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Pequeno tratado das grandes virtudes

Por:   •  16/1/2017  •  Resenha  •  1.829 Palavras (8 Páginas)  •  3.012 Visualizações

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Pequeno Tratado das Grandes Virtudes

O livro “pequeno tratado das grandes virtudes”, escrito por André Comte-Sponville, é dividido em dezoito “temas” onde o autor fixa suas ideias acerca de cada uma das virtudes abordadas em sequência, incluindo a polidez, a fidelidade, a prudência e várias outras.

1. Polidez.

 A primeira “virtude” apresentada na obra é a polidez. Lá, o autor conta que a polidez ainda não é moral, nem sequer é uma virtude. É algo em que a virtude se inicia, e da maneira que temos de praticá-la "Imitando virtude tornamo-nos virtuosos. Ele diz também que a polidez antecede a moral e é o que a torna possível, que nós devemos primeiro adquirir a “aparência e maneira de bom ", não porque eles são suficientes em si, mas porque eles podem nos ajudar a atingir a única coisa que eles imitam - a virtude -, e que é adquirido apenas por essa imitação". A polidez não é suficiente para ser educado, mas é um começo. Aprendemos a ser bons para os outros antes de saber por que isso é necessário: nós fingimos até termos que fazê-lo.

2. Fidelidade

A segunda virtude é a Fidelidade (amar a memória). É o oposto de variedade, mas também de teimosia. Para praticar a fidelidade, a pessoa precisa aprender a diferenciar as coisas que valem a pena ser leal (valores, virtudes, de verdade, relacionamentos - passado ou presente), e as que não valem (crueldade, ressentimento, falsidades). Fidelidade é a virtude que permite que todos os outros: a justiça, a paz, a liberdade, E a própria verdade.

3. Prudência

A terceira é a prudência, que atua como uma condição para as outras virtudes. Ela é o pensamento, a inteligência por trás da prática de todos as outras. A prudência é o bom senso que nos diz: "mentir para a Gestapo" em vez de "transformar em um judeu ou um combatente da resistência". Ela nos ensina a lidar com outras virtudes. Sendo, no geral, o cérebro por trás do bem. Sozinha, ela não tem nenhum mérito, mas sem ela, nenhuma das virtudes poderiam ser chamadas de virtudes.

4. Temperança.

Outra virtude é a temperança. A temperança não é "tristeza" ou "impotência". "Não é sobre desfrutar menos, mas desfrutando de melhor”. É a liberdade da soberania de nossos próprios desejos, é a capacidade de ser seu próprio dono. Sendo assim, a temperança é um meio de independência, seria um dos caminhos para a felicidade.

5. coragem.

Assim como a prudência, a coragem é a condição de todas as outras virtudes: a primeira nos ajuda a encontrar a melhor forma de praticá-los, a última nos instiga a agir sobre elas, nesse caso a coragem não é ausência de medo, mas sim a capacidade de superá-lo por uma vontade mais forte. A coragem é uma virtude, que antecede as outras. Ela também é uma virtude que "existe apenas no presente". Só porque a pessoa demonstrou coragem uma determinada vez, não significa que ela a vai demonstrar novamente. Assim, se a prudência é o cérebro por trás do bem, a coragem é o seu músculo.

6. Justiça.

De acordo com o livro, na tradição cristã, a Justiça é a quarta virtudes das virtudes cardeais (que também inclui a prudência, a temperança e a coragem) e é a única que é boa por si própria: as outras, dependendo de como e do por que delas serem praticadas, podem se tornar meros "talentos" ou "qualidades".

7. Generosidade.

A generosidade é a virtude de dar. Nós só podemos dar o que possuímos, para aqueles que precisam mais do que nós. Mas, ela é difícil de encontrar, porque o egoísta muitas vezes ganha. Ao contrário de amor, que nós não escolhemos sentir, nós mostramos generosidade, porque queremos ser generosos. Resumindo, esta virtude é um esforço.  De acordo com o autor, a generosidade existe onde o amor não está, não há nada mais fácil do que dar quando se ama.

8. Compaixão.

A compaixão é a "participação no sofrimento dos outros”. Sendo assim, é muito doloroso experimentá-la com outra pessoa e humilhante para provocá-la em outros. Para entender melhor a compaixão, não devemos confundi-la com a simpatia, que não discrimina, nem com a piedade, que, levada ao extremo, pode ajudar a justificar a crueldade, que implica outra forma um sentimento de superioridade na pessoa que a sente. A compaixão também não é pena, que é abstrata e generalizante, a compaixão é concreta, silenciosa e específica. A Pena é capaz de se relacionar com o sofrimento de todo um grupo, enquanto que a compaixão só funciona em casos isolados. Pena, portanto, é capaz de justificar ainda mais a violência ou crueldade em resposta às causas do sofrimento, enquanto que a compaixão não pode, porque ela se sente para quem sofre, independentemente de que lado eles estão.

9. Misericórdia.

A Misericórdia é a virtude do perdão (a sua verdade). O perdão não é apagar o errado, pois ninguém pode mudar o passado, nem é esquecê-lo, porque, desse modo você não teria como permanecer fiel a quem já sofreu alguma injustiça, e não teria como você proteger essa pessoa. Assim como a prudência, a misericórdia é uma virtude intelectual, pelo menos é assim que ela começa e é assim que ela permanece durante algum tempo depois disso. De acordo com o autor, o objetivo é se livrar do ódio. Misericórdia é a compreensão e aceitação. Ela não tem que se traduzir em abandonar a luta, mas ajuda a transformar a vingança em Justiça.

10. Gratidão.

Gratidão, diz o autor, é uma alegria que prolonga a alegria de receber. É, portanto, o oposto do arrependimento ou saudade, mas também é o oposto da esperança ou apreensão. A gratidão, sendo simples e leve, é a virtude que faz amizades possível.

11. Humildade.

A humildade é o ponto médio entre a vaidade e a humilitude. A Humildade Não é desprezo por si mesmo, mas sim, o reconhecimento de tudo o que não somos. Ela é um olhar honesto sobre si mesmo, sobre suas limitações. A Humildade, como uma virtude, é essa tristeza verdadeira de ser apenas a si mesmo, acompanhado por termos misericórdia de nós mesmos. Humildade não é má consciência, remorso ou vergonha, porque não tem nada a ver com o que fizemos no passado, mas com o que somos, e não somos mais.

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