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Resenha Crítica da obra “A organização do trabalho no século XX”

Por:   •  19/11/2022  •  Artigo  •  1.677 Palavras (7 Páginas)  •  75 Visualizações

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O presente artigo tem como objetivo apresentar uma resenha crítica acerca das formas de

organização do trabalho no processo de produção, a partir do século XX, caracterizadas pelo

taylorismo, fordismo e toyotismo e suas implicações na formação dos indivíduos. Expondo os

elementos centrais de suas repercussões sociais, econômicas e políticas, no cotidiano vivenciado

pelos que laboram sob as condições determinadas por essas técnicas. A obra segue estruturada

em nove capítulos que, seguindo uma ordem cronológica, aborda as principais alterações

observadas no cenário capitalista industrial dentro das perspectivas da classe trabalhadora.

O capítulo I apresenta uma introdução acerca do conceito de trabalho e a pertinência do seu

processamento para a compreensão das relações sociais estruturadas pelo processo de

homogeneização do sistema capitalista. Nesse contexto, o trabalho assume uma posição

constituída por planejamento e execução, destinado como base da sobrevivência humana, sendo

componente central na composição das classes sociais e do próprio senso de identidade dos

sujeitos. A concepção do trabalho também possui feições negativas, sendo parte integrante dos

mecanismos de concentração de poder e riquezas, intensificadas ao longo dos tempos,

consequentemente responsável pelo atual cenário de precarização dos trabalhadores, tanto em

aspectos sociais quanto morais, sob condições de extrema desigualdade, exploração e violência.

Outrossim, conforme esta realidade, os proprietários dos meios de produção criam

continuamente novos mecanismos de organização das atividades de trabalho, proliferando

estratégias cada vez mais brutas visando aumentar as escalas e diminuir os custos de produção,

consolidando um estágio de controle sobre o trabalho humano. O autor analisa o processo de

transformação dos diferentes períodos técnicos, aos quais correspondem formas diferentes de

organização e gestão do trabalho, ressaltando o taylorismo, o fordismo e o toyotismo, que tanto

influenciaram nas condições executivas da classe operária no mundo industrial.

Em sequência da obra, o capítulo II, com o título “Origens da expressão organização do

trabalho”, o autor remonta como o período de progresso do sistema de produção capitalista e o

desenvolvimento da indústria influenciaram em uma maior complexidade na racionalização e

controle das atividades organizacionais do trabalho. Nesse contexto, a evolução das técnicas de

produção, em sua maioria extraída do conhecimento humano, combinada com a ampliação

científica aplicada aos processos produtivos, possibilitaram um avanço na mecanização do

controle social, econômico e político da classe trabalhadora, garantindo a acumulação de capitais.

O autor também salienta que, esse estágio de desenvolvimento tecnológico gerou novas

demandas sobre o modo como se organizavam as atividades fabris, aumentando o ritmo,

intensidade, padronização de qualidade e aperfeiçoamento da produção, juntamente com a

diminuição do tempo gasto na realização de tarefas complexas, consequentemente ampliando a

agressividade dos mecanismos de controle sobre o trabalho executado pelos operários. Essa

realidade pode ser constatada desde meados do século XIX, quando a exponencial concentração

de capitais faz emergir uma ampla diversidade de ramos industriais, visando o aumento da

produtividade, ou seja, dos lucros empresariais.

No capítulo III, “O sistema de Taylor”, o autor apresenta os impactos e fundamentos

principais do taylorismo, utilizando como referência as obras de Frederick Winslow Taylor (1856-

1915), intituladas como “Princípios de administração científica” (1911) e “Shop management”

(1910). Taylor, denominado como pai da administração científica, durante anos de aprendizado,

realizou análises acerca do desempenho das atividades, aplicando métodos de otimização da

produção, baseados no “estudo do tempo”, ele preconizou a divisão “técnica” do trabalho humano

dentro da produção industrial, cujo objetivo se destacava na subdivisão de funções, tanto na esfera

da produção, quanto na administração, o que possibilitaria que cada funcionário cumprisse as

tarefas que lhe foram designadas, sem necessidade de muita experiência. Ou seja, a finalidade

desta técnica consistia em otimizar as tarefas desempenhadas nas empresas através da

organização e divisão de cargos dos trabalhadores. Na lógica taylorista, toda a complexa análise

e planejamento do sistema produtivo ficam a cargo particular do sistema administrativo.

O capítulo IV aborda “O sistema de Ford”, implantada por Henry Ford (1862-1947). Cujo

objetivo do fordismo consistiu em ampliar a produção nas linhas de montagem da produção de

tantas unidades de veículos possíveis em um curto período de tempo. Também são expostas

reflexões acerca da questão da subjetividade do trabalhador, seguido

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