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Resenha Crítica Do Livro O Que é Etnocentrismo

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Por:   •  29/8/2013  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  5.616 Visualizações

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Resenha Crítica da Obra: O que É Etnocentrismo

A obra O que é Etnocentrismo foi escrita no ano de 1984, pelo escritor carioca Everaldo Rocha. Trata-se de um importante nome da Antropologia nacional que publicou esta e outras importantes obras literárias.

Logo no primeiro capítulo (Pensando em partir), Everaldo tenta explicar ao leitor o que seria o Etnocentrismo. Conforme suas palavras, seria “uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência”(p.1). Dessa forma, o autor afirma que na cultura Etnocêntrica existem dogmas nos quais só existe uma maneira de pensar e fazer as coisas, a do eu.

De acordo com autor, Etnocentrismo está ligado diretamente ao choque cultural, no qual, quase sempre compararam-se a cultura do outro tendo como referência os valores do eu, melhor dizendo, da minha cultura. Além disso, o Etnocentrismo não seria particular de uma determinada sociedade, ele estaria presente em diversas outras culturas, mas a nossa sociedade ocidental teria o praticado mais devido ao caráter ativista e colonizador que conduziu a conquista e destruição de vários outros povos e culturas.

O Etnocentrismo ainda perpetua em nosso cotidiano, ele revela-se através das sutilezas, violências e persistências. A todo o momento a “industria cultural” (Jornais, TVs, internet, revistas e outros) expõe desacertadamente um modelo ideal de valores e cultura, ou seja, o grupo dominante se reafirmando sobre os demais grupos menos expressivos.

Analisando os argumentos expostos pelo autor Everaldo acerca de o que seria o Etnocentrismo, entendo que ele foi muito feliz em suas colocações. O autor deslinda de forma apropriada o significado do tema e trás muitas informações ao leitor.

Por seguinte, Everaldo apresenta alguns meios de refutar o Etnocentrismo. Um desses mecanismos seria a “Relativação”, esse recurso consiste em compreender o outro nos seus próprios valores e não nos nossos. Nas palavras do autor, o processo de Relativizar configura-se quando “um ato é visto não na sua dimensão absoluta mas no contexto em que acontece”(p.20).

No segundo capítulo (Primeiros movimentos), o autor aborda o Evolucionismo. De acordo com o autor, até meados do século XIX, a evolução ou desenvolvimento, era o marco fundamental para o pensamento antropológico, entretanto, obras de autores como: Sir James George Frazer e Sir Edward Burnett na Inglaterra e Lewis Morgan nos EUA possibilitaram o surgimento da relativização. Everaldo atribui esse acontecimento ao próprio evolucionismo, uma vez que ele (Evolucionismo) foi o “primeiro eixo sistemático de pensamento sobre o outro dentro da Antropologia” (p.35).

Já no terceiro capítulo (O passa porte), o autor expõe que o século XX erradia a Antropologia com um conjunto vasto e complexo de novas ideias de novos pensadores. Everaldo atribui essa nova conjuntura antropológica ao Difusionismo ou escola americana, na qual o “gênio” alemão Franz Boas despertou nos novos pensadores. Boas promoveu uma fuga ao Etnocentrismo mas não formalizou um novo modelo a ser seguido, ficando esse processo a cargo de seus discípulos, como por exemplo: Ruth Benedict, Margaret Mead nos EUA e Gilberto

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