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O Discurso como mecanismo de coligação social

Por:   •  7/4/2018  •  Dissertação  •  626 Palavras (3 Páginas)  •  150 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊCIAS HUMANAS E LETRAS

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

METODOLOGIA CIENTÍFICA – 2018.1

PROF. DR. JOSÉ RICARDO B DIAS

ALUNO(A): LETICIA MARTINS DE ABREU

O discurso como mecanismo de coligação entre os indivíduos sociais

É incontrovertível que o desenvolvimento da linguagem foi um fator primordial para o sucesso e perpetuação de espécies hominídeas que habitavam a biosfera paleolítica entre 8000 a.C e 5000 a.C contribuindo para a construção de uma cultura nas sociedades humanas e pré-humanas, sendo expressas não só verbalmente, com simbolicamente em artefatos e pinturas rupestres frequentemente estudas e interpretadas de diferentes formas. Pois assim como a linguagem atual, aquela pode possuir divergentes interpretações. Atrelado a tais fatos, surge à perspectiva do discurso no sentido de conversação, como instrumento de associação do ser social.

O grande filósofo ateniense, Sócrates, já utilizava do discurso como método de influência sobre os cidadãos de Atenas, principalmente os jovens. Sócrates acreditava que ninguém tinha as respostas definitivas para saber o que é bom, certo ou justo, ou seja, estabelecer um conhecimento que ajudasse a pautar uma conduta correta para o ser humano.

Desse modo o filósofo andava por Atenas, perguntando sobre questões que considerava básicas sobre moralidade e política. Diversas pessoas se reuniam e Sócrates lançava uma questão, a cada resposta, fazia novas perguntas, levando as pessoas a aprimorarem suas respostas iniciais ou descartá-las. Sendo assim, ele estimulava a discursão e se definia como um parteiro de ideias.  

Quando o deixei, raciocinei assim comigo mesmo: Sou mais sábio do que esse homem, para que nenhum de nós parece saber algo grande e bom, mas ele imagina que sabe de alguma coisa, embora ele não saiba nada e que eu, como eu não sei nada, então não gosta do que sei. Neste insignificante particular, então, pareço ser mais sábio do que ele, porque eu não gosto de saber [que há coisas] que não sei (SOCRATES, 1496).

Consoante a tais fatos, o discurso quando aliado a alguma forma de poder pode ser utilizado como forma de coerção social, influenciando indivíduos a adotarem posturas extremistas que polarizam a sociedade, em que cada setor considera seu ponto de vista como verdade absoluta e utiliza de meios religiosos, judiciários, políticos e terapêuticos para instituir seu panorama ideológico.

Tais abordagens tornam-se evidentes em discursos religiosos e judiciários, por exemplo, que possuem normas, padrões, concepções e regras de conduta de tentam moldar o indivíduo social. Além disso, os discursos religiosos, judiciários, terapêuticos e, em parte também, políticos não podem ser dissociados dessa prática de um ritual que determina para os sujeitos que falam, ao mesmo tempo, propriedades singulares e papéis preestabelecidos (FOUCAULT, 1970). Em conformidade com Foucault, os rituais, ou seja, as normas presentes no âmbito acima definem a posição que um indivíduo deve ocupar no desenvolvimento de um determinado diálogo, e concomitantemente os enunciados que deve produzir e o seu comportamento adequado.

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