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Reflexões sobre "O Banquete"

Por:   •  28/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  4.145 Palavras (17 Páginas)  •  164 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO

Coordenação Central de Extensão – Departamento de História

Curso de Especialização em Historia da Arte e Arquitetura do Brasil

REFLEXÕES SOBRE “O BANQUETE”

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Rio de Janeiro

2º semestre – 2018

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO

Coordenação Central de Extensão – Departamento de História

Curso de Especialização em Historia da Arte e Arquitetura do Brasil

ANDERSON FREITAS HAUTEQUESTT

REFLEXÕES SOBRE “O BANQUETE”

Trabalho apresentado para avaliação na disciplina de HISTÓRIA DA ESTÉTICA I do curso de Especialização em Historia da Arte e Arquitetura do Brasil da Pontificía Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Orientador:

PROFº: JOSÉ THOMAZ BRUM

SUMÁRIO

  1. introdução4
  2. PLATÃO E OS DOIS MUNDOS 6
  3. os discursos de “o banquete” – uma analise da obra9
  4. O BANQUETE: A BELEZA ATRAVÉS DO ÉROS12
  5. CONCLUSÃO13
  6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS15
  1. INTRODUÇÃO

O propósito de estudo neste trabalho que segue, é a reflexão e entendimento sobre a obra “O Banquete“ de Platão.

Platão foi um pensador grego que viveu entre o final do século V e o início do século IV a.C.

Sua obra “O Banquete” criada, na Grécia por volta de 380 a.c, inaugura um gênero literário, o dialogo filosófico escrito em prosa, e foi o primeiro a apresentar uma idéia chave para o pensamento de que, existe algo alem do pensamento.

A narrativa faz referência ao filósofo Sócrates, que participou de um jantar na casa de Agatão, se dá pela narração de Apolorodo a um amigo, e começa descrevendo o convite que Sócrates fez a Aristodemo, para que o mesmo lhe acompanhe até um “banquete”. (p.35 174a).

Além do anfitrião Agatão, Sócrates e Aristodemo, também estão presentes na celebração várias figuras ilustres de Atenas como, Fedro, Pausânias,  Eriximaco, Alcibíades e Aristófanes.

Um fato que me chamou a atenção é a não existência de um preâmbulo, ou mesmo uma introdução com relação aos personagens principais, eles vão sendo revelados a partir da narrativa ou de sua própria fala.

A narrativa se segue quando todos já à mesa colocam em discussão o uso ou não da bebida alcoólica, tendo em vista que os convidados haviam exagerado em um evento anterior, ao que fica acordado que cada um deverá beber como lhe convier. (p.39 176a). Durante este banquete os convidados criam uma espécie de competição, aonde eles discursariam sobre um tema, o elogio ao Amor (Eros) foi o tema escolhido, tendo em vista que Eriximaco observou que tanto os poetas quanto os filósofos, até então, pouco – ou nunca – louvavam o Amor. (p.40/41 177a, 177b).

Cabe destacar que o amor na obra de Platão é uma entidade personificada no Deus Eros.

A beleza aparece relacionada ao “Eros” que é colocado como a grande chave da conceituação do que vem a ser este “Eros”.

Em “O Banquete” nos encontramos em um ambiente metafísico, onde de uma maneira poética, com imagens e muita poesia é apresentado essa união entre “Eros” e a beleza.

A filosofia platônica , quando surge tem atrás dela os trágicos gregos, porem ela sabe conviver com a sabedoria profética, oracular, sempre respeitada em seus textos, uma das maneiras que podemos comprovar isto no texto objeto desta reflexão é que, a personagem que vincula o belo em si é uma mulher, a sacerdotisa imaginaria Diotima[1].

O texto é extraordinariamente relevante do ponto de vista literário, com uma beleza singular em suas formulações, e tem até os dias atuais uma força e importância muito grande no ocidente.

A grande comprovação disto se faz na “Teoria do desejo” da psicanálise Lacaniana (Jacques Lacan 1901-1981), que é o desejo como “falta”, assim como também a mística cristã que esta sempre na busca do absoluto, uma busca amorosa, e ambas respiram a atmosfera contida no texto “O Banquete”.

Porem cabe ressaltar que no mundo antigo o termo Agapé não existia, mas sim o verbo “Agapal” que significa acolhimento do ato de acolher alguém. Nos evangelhos Agapé quer dizer amor no sentido amor cristão de caritas, uma coisa totalmente estranha ao Eros, pois quer dizer o amor de Deus pelos homens e dos homens por Deus, este é o amor mais improvável que existe, o amor pelo próximo, dos homens entre si, como apresentado nas conversas filosóficas sobre o ”O Banquete”, mantidas com o Profº José Thomas Brum em sala de aula.

 O Banquete é um texto da maturidade de Platão e faz uma combinação com Fedro. Com uma escrita sem o rigor até então habituais, de pergunta e resposta, que pode ser observado no texto do Hípias, no dialogo de “O Banquete” Platão descreve uma espécie de iniciação a beleza, através do “Eros”.

O belo até então era fruto de uma pergunta, eminentemente passional, intelectual e metodológica, mas a partir do Banquete, existe claramente agora uma tentativa de alcançá-lo. Encontramos também dentro do texto uma teoria da educação e do aprendizado, da relação mestre x discípulo aonde se afirma que só se aprende através do amor. Tanto o amor à sabedoria, quanto o amor que une mestre e discípulo.

  1. PLATÃO E OS DOIS MUNDOS

Para melhor analisar o texto de “O Banquete” precisamos entender a “Teoria das idéias”, base do platonismo.

Inicialmente, as preocupações de Platão eram como muitas de seu mentor: buscar definições de valores morais abstratos como “justiça” e “virtude”, assim como refutar a visão de que certo e errado são termos relativos.

Platão, no entanto sugeriu que antes de nos referirmos a qualquer conceito moral em nosso pensamento ou raciocínio, devemos primeiro explorar o que queremos dizer com esse conceito e o que o torna precisamente o tipo de coisa que é.

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