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O Modelo Do ócio Criativo Em Tempos De Tempo Livre

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Por:   •  21/5/2014  •  1.289 Palavras (6 Páginas)  •  696 Visualizações

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O MODELO DO ÓCIO CRIATIVO EM TEMPOS DE TEMPO LIVRE

Fundada no vocabulário grego, a palavra paradigma se estende durante séculos definindo seu significado. Do grego, paradeigma, estabelece-se como modelo ou padrão. No sentido amplo corresponde a um modelo que será seguido em determinada situação; como se observa na padronização do modo de viver global seguindo tendências americanas – “The american way of life”. Essa influência padrão determina como um indivíduo deve agir dentro dos limites sociais.

Ao relacionar paradigma com a estruturação do tempo livre na modernidade estabelece-se o ócio criativo, que para Domenico Di Masi é fundamental na continuidade da vida no mundo contemporâneo. Em “Paradigma do ócio criativo”, Di Masi elenca pontos que marcam o seu paradigma. Tais como a convicção de que estamos em uma sociedade pós-industrial; a existência de novos valores; a mudança na relação entre trabalho e tempo livre; o uso da criatividade.

Todo século passa por mudanças, no entanto algumas vezes essas transformações são rápidas e profundas. Neste momento as pessoas estão vivendo um corte epocal entre um período e outro. Este corte ocorre devido a uma série de fatores como as fontes energéticas, as relações sociais, as divisões dos poderes. A primeira mudança marcante no processo de desenvolvimento das sociedades foi o advento da escrita há 7000 anos atrás na Mesopotâmia. A moeda, a construção das primeiras cidades, a invenção da roda, a irrigação dos campos também marcaram esse processo. Aristóteles em “Metafísica” diz que tudo que havia para ser inventado, para ser descoberto para o bem estar cotidiano do homem e para seu bem material, já havia sido descoberto. Então, dessa maneira, há possibilidade de voltar o enfoque do progresso no desenvolvimento e evolução do espírito. Esse pensamento se confirma na Grécia onde o progresso intelectual - dramaturgia, filosofia, poesia, arquitetura - avançou fortemente comparado ao progresso tecnológico. Os romanos adicionaram o direito no processo intelectual. A tecnologia fará avanços no 12º século dC em plena Idade Média. Nessa época houve a invenção da bússola e da pólvora pelos chineses, do moinho de água, dos óculos, além de outras; esses adventos surgiram em um momento de tensão em que o conservadorismo privava o caráter intelectual e prático da população. Essas invenções e descobertas marcavam o prenúncio de uma nova época, o Renascimento. Durante o novo período, foi adicionado a evolução caráter tecnológico, estético, econômico. O Renascimento acaba nos anos 1600, no qual Galileu, Descartes e Bacon deflagraram a sociedade industrial. Para o filósofo francês, Alexandre Koyré, houve a propagação do universo da precisão sobre o mundo da imprecisão. Nos anos 1600 o homem descobre a precisão e as tecnologias naturalmente ressurgem criado um pressuposto para as grandes invenções da época sucessiva sobretudo a energia a vapor e mais tarde a energia elétrica. A soma dessas transformações garantiu o surgimento da sociedade industrial.

A sociedade industrial nasce na Inglaterra em meados dos anos 1800 sendo teorizada por Marx, por Adam Smith, por Max Weber. Nesse contexto, pela primeira vez houve a aglomeração de pessoas em um espaço comum chamado fábrica com o dever de trabalhar para um empregador/patrão e não para si mesmos. Essa mudança iniciou os conflitos de classes, que para Marx seria o processo de transformação do mundo. A Igreja Católica confrontou negativamente os conflitos de classes tratando-os como doença social. A sociedade industrial foi importante para o crescimento das cidades – trouxe a massa camponesa para o centro urbano. Foi uma época explosiva, comportou algumas revoluções como a russa em 1917 e as duas guerras mundiais. Surge um paradigma baseado na racionalidade determinado de paradigma industrial ou de separação. Separação do lugar de trabalho do lugar de vida; separação do mundo masculino do mundo feminino; separação do período de estudo do período de trabalho entre outras separações. No entanto a sociedade industrial criou fatores de transformação - globalização, meios de comunicação de massa – tudo isso somado as guerras mundiais e as grandes revoluções leva ao nascimento de uma sociedade nova, a sociedade pós-industrial.

“O meu paradigma coincide com aquele da sociedade pós-industrial” foi o que disse Domenico Di Masi, pois a nova sociedade coloca os bens imateriais – serviços, informação, símbolos, valores, estética - no centro de seu sistema, e isso fez com que a nova sociedade em pouco tempo se formasse. Por ter havido uma transição rápida da sociedade industrial para a sociedade pós-industrial existem muitos que vivem na sociedade pós-industrial e utilizam o paradigma da sociedade industrial. Nota-se isso na divisão dos países em de primeiro e segundo mundo. Os ricos, de primeiro mundo investem em mão de obra barata

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