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Origens da dialética

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Por:   •  15/5/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.696 Palavras (15 Páginas)  •  182 Visualizações

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O QUE É DIALÉTICA ?

ORIGENS DA DIALÉTICA

· Na Grécia antiga dialética era a arte do diálogo.

· “Aristóteles considerava Zênon de Eléa (aprox. 490-430 a.C.) o fundador da dialética. Outros consideram Sócrates (469-399 a.C.)”

. Sócrates desafiou os generais Lachés e Nícias a definirem o que era a bravura e o político Caliclés a definir o que era a política e a desafiou os generais Lachés e Nícias a definirem o que era a justiça, para demonstrar a eles que só a filosofia - por meio da dialética - podia lhes proporcionar os instrumentos indispensáveis para entenderem a essência daquilo que faziam, das atividades profissionais a que se dedicavam.

· “No sentido moderno da palavra, o pensador dialético mais radical da Grécia antiga foi, sem dúvida, Heráclito de Efeso (aprox. 540-480 a.C.)” O fragmento nº 91, em especial, tornou-se famoso: nele se lê que um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio. Por quê? Porque da segunda vez não será o mesmo homem e nem estará se banhando no mesmo rio (ambos terão mudado). Os gregos acharam essa concepção de Heráclito muito abstrata, muito unilateral. Chamaram o filósofo de Heráclito, o Obscuro. Havia certa perplexidade em relação ao problema do movimento, da mudança. O que é que explicava que os seres se transformassem, que eles deixassem de ser aquilo que eram e passassem a ser algo que antes não eram? Heráclito respondia a. essa pergunta de maneira muito perturbadora, negando a existência de qualquer estabilidade no ser.

· “Parmênides (aprox. 54º-480 a.C) ensinava que a essência profunda do ser era imutável e dizia que o movimento (a mudança) era um fenômeno de superfície”

· “Essa linha de pensamento - que podemos chamar de metafísica - acabou prevalecendo sobre a dialética de Heráclito”

· “Aristóteles, (384-322 A.C.) foi um pensador de horizontes mais amplos que o seu antecessor; e é a ele que se deve, em boa parte, a sobrevivência dialética. Aristóteles observou que nós damos o mesmo nome de movimento a processos muito diferentes, que vão desde o mero deslocamento mecânico de um corpo no espaço, desde o mero aumento quantitativo de alguma coisa, até a modificação qualitativa de um ser ou o nascimento de um ser novo. Para explicar cada movimento, a gente precisa verificar qual é a natureza dele. . Segundo Aristóteles, todas as coisas possuem determinadas potencialidades; os movimentos das coisas são potencialidades que estão se atualizando, isto é, são possibilidades que estão se transformando em realidades efetivas. Com seus conceitos de ato e potência, Aristóteles conseguiu impedir que o movimento fosse considerado apenas uma ilusão desprezível, um aspecto superficial da realidade;graças a ele, os filósofos não abandonaram completamente o estudo do lado dinâmico e mutável do real.

· “Um dos ideólogos mais famosos do Século XI, Petrus Damianus (1007-1072), dizia que, para o ser humano, a única coisa importante era a salvação da sua alma;”

· “O árabe Averróes (1126-1198) apoiando-se em Aristóteles, afirmou que a versão filosófica da Verdade não precisava coincidir, de maneira imediata e total, com sua versão teológica.

· “Abelardo (1079-1142) conseguiu discutir longamente sobre as relações entre as categorias universais e as coisas singulares em termos de pura lógica, -mostrando assim, na prática, que existiam problemas importantes cuja abordagem não precisava da teologia”

. Guilherme de Occam (aprox. 1285-1349) sustentava que, exatamente porque Deus é todo-poderoso e porque a vontade de Deus não pode ter limites, tudo no mundo é contingente, tudo poderia ser diferente do que é (se Deus quisesse); por isso, a teologia (que tratava de Deus) não devia interferir - segundo Occam - no estudo das coisas contingentes do mundo empírico.

· “O astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) descobriu que Ptolomeu tinha-se enganado, que a Terra nem era imóvel nem era o centro do universo, que ela girava em torno do Sol.”

· “Galileu (1564-1642) e Descartes (1596-1650) descobriram que a condição natural dos corpos era o movimento e não o estado de repouso”

· “Pico de Ia Mirandola (1463-1494) sustentou que o fato de o homem ser "inacabado" e, portanto, poder evoluir lhe conferia uma dignidade especial e lhe dava até certa vantagem em comparação com os deuses e anjos (que são eternos, perfeitos e por isso não mudam)”

Giordano Bruno (1548-1600) exaltou o homo faber, quer dizer, o homem capaz de dominar as forças naturais e de modificar criadoramente o mundo.

Pascal (1623-1654)” reconheceu o caráter instável, dinâmico e contraditório da condição humana. Foi corajosamente reconhecido por um pensador místico e conservador

· italiano Giambattista Vico (1680-1744), também ajudou a dialética a se fortalecer. Vico achava que o homem não podia conhecer a natureza, que tinha sido feita por Deus [...]mas sustentava que o homem podia conhecer sua própria história, já que a realidade histórica é obra humana, é criada por nós”

· “Elementos de dialética se encontram no pensamento de diversos filósofos do Século XVII, como Leibniz (1646-1716), Spinoza (1632-1677), Hobbes (1588-1679) e Pierre Bayle (1647-1706) [...]

Montaigne (1533-1592), no Século XVI. dizia, por exemplo: "Todas as coisas estão sujeitas a passar de uma mudança a outra; a razão, buscando nelas uma subsistência real, só pode frustrar-se, pois nada pode apreender de permanente, já que tudo ou está começando a ser - e absolutamente ainda não é - ou então já está começando a morrer antes de ter sido" (Essais, 11, 12).

Denis Diderot (1713-1784)”o maior dos filósofos iluministas é também o autor de uma obra rica em observações de grande interesse para a concepção dialética do mundo

· “"Todos os seres circulam uns nos outros. Tudo é um fluxo perpétuo. O que é um ser? A soma de um certo número de tendências. E a vida? A vida é uma sucessão de ações e reações” (Diderot)

· “Diderot aconselhava seus leitores: "Examinem todas as instituições políticas, civis e religiosas; ou muito me engano ou vocês verão nelas o gênero humano subjulgado, a cada século mais submetido ao jugo de um punhado

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