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O Problemas da Indução

Por:   •  27/5/2016  •  Artigo  •  1.813 Palavras (8 Páginas)  •  339 Visualizações

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Universidade Federal de Pernambuco

UFPE

FILOSOFIA

Problema da indução

                                       Aluno:

         Curso: Direito      

       Turno: Noite

     Docente: Jeferson Jose dos Santos

Recife (PE)

2016

Sumário

        

        

1.        Introdução        

2.        Quem começou o problema e por qual motivo?        

2.1   David Hume:        

2.2        O enigma Humeano        

3.        A crítica de Popper ao pensamento de Hume        

4.  Estado atual da discussão sobre o problema da indução        


  1. Introdução

O embaraço da indução é, de certo, um assunto antigo e tradicional da filosofia. Diversas abordagens e esforços com a finalidade de esclarecer as inferências indutivas já foram propostas: a pragmática, o recurso à probabilidade, o conhecimento a priori, a verdade e a falsidade, a indutiva, entre outras.

Ademais, uma análise da natureza dos raciocínios indutivos é suma relevância no campo da lógica, da epistemologia e da filosofia da ciência. De modo que há tentativa de encontrar uma justificação e sob que condição é possível esse conceito da indução e sua estrutura lógica nos argumentos indutivos exercerem papel na pesquisa científica.  

Em face disso, há um anseio de se retirar das sombras de onde advêm nossos dados no processo do conhecimento da existência. As informações que, invariavelmente, temos é um conhecimento direto dos dados dos sentidos de nós mesmos. Temos a certeza da existência dos sentidos passados que recordamos e sabemos que existiram no passado. Não obstante, devemos aplicar regras gerais de algum gênero por meio dos quais possamos fazer inferências desses dados para aquisição de um conhecimento da matéria, de outras pessoas, do passado anterior ao começo da nossa memória individual, ou do futuro.

Contudo, o estudo dos inúmeros modelos de argumentação indutiva – inferência do observado para o inobservado, indução enumerativa e inferência do passado para o futuro – demonstra uma característica em comum entre eles: premissas verdadeiras não revelam logicamente que a conclusão também será verdadeira.

É pacífico na doutrina afirmar que grande parte da discussão na filosofia contemporânea sobre a justificação da indução se deve à análise, embora incipiente, realizada por David Hume

  1. Quem começou o problema e por qual motivo?

2.1 David Hume:

A grande referência filosófica na questão desse problema é David Hume. Escocês, nasceu em 1711. Hume pertencia a uma família rica, estudou em bons colégio de Edimburgo, um dos melhores da Escócia. O jovem, que sonhava se tornar homem de letras e filósofo célebre, rapidamente renuncia aos estudos jurídicos e comerciais, passa alguns anos na França, onde compõe, aos vinte e três anos, seu Tratado da Natureza Humana, editado em Londres, em 1739. A obra, diz-nos o autor, "já nasceu morta para a imprensa". Esse fracasso deu a Hume a ideia de escrever livros curtos, brilhantes, acessíveis ao público mundano. Seus Ensaios Morais e Políticos (1742) conhecem vivo sucesso. Hume se esforça por simplificar e vulgarizar a filosofia de seu tratado e publica então os Ensaios Filosóficos sobre o Entendimento Humano (1748), cujo título definitivo surgirá em edição seguinte (1758): Investigação (Inquiry) sobre o Entendimento Humano. A obra obtém sucesso, mas não deixa de inquietar os cristãos, e Hume vê lhe recusarem uma cadeira de filosofia na Universidade de Glasgow. Ele acabará por fazer uma bela carreira na diplomacia. De 1763 a 1765 ele é secretário da Embaixada em Paris e festejado no mundo dos filósofos. Em 1768, ele é Secretário de Estado em Londres. Nesse meio tempo, publicou uma Investigação sobre os Princípios Morais (1751), uma volumosa História da Inglaterra (1754-1759) e uma História Natural da Religião (1757). Somente após sua morte (1776) é que foram publicados, em 1779, seus Diálogos sobre a Religião Natural.

  1. O enigma Humeano

Ele nos deixou um grande enigma que é o problema da indução, se ele esta certo, então nem a nossa ciência nem o nosso conhecimento ordinário sobre o mundo tem qualquer fundamento, pois é de entendimento comum que eles se baseiam no princípio indução. Começaremos expondo o problema da indução segundo o filósofo, e após isso mostrando a critica e a tentativa de solução proposta por Karl Popper (pensador cujas teorias mais influenciaram o curso dos debates acerca da epistemologia das ciências entre as décadas de 50 a 70 do século XX). Ao reconstruir o argumento de Hume temos que inferências indutivas: são aquelas que a conclusão não se encontra nas premissas, além disso, se elas forem verdadeiras a conclusão será provavelmente verdadeira (podendo ser falsa).

Ex.: O sol sempre nasceu no passado, logo nascerá amanhã;

O fogo queima no Brasil, logo ele também queima na Alemanha.

Todo nosso conhecimento empírico parece está baseado em raciocínio indutivo. Segundo Hume, a fundamentação dessas nossas inferências indutivas requer princípios de uniformidade da natureza, o que na verdade vale tanto para a dimensão temporal como espacial.

O problema da indução nasce da concentração de que a primeira premissa que é a formulação sobre a qual tudo se apoia não é uma verdade da razão. Ela é uma verdade analítica conceitual convencionalmente aceita e ela não é algo cuja negação seja contraditória, típico da verdade analítico conceitual. É perfeitamente imaginável que o futuro se torne muito diverso do passado - as árvores podem florescer no inverno, por exemplo, ou a neve queimar como o fogo. Cabe aqui mencionar um comentário do Bertrand Russel, no que toca à indução “o verdadeiro problema é este: poderá um número qualquer de casos em que no passado se verificou uma dada lei – garantir-nos a verificação dessa lei no futuro?” (RUSSEL, Bertrand. Os problemas da filosofia p. 69) Para Hume, com certeza, não.

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