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O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO

Por:   •  18/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  963 Palavras (4 Páginas)  •  553 Visualizações

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O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO
Autor: Jean-Paul Sartre

Jean-Paul Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 — Paris, 15 de Abril de 1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.

“O existencialismo é um humanismo” é um texto escrito por Jean Paul Sartre em forma de ensaio no ano de 1946, com o intuito de apresentar o existencialismo o defendendo de algumas acusações que lhe foram dirigidas.

Nele, Sartre começa relatando as criticas dos comunistas, que acusava o existencialismo de incitar as pessoas a permanecerem no imobilismo do desespero; de ser uma filosofia contemplativa, o que necessariamente o reconduziria a uma filosofia burguesa, de enfatizar a ignomínia (vergonha) humana e de negar a solidariedade humana.  Sartre ainda dá destaque para as criticas cristã, que os acusavam de negar a realidade e seriedade dos empreendimentos humanos, já que suprindo os mandamentos de Deus e os valores inscritos na eternidade, restaria apenas a pura gratuidade; cada qual poderia então fazer o que quiser, sendo impossível a partir do seu ponto vista condenar os pontos de vistas alheios tal quais os seus atos.

O existencialismo é descrito como uma doutrina que torna a vida humana possível ao passo que declara que toda verdade e toda ação implicam um meio e uma subjetividade humana.

É apontado a existência de dois existencialismos, que segundo ele é o que tornam as coisas complicadas, se referindo aos primeiros existencialistas, os cristãos, onde lista Jaspers e Gabriel Maciel de ordem católica e por outro lado os existencialistas ateus que é colocado Heidegger, os existencialistas franceses e o próprio Sartre. Mais que possuem em comum o fato de considerarem que a existência precede a essência, em outras palavras, que é preciso partir da subjetividade.

O existencialismo ateu é defendido como o mais coerente. Declarando que mesmo que Deus não exista, há ao menos um ser cuja existência preceda a essência, um ser que existe antes de ser definido por algum conceito, e que tal ser é o homem, ou como diz Heidegger, a realidade humana. O homem não é apenas como é concebido, mas como ele quer se conceber a partir da existência, não sendo nada além do que ele próprio faz de si; pois o homem existe antes de tudo e é antes de tudo aquilo que projeta vir a ser e aquilo que tem consciência de projetar vir a ser.

A primeira decorrência do existencialismo é colocar todo homem emposse daquilo que ele é, e fazer repousar sobre ele a responsabilidade total por sua existência; não se tornando responsável apenas por si mesmo, mais também por todos os homens. Não existindo nenhum de nossos atos sequer, na criação do homem que queremos ser, que não crie ao mesmo tempo uma imagem de homem conforme julgamos que ele deva ser. Fazendo com que nossa responsabilidade envolva a humanidade como um todo.

Após essa serie de esclarecimentos, Sartre acredita ter respondido as criticas feitas pelos comunistas e cristãos. Salientando mais uma vez que o existencialismo não pode ser considerado como uma filosofia da quietude, já que define o homem pela ação; nem como uma descrição pessimista do homem: Não existe doutrina mais otimista, visto que o destino do homem está em suas próprias mãos; nem como uma tentativa para desencorajar o homem de agir: O existencialismo diz que a única esperança está em sua ação, e que só o ato permite ao homem viver.

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