pelo vice-rei e logo a nova direção fora exonerada do cargo.

Rebeldes, amigos, pessoas que tentavam defender familiares, políticos como vereadores e o próprio presidente da Câmara, foram todos jogados naquele lugar, inclusive a sua própria mulher. A influência de Simão Bacamarte era inquestionável. Depois de certo período quase toda a população estava internada no hospício e então um comunicado informa que todos receberão alta, o que deixa os habitantes bastante receosos. Simão pensa em uma nova teoria de que não basta apenas um fato ou um dito para recolher alguém, era preciso um longo exame, um vasto inquérito do passado e presente do suposto alienado. Começa a separar os novos candidatos a ocuparem a casa pelas características morais que mais os qualificavam (modéstia, tolerância, lealdade, etc.). Usando de uma nova técnica que combatia essas qualidades, a fim de aumentar o sentimento oposto, ele aplicava a medicação de forma graduada. Depois de todos serem “curados”, chega à conclusão de que as pessoas que ele havia restaurado a razão, eram desiquilibrados como os outros, mas não cabia à ele o poder dessa restauração. Os sentimentos estavam presentes, mesmo que de forma latente.

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