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O Que Significa Dizer Que A Metafisica Estuda O Ser Enquanto Ser?

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Por:   •  28/3/2014  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  773 Visualizações

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O que significa dizer que a metafisica estuda o ser enquanto ser?

Bem, primeiro temos de descobrir o que se entende por "a ciência do ser enquanto ser". Para começar, o termo "ciência" significa aqui conhecimento teórico. É optimista considerar seja o que for como conhecimento metafísico. Como vimos, na metafísica reina a controvérsia. As conclusões estabelecidas são bastante raras (quando muito!). Felizmente, este optimismo acerca do conhecimento é inofensivo para o que nos interessa. Podemos ter de adquirir conhecimento metafísico de modo a completar uma investigação metafísica. Mas agora não estamos a tentar ver o que seria completar uma investigação metafísica. Estamos apenas a tentar identificar o objecto de estudo característico da metafísica. Quer tenhamos ou não conhecimento de quaisquer factos metafísicos, perguntamos agora apenas o que faz alguns factos serem metafísicos. Ao responder a esta questão do objecto de estudo, a nossa resposta inicial de Aristóteles dá-nos a expressão: "ser enquanto ser". Eis uma interpretação disso: O primeiro "ser" da expressão identifica o tópico como sendo a existência. O "enquanto ser" acrescenta que o foco da metafísica é a existência em geral. Não se trata da existência dos peixes ou da existência de coisas no século XXI. Trata-se da natureza geral da existência. Portanto, se a "filosofia primeira" de Aristóteles for metafísica, então temos a proposta de que o objecto de estudo da metafísica é a própria existência. A metafísica não é acerca de quaisquer coisas que existam, nem da sua existência sob certas condições limitadas. É apenas acerca da existência. A natureza da existência é definitivamente um tópico metafísico, e ainda por cima difícil. É um desafio afirmar seja o que for de informativo acerca do que é existir. Uma controvérsia metafísica acerca da existência tem a ver com a questão de a existência ser ou não uma propriedade. Para ver o que está em causa, imagine-se um balão que não existe. Imagine apenas um qualquer balão possível de que goste. Feito? Certo, agora imagine esse mesmo balão, mas tente adicionar a existência às propriedades que imagina que o balão tem. O que acrescentou? Nada! A existência não parece ser uma propriedade distinta que se possa adicionar ou apagar. Tendo reparado nisto, alguns filósofos foram levados a concluir que a existência não é uma propriedade de todo em todo. Outros pensam que a existência é uma propriedade especial que se requer para que haja quaisquer outras propriedades. A existência estava já incluída no seu acto de imaginar um balão possível, porque o leitor teve de o imaginar como existente para o poder imaginar de todo em todo. Esta é uma disputa metafísica acerca da própria existência. Estamos a ponderar a afirmação de que a existência é o objecto de estudo da metafísica. Acabámos de ver muito brevemente uma questão metafísica acerca da existência. Mas grande parte da metafísica não é sobre a existência. Na verdade, vimos isto repetidamente nos capítulos anteriores. Por exemplo, o problema da natureza do tempo não se centra na existência. Quando a questão é sobre tudo estar ou não predestinado à partida, o tópico não é a existência. Investigar a natureza do livre-arbítrio não é estudar a existência. O mesmo se aplica à natureza

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