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Plenitude Social

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Por:   •  29/3/2014  •  533 Palavras (3 Páginas)  •  209 Visualizações

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Nos identificamos para evocar esses sentimentos e ingressar nas atividades e crenças que a elas

nos ligam. Tanto podemos nos relacionar com grupos restritos, íntimos, como com aqueles

grandes e dispersos. Classe, gênero e nação são exemplos típicos dessa segunda categoria de

intragrupo. Embora em geral os consideremos equivalentes aos grupos pequenos e íntimos que

nos são familiares, eles constituem comunidades imaginárias, sendo caracterizados pelo uso da

mesma linguagem e pela prática de costumes semelhantes, mas, simultaneamente, divididos por

suas crenças e práticas. Essas rupturas, entretanto, apresentam tênue revestimento da imagem de

“nós”, apelando para sentido de unidade. De fato, os discursos de líderes nacionalistas muito

habitualmente se referem a soterrar as diferenças em favor do espírito comunal orientado para um

objetivo coletivamente sustentado.

Há um trabalho a fazer no sentido de estimular a autotransformação de classes, gêneros, etnias

e nações em intragrupos, porque eles carecem do cimento social que nos é familiar nas interações

cotidianas. Uma consequência desse processo é a supressão ou a dispensa de evidências que

correm contra sua imagem ideal, tratando-a como falsa ou irrelevante. O processo de purificação

demanda um corpo disciplinado e imaginário de interesses e crenças. Isso considerado, as ações

de um coletivo – partido político, sindicato, governo de um Estado nacional – precedem a

formação de grupos de larga escala. O nacionalismo, assim, precede a emergência de unidades

nacionais unificadas.

Apesar do empenho contido na imagem da unidade, a sustentação na realidade permanece

frágil. Por quê? Porque falta a substância que se pode derivar da interação cotidiana das redes, e,

então, nenhum esforço para induzir a lealdade em grandes grupos sustenta uma possibilidade de

êxito se não for acompanhado da prática de hostilidade em relação a um extragrupo. Deparamos

então com a imagem de um inimigo escabroso, assustador e que demonstra ser astuto e

conspiratório. A vigilância torna-se necessidade constante em contextos nos quais as imagens são

formadas por preconceito. O preconceito – assim como a recusa em admitir quaisquer virtudes

nos inimigos e a tendência a ampliar seus vícios reais e imaginários – impede que alguém aceite

a possibilidade de serem honestas as

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