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O Perfume

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Por:   •  9/6/2014  •  1.366 Palavras (6 Páginas)  •  384 Visualizações

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Introdução

Nosso trabalho tratará a respeito do livro “O Perfume” e a filosofia de Descartes. A história do livro é passada no século XVIII, onde as questões sobre a teoria do conhecimento ainda estavam em debate. De um lado, René Descartes afirmando que a busca do conhecimento só seria encontrado através da razão, de outro Locke, defensor do empirismo que afirmava que a busca do conhecimento vem apenas ou principalmente, a partir da experiência sensorial.

Jean Baptiste Grenouille, o personagem principal da trama tem seu conhecimento e suas percepções alcançadas através de seus sentidos, ou seja, sua mediação com realidade é dada pelo olfato. As questões que trataremos serão seus primeiros contatos com o mundo e o que isso teve como consequência, as causas dos assassinatos, as diferenças de Descartes com Grenouille. Trataremos também sobre os sentidos que nos dão uma percepção distorcida e fragmentada da realidade, sobre os estímulos, a duvida, a busca da verdade, o racionalismo e a busca da essência.

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DESENVOLVIMENTO

Até então todos achavam e concordavam com a ideia de que o homem nada sabe, e que quem sabe de tudo é somente Deu, mas Descartes não concordou com esse pensamento, ele quis ir mais atrás do principio de verdade, ate que chegou no conhecimento e na razão.

Descartes, defensor do racionalismo acreditava que toda a busca da verdade e do conhecimento estava atrás da razão, duvidando das formas, do tempo, espaço, realidade, até o ponto de duvidar da sua própria existência. Para ele a verdade só seria encontrada a partir do momento que todas as dúvidas ou incertezas sobre essa verdade fossem destruídas, quando não restasse qualquer duvida se quer, ai sim teria encontrado a verdade. Pouca coisa se resta alem da dúvida, até o que vemos ou ouvimos está longe da verdade. Como já dizia Descartes “Cogito, ergo sum”, ou seja, “Penso, existo”, assim, toda a forma de existência só seria provada através do pensamento. O ato de pensar prova a existência de qualquer ser. O corpo, que seria a matéria, não nos dá a certeza que pertencemos a esse mundo, e sim o ato de duvidar e pensar, como ele mesmo dizia “sum res cogitans” que tem como significado “sou um ser pensante”. Também dizia ele que dá única que não podíamos duvidar seria da dúvida, a partir do momento que ele dúvida de sua própria existência, ele quebra todas as dúvidas anteriores, como a da realidade, tempo e espaço, essenciais para a nossa existência. Descartes também nos deixou pensar sobre possibilidades e limites do conhecimento.

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Grenouille de primeira impressão era uma criança normal ate que a mulher que cuida dele o diferencia dos outros bebês pelo fato de não ter um cheiro próprio. “Ele não tem cheiro nenhum – disse a Ama” (Pág. 14 do livro “O Perfume”). No momento em que percebe seu olfato aguçado, sabe que sua existência se deve a um motivo. Ele faz de sua realidade uma dependência de seu sentido, em especial o olfato, desde o começo de sua existência. Ao longo do tempo, ele havia recebido estímulos como o de ter sido rejeitado desde o seu nascimento, que refletiram em sua personalidade e suas atitudes ao longo da trama “a primeira palavra foi emitida aos quatro anos, a palavra ‘peixe’” (Pág. 27 do livro “O Perfume”).

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Ou também por ter sido criado por Madame Gailard, que perdeu toda a sensibilidade quando pequena, o que a tornou uma pessoa desprovida de sentimentos e emoções, o que influenciou na maneira em como criou Grenouille

O garoto tinha como reconhecimento das pessoas, o cheiro delas, toda a identidade estava baseado no cheiro, ele busca então a essência das pessoas e para ele a essência estava na alma. Essência em sua definição cientifica tem como: “O que constitui a natureza de um ser, de uma coisa: essência divina. A acepção mais importante, o que há de fundamental, espírito”. Todos na história são levados à pensar através das percepções sentidas no olfato, como por exemplo, quando Grenouille consegue fazer a substância final e consegue a admiração de todos, ou quando o Padre que ficou com ele por um tempo já o julgou e o quis longe dele, por trazer a ele uma má sensação. As pessoas ao final que o ‘’comeram’’ também foram conduzidas por sentidos e emoções, era como se a presença do perfume tirasse a consciência delas. A partir do momento em que ele percebe que não tem o seu próprio aroma, ele cogita sua existência, afinal para ele mesmo que fosse inconsciente, a existência das pessoas estava totalmente ligada à essência, ao aroma, pois é

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