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Positivismo

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Por:   •  9/4/2014  •  1.215 Palavras (5 Páginas)  •  643 Visualizações

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O positivismo, não nasceu espontaneamente no século XIX, suas raízes podem ser encontradas já na Antiguidade. É uma tendência dentro do Idealismo Filosófico e representa nele uma das linhas do Idealismo Subjetivo. O positivismo, uma corrente filosófica, caracteriza-se por três preocupações principais: Uma filosofia da história (na qual encontramos as bases de sua filosofia positiva e sua célebre “lei dos três estados” que marcariam as fases da evolução do pensar humano: teológico, metafísico e positivo); uma fundamentação e classificação das ciências; e a elaboração de uma disciplina para estudar os fatos sociais, a Sociologia que, num primeiro momento, Augusto Comte denominou física social.

Distinguem-se três momentos na evolução do positivismo. A primeira fase, chamaremos de positivismo clássico. A segunda, após o final do século XIX, o empiriocriticismo. A terceira etapa denomina-se de neopositivismo e compreende uma série de matizes, entre os quais se podem anotar o positivismo lógico, o empirismo lógico; o atomismo lógico; a filosofia analítica que acham que a filosofia deve ter por tarefa elucidar as formas da linguagem em busca da essência dos problemas; o behaviorismo e o neobehaviorismo.

Facilmente se observa que a filosofia positiva se colocou no extremo oposto da especulação pura, exaltando, sobretudo, os fatos.

Nas ideias de Comte temos alguns princípios fundamentais do positivismo, cujo emprego se considera como prática comum entre os pesquisadores. Estes princípios são: a busca da explicação dos fenômenos através das relações dos mesmos e a exaltação da observação dos fatos, mas resulta que para ligar os fatos existe necessidade de uma teoria. Não sendo assim, acredita que seja impossível que os fatos sejam percebidos. Segundo Comte, o estudo das ciências possui algo muito mais elevado que o, de atender o interesse da indústria, que é o de “satisfazer a necessidade fundamental sentida por nossa inteligência, de conhecer as leis dos fenômenos”, prescindindo de toda consideração prática.

Também prega a submissão da imaginação à observação, mas isto não deve transformar a ciência real numa espécie de estéril acumulação de fatos incoerentes, porque devemos entender que o espírito positivo não está menos afastado, no fundo, do empirismo do que do misticismo.

O positivismo proclama como função essencial da ciência sua capacidade de prever. “O verdadeiro espírito positivo consiste em ver para prever”.

Comte assinala cinco acepções para a filosofia positiva: a certeza; a utilidade; a realidade; a precisão e a organização.

Considerar a realidade como formada por partes isoladas, de fatos anatômicos, segundo a expressão de Russel e Witgenstein, é uma das características que mais têm pesado sobre a prática da pesquisa na educação. Pois a visão isolada dos fenômenos sociais, oposta à ideia de integridade e de transformação dialética, permitiu que nossos pesquisadores realizassem estudos, por exemplo, sobre o fracasso escolar, desvinculando de uma dinâmica ampla e submetidos a relações simples, sem aprofundar as causas. Não era feito um estudo mais aprofundado, desconsiderando todo o contexto. A evasão na primeira série surgia como relacionada com os anos de magistério dos professores, com seu grau de formação profissional, seu nível sócio econômico etc. Para o positivismo não interessavam as causas dos fenômenos, isso não era positivo, não era tarefa da ciência. Buscar as causas dos fatos era ter uma visão desproporcionada da força intelectual do homem, de sua razão. Isso era metafísico. Assim, tendo os fatos como único objeto da ciência, fatos que podiam ser observados, a atitude positivista consistia em descobrir as relações entre as coisas. O que interessa ao espírito positivo é estabelecer como se produzem as relações entre os fatos. Assim, eliminou qualquer perspectiva de colocar a busca científica ao serviço das necessidades humanas, para resolver problemas práticos. O investigador estuda os fatos, estabelece relações entre eles, pela própria ciência, pelos propósitos superiores da alma humana de saber. Não está interessado em conhecer as consequências de seus achados. “A ciência estuda os fatos para conhecê-los, e tão-somente para conhecê-los, de modo absolutamente desinteressado”. O papel do investigador é exprimir a realidade, não julgá-la. Este ponto de vista, o de ser o conhecimento científico neutro, foi combatido, primeiro, no mundo dos cientistas sociais que não podiam conceber que a ciência humana pudesse ficar à margem da influência do ser humano que investigava. São poucos agora os que ainda defendem a neutralidade da

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