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Os Pensadores Antigos

Por:   •  4/11/2016  •  Projeto de pesquisa  •  5.490 Palavras (22 Páginas)  •  329 Visualizações

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1        Biografia

1.1 René Descartes (1596 – 1650) – Filósofo

Por viver em uma sociedade que havia acabado de sair do sistema feudal, o pensamento de Descartes pode ser considerado revolucionário, visto que ainda a produção de conhecimento ainda era muito restrita já que a influência da Igreja Católica ainda era muito forte.  Uma de suas frases mais conhecidas é “Cogito, ergo sum”: “Penso, logo existo”.

Considerado o pai do Racionalismo – teoria esta que confrontava o Relativismo, fundador da filosofia e da matemática moderna, Descartes defendeu a tese de que a dúvida era o primeiro passo para se chegar ao conhecimento, sendo considerado por isso como um filósofo moderno, já que criou em suas obras “Discurso sobre o método (1637)” e “Meditações Metafísicas (1641)” algumas bases da ciência contemporânea, sendo por isso, considerado um dos pensadores mais influentes da historia humana.

Viveu numa época marcada pelas guerras religiosas entre Protestantes e Católicos na Europa, viajou muito e entendeu que sociedades diferentes têm crenças diferentes e até mesmo contraditórias. Percebeu também que os costumes, a história de um povo, sua tradição cultural influenciam a forma de como as pessoas pensam naquilo em que acreditam.

Sobre sua trajetória de vida, consta que ele nasceu em La Haye, na França, a cerca de 300 quilômetros de Paris. Seu pai, Joachim Descartes, advogado e juiz, era dono de muitas terras e tinha o título de escudeiro da sua cidade, além de ser conselheiro no Parlamento de Rennes, na Bretanha, o chamava de "pequeno filósofo". Com aproximadamente um ano de idade, Descartes perdeu sua mãe, Jeanne Brochard, e passou a ser criado pela avó. Seu pai se casou novamente.  Descartes, como o pai, formou-se em Direito pela Universidade de Poitiers em 1616, mas, no entanto, nunca exercera a profissão.

Em 1618 foi para a Holanda e se alistou no exército do príncipe Maurício de Nassau.  Ele entendia que a escola militar seria uma complementação da sua educação. Foi quando fez amizade com o duque filósofo, doutor e físico Isaac Beeckman, e a ele dedicou o "Compendium Musicae", um pequeno tratado sobre música. Segundo a História, em 10 de novembro de 1619, René Descartes teve uma visão em um sonho sobre um novo sistema matemático e científico.

Em 1628, influenciado por um cardeal da Igreja Católica, Descartes escreve “Regras para a direção do espírito”. Já em 1629 começa a escrever uma obra de física chamada “Tratado do Mundo”. No entanto, Descartes não a publicara, visto que em 1633, Galileu Galilei fora condenado pela Igreja Católica. Em 1635 nascia sua filha Francine, que morrera aos cinco anos de idade, causando grande impacto na vida de Descartes, deixando-o bastante abalado.

Em 1637, o “pequeno filósofo” publicou a obra “Discurso sobre o método para bem conduzir a razão a buscar a verdade através da ciência.” Nesta obra consta-se três apêndices:
 “A Dióptrica", um trabalho sobre ótica; "Os Meteoros", um trabalho sobre meteorologia; e "A Geometria", cujo tema introduz um sistema de coordenadas que, mais tarde, em sua homenagem, ficaria conhecido como "cartesianas”.

No ano de 1641, publica sua obra metafísica e filosófica mais conhecida, cujo nome é “Meditações sobre a filosofia primeira”. Essa obra é composta por seis conjuntos de objeções e respostas, sendo os autores das mesmas pensadores como Johan de Kater, Mersene, Thomas Hobbes, Arnauld dentre outros. E, em 1643 lançou “Princípios da Filosofia”, livro oferecido à sua colega e correspondente Princesa Elizabete da Boêmia e na qual grande parte da obra é dedicada à física, onde ele resume seus princípios filosóficos que ele chamaria de “ciência”. 

Em 1647, premiado e financiado pelo Rei da França, Descartes começa a trabalhar em uma obra chamada “Descrição do corpo humano”. 

Vivendo desde aproximadamente 1629 nos Países Baixos, Descartes foi para a cidade de Estocolmo em 1649 para instruir a rainha Cristina da Suécia, de apenas 23 anos de idade, a fim de instruí-la em matemática e filosofia. Entretanto, debilitado pelo clima rigoroso, Descartes vem a falecer de pneumonia no dia 11 de fevereiro de 1650.

Em 1667, seus restos mortais foram enviados para a França e enterrados na Abadia de Saint-Geneviève, em Paris. No entanto, hoje em dia seu túmulo encontra-se na Igreja de Saint-Germain-des-Pré, também em Paris.

No mesmo ano de sua morte, a Igreja Católica incluiu todas as obras de Renè Descartes na lista dos livros proibidos.

1.2 Leonhard Euler (1707 – 1783) – Matemático

Leonhard Euler, filho de Paul Euler, ministro protestante, e Margaret Brucker nasceu em Basiléia, Suíça, no dia 15 de Abril de 1707, mudou-se para Riehen com um ano de idade, e lá foi criado. Seu pai o introduziu nos primeiros estudos de matemática. Quando chegou à adolescência, Euler retornou a Basel para estudar, preparando-se para o curso de teologia na Universidade.

         Euler não aprendeu matemática alguma na escola, mas seu interesse, despertado nas lições de seu pai, o levou a estudar sozinho textos diversos e a tomar lições particulares.

         Embora muito religioso Euler não se entusiasmou com o estudo da teologia, e seu pai consentiu que ele mudasse para a matemática. Terminado o curso, foi convidado a assumir a cadeira de um professor falecido na Universidade de São Petersburgo. Como não fora selecionado para a cadeira de física da Universidade de Basel, aceitou o primeiro convite e, em 1727, mudou-se para a Rússia.

          Chegando lá, afiliou-se à Academia de Ciências, onde teve contato com grandes cientistas como Jakob Hermann, Daniel Bernoulli e Christian Goldbach.
        
Em 1730, Euler tornou-se professor de Física da Academia, fato que o permitiu abandonar o posto de lugar-tenente da marinha Russa, que ele ocupava desde 1727. Três anos mais tarde, com o retorno de Daniel Bernoulli a Basel, Euler assumiu a cátedra de matemática da Academia, e os proventos advindos dessa nomeação permitiram que ele se casasse, em 1734, com Katharina Gsell, uma moça de ascendência suíça.

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