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Os principais períodos de desenvolvimento da filosofia

Seminário: Os principais períodos de desenvolvimento da filosofia. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/12/2013  •  Seminário  •  7.322 Palavras (30 Páginas)  •  581 Visualizações

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e Mileto, fenício de origem, é considerado o fundador da escola jônica. É o mais antigo filósofo grego. Tales não deixou nada escrito mas sabemos que ele ensinava ser a água a substância única de todas as coisas. A terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano. Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo, pela primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua. No plano da astronomia, fez estudos sobre solstícios a fim de elaborar um calendário, e examinou o movimento dos astros para orientar a navegação. Provavelmente nada escreveu. Por isso, do seu pensamento só restam interpretações formuladas por outros filósofos que lhe atribuíram uma idéia básica: a de que tudo se origina da água. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem à terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal. A cosmologia de Tales pode ser resumida nas seguintes proposições: A terra flutua sobre a água; A água é a causa material de todas as coisas. Todas as coisas estão cheias de deuses. O imã possui vida, pois atrai o ferro.

b. Anaximandro de Mileto (611-547 A.C.) "Ápeiron"

Anaximandro de Mileto, geógrafo, matemático, astrônomo e político, discípulo e sucessor de Tales e autor de um tratado Da Natureza, põe como princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente indeterminada. Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e imortalidade, por um processo de separação ou "segregação" derivam os diferentes corpos. Supõe também a geração espontânea dos seres vivos e a transformação dos peixes em homens. Anaximandro imagina a terra como um disco suspenso no ar. Eterno, o ápeiron está em constante movimento, e disto resulta uma série de pares opostos - água e fogo, frio e calor, etc. - que constituem o mundo. O ápeiron é assim algo abstrato, que não se fixa diretamente em nenhum elemento palpável da natureza. Com essa concepção, Anaximandro prossegue na mesma via de Tales, porém dando um passo a mais na direção da independência do "princípio" em relação às coisas particulares. Para ele, o princípio da "physis" (natureza) é o ápeiron (ilimitado). Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo habitado, a introdução na Grécia do uso do gnômon (relógio de sol) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega). Ampliando a visão de Tales, foi o primeiro a formular o conceito de uma lei universal presidindo o processo cósmico total. Diz-se também, que preveniu o povo de Esparta de um terremoto. Anaximandro julga que o elemento primordial seria o indeterminado (ápeiron), infinito e em movimento perpétuo.

c. Anaxímenes de Mileto (588-524 A.C.) "Ar"

Segundo Anaxímenes, a arkhé (comando) que comanda o mundo é o ar, um elemento não tão abstrato como o ápeiron, nem palpável demais como a água. Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são formas cada vez mais condensadas do ar. As diversas coisas que existem, mesmo apresentando qualidades diferentes entre si, reduzem-se a variações quantitativas (mais raro, mais denso) desse único elemento. Atribuindo vida à matéria e identificando a divindade com o elemento primitivo gerador dos seres, os antigos jônios professavam o hilozoísmo e o panteísmo naturalista. Dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe sua luz do Sol. Anaxímenes julga que o elemento primordial das coisas é o ar.

d. Heráclito

Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jónia, por volta de 540 a.C., descendente de uma família que ainda conservava prerrogativas reais. Embora incluído na Escola Jônica, por sua descendência, Heráclito não teve nenhum mestre e desprezava os filósofos de seu tempo. Escreveu um livro também intitulado "Sobre a Natureza", mas de forma tão concisa que recebeu o cgnome de "O Obscuro". Sua akmé se deu entre 504 e 500 a.C.. É considerado o maior filósofo pré-socrático, por formular com vigor o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias. Estabeleceu ainda a existência de uma lei universal e fixa – logos – que rege todos os acontecimentos particulares e fundamenta a harmonia universal. Sua phýsis é o fogo primordial que arde eternamente, a própria razão. Para Heráclito, o mundo é um devir eterno. Platão, referindo-se a Heráclito, conclui que para o pré-socrático "tudo flui". "Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois o rio nunca é o mesmo e nós também nunca mais somos os mesmos". É a frase que define a teoria de Heráclito. O mundo está em constante mudança e tudo o que se acha que é permanente é ilusão. O dia anoitece, a noite amanhece, o sono desperta, o despertar adormece. O movimento é a realidade verdadeira e a luta dos contrários, já que o fluxo perpétuo do mundo sempre está alterando as coisas.

2. PERÍODO SOCRÁTICO

Inicia no fim do século V a.C., com Sócrates e cobre todo século IV a.C., quando a filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas. Em grego, ântropos quer dizer homem, e por isso este período também é conhecido como antropológico.

Período socrático (séc. IV a.C.) - Problemas metafísicos. Período Sistemático ou Antropológico: o período mais importante da história do pensamento grego (Sócrates, Platão, Aristóteles), em que o interesse pela natureza é integrado com o interesse pelo espírito e são construídos os maiores sistemas filosóficos, culminando com Aristóteles

2.1 CONTRIBUIÇÃO/IMPORTÂNCIA

O período socrático foi caracterizado pela mudança em relação ao objeto de estudo da filosofia, passando da metafísica para o homem em si. Esse caráter antropológico se deu através dos três principais filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles

2.2 FILÓSOFOS

a. SOCRÁTES

Sócrates (em grego antigo: Σωκράτης, transl. Sōkrátēs; 469–399 a.C.[1]) foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações

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