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Resenha Critica Do Livro "A Identidade Cultural Na pós-modernidade" De Stuart Hall

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Por:   •  26/8/2013  •  1.350 Palavras (6 Páginas)  •  5.772 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

VILLWOCK, Fernando Henrique

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. DP&A Editora, 1ª edição em 1992, Rio de Janeiro, 11ª edição em 2006, 102 páginas, tradução: Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro.

1-CREDENCIAIS DO AUTOR

Stuart Hall nasceu em 3 de fevereiro de 1932 em Kingston, Jamaica. É um teórico cultural que trabalhou no Reino Unido. Ele contribuiu com obras chave para os estudos da cultura e dos meios de comunicação, assim como para o debate político. Trabalhou na Universidade de Birmingham e tornou-se o personagem principal do Birmingham Center for Cultural Studies. Entre 1979 e 1997, Hall foi professor na Open University. Seu trabalho é centrado principalmente nas questões de hegemonia e de estudos. Hall concebe o uso da linguagem como determinado por uma moldura de poderes, instituições, política e economia.

A obra “A identidade cultural na pós-modernidade” pode ser considerada uma das mais importantes de Stuart Hall, assim como “Identidade e Mediações Culturais”.

2-PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA

Stuart Hall em seu livro A identidade cultural na pós-modernidade realiza uma análise sobre a crise na pós-modernidade, tomando como centrais as mudanças estruturais que fragmentam e desconstrói as identidades culturais de classe, etnia, raça, nacionalidade e gênero.

3-SÍNTESE DA OBRA

Ainda no capitulo dois, o autor nos apresenta dois importantes episódios que vieram a contribuir na formação do sujeito moderno. Os quais são: a biologia darwiniana, onde a teoria de Darwin sobre a evolução das espécies foi aplicada a explicação social, e o segundo episódio se refere ao surgimento das novas ciências sociais.

É tratado também dos cinco principais fatores responsáveis pela descentração do sujeito cartesiano. Esses são alguns avanços ocorridos nas teorias sociais e nas ciencias humanas, como o estudos da tradições do pensamento marxista, a teoria de Freud, que muito esclarece a formação da nossa identidade, a linguística estrutural, proposta por Ferdinand de Saussure, que afirma que tudo o expressamos através da linguagem não somos nós exímios autores, mas usamos dela para dar significados as coisas, de acordo com a cultura na qual estamos inseridos.

Ainda no que se refere aos fatores anteriormente citados temos também referencia do trabalho do filósofo e historiador francês Michel Foucault, que em seus estudos destaca o poder disciplinar, que se preocupa nas suas primícias com uma regulação das populações e posteriormente com o individuo e seu corpo. E por ultimo é apontado o feminismo como um importante fator descentrador do sujeito. Esse se apresenta como movimento social, que se iniciou na década de 1960 com grandes questionamentos públicos nos quais resaltava a importância feminina e que homens e mulheres faziam parte de uma só identidade, a humana.

No capitulo três o autor inicia apresentando um ponto muito importante da identidade do sujeito dos tempos modernos, que é a identidade cultural, ou, o pertencimento do sujeito a uma cultura. Aqui é colocado o nacionalismo em questão, e a ideia de que este é formado, ou vivido, na imaginação do sujeito.

Assim, a nós é apresentado cinco aspectos importantes referentes a essa questão. O primeiro deles é a dialética que reverencia a nação, através da mídia e os mais diversos veículos de comunicação. O segundo se posiciona com ênfase na origens desta, no tradicionalismo. O terceiro aspecto chama atenção na tradição que por vezes é passado como antiga, porem tem sua idealização muito recente sendo somente uma estratégia discursiva. O quarto exemplo é chamado de mito fundacional, que discursa a origem da nação num passado tão distante que se perde no tempo, um tempo tido como mítico. O quinto e ultimo aspecto se refere a identidade nacional como uma exterioridade simbólica.

Ainda no capítulo 3, o autor trabalha a questão da cultura como elemento unificador/identificador que permite que possamos nos ver dentro de um conjunto nacional. As diferenças de classe, gênero ou raça, são maquiadas para formar um grupo unificado. Mas em muitos casos, essa unificação ocorreu de forma violenta que subjugou culturas, costumes, línguas e tradições, impondo uma hegemonia cultural. Apesar das diferenças internas, as identidades nacionais continuam sendo representadas como unificadas, como cultura de “um único povo”. Essa tentativa, porém se vê frustrada, na medida em que não existe nação composta de um povo único, ou seja, na atualidade observamos que as nações são formadas pela junção de vários povos formando apenas um sentimento de nação. O autor finaliza colocando que: “As identidades nacionais não estão livres do jogo de poder, de divisões e contradições internas, de lealdades e de diferenças sobrepostas.”.

O quarto capítulo, denominado de Globalização, mas a partir da definição de McGrew busca-se a definição do termo, a “globalização” se refere aos processos, atuantes numa escala global, que atravessam fronteiras nacionais, integrando e conectando comunidades e organizações em novas combinações de espaço-tempo, tornando o mundo, em realidade e em experiência, mais interconectado. As principais consequências desse processo sobre as identidades culturais podem ser: o crescimento de uma homogeneização cultural, um reforço das identidades nacionais e locais pela resistência

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