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Resenha Crítica Da Obra: O Que é Realidade? Apresentada A Disciplina Sociologia No Curso De Graduação De Direito. 2009

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Por:   •  23/7/2014  •  1.714 Palavras (7 Páginas)  •  4.427 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

RESENHA DO LIVRO: O QUE É REALIDADE?

SALVADOR

Março 2009

ROGÉRIO SILVA FERREIRA

Turma 2

RESENHA DO LIVRO: O QUE É REALIDADE?

Resenha Crítica da Obra: O que é Realidade? Apresentada a disciplina Sociologia no curso de graduação de Direito Noturno.

Professor: Geraldo

SALVADOR

Março 2009

No Livro, “O que é Realidade”, escrito por João Francisco Duarte Junior e publicado no ano de 1984, pela editora Brasiliense o Autor busca realizar a quebra de paradigmas sobre a noção do que é a realidade. O Autor, especialista na área de psicologia e educação, utiliza mecanismos lingüísticos que nos leva a reflexão sobre os nossos conceitos institucionalizados e nos ajuda a construir uma nova visão sobre a realidade.

Logo no início, o Autor critica o fato de constantemente usarmos o termo realidade, mas não pararmos para refletir sobre o seu real significado.

Ao perlustrar o texto da obra, este inexperiente aluno abstrai algumas das principais idéias explicitas pelo Autor no decorrer da obra. Inicialmente o autor nos leva a realizar a desconstrução do que conhecemos habitualmente como realidade, ou seja, a imagem que temos de que a realidade é algo pronto e concreto, independente de nossa subjetividade. Passamos então a conceber a idéia de que não existe uma realidade concreta, mas sim varias realidades construídas através de processos mentais através do qual o homem se situa e compreende o que está a sua volta. Desta forma, segundo o autor, o mundo se apresenta com uma nova face cada vez que mudamos a nossa perspectiva sobre ele.

O autor relata que a linguagem é o principal mecanismo através do qual os indivíduos constroem a realidade, pois os objetos exteriores somente podem ser assimilados pelo consciente através do uso da linguagem, possibilitando posteriormente que nossa capacidade de reflexão realize questionamentos sobre os objetos assimilados. A linguagem seria então a principal característica que difere os homens dos animais, pois enquanto os animais estão aderidos ao seu corpo e presos ao meio ambiente, os homens podem desprender-se do seu corpo e torná-lo objeto de suas reflexões. Desta forma o homem não viveria apenas no universo físico, mas fundamentalmente num universo simbólico, universo esse criado pelo significado que as palavras emprestam ao mundo.

O Autor destaca que o mundo é um conceito fundamentalmente humano, a compreensão da totalidade e do aglomerado de seres externos, que é somente é possível através da linguagem e de seu universo simbólico.

Conforme os conceitos apresentados pelo autor, entendo assim que em virtude de um povo possuir a mesma linguagem, o mesmo constrói a sua realidade de forma semelhante e a própria linguagem é também a responsável pela manutenção dessa realidade de um povo.

Depreende-se do texto que o cotidiano traz ao individuo a sensação de segurança e estabilidade e por isso o mesmo focaliza sua atenção nessa realidade, pois é o terreno que está ligado diretamente a sua sobrevivência. Segundo o autor pode-se denominar o setor da realidade em que o indivíduo tem mais conhecimento de “não-problemático”, e seria esse setor o responsável pelos comportamentos mais mecânicos, em virtude de não haver necessidade de novos conhecimentos e habilidades para resolver pequenas situações rotineiras. Porém ao surgir um problema novo torna-se necessário integrar uma nova realidade problemática àquela não-problemática.

Em virtude de nosso cotidiano ser a realidade mais predominante, utilizamos também a linguagem predominante nessa esfera do cotidiano. Entendo então que torna-se difícil compreender o mundo e a realidade daqueles que estão distantes de nosso cotidiano, em virtude de grupos utilizarem linguagens específicas em seus meios. Por isso, normalmente há conflitos no entendimento da realidade de indivíduos que pertencem a mundos distintos como: artes, ciências, filosofias, dentre outras.

A realidade seria então socialmente edificada através da produção de conhecimentos necessários a manutenção de determinado grupo, e esses conhecimentos seriam distribuídos entre os membros dessa comunidade e a divisão dos trabalhos conseqüentemente obedeceria a essa sistêmica de distribuição.

Segundo o Autor os indivíduos situados no interior de determinada sociedade passariam por um processo de tipificação pelo grupo, que consiste num sistema de imputações de qualificações aos indivíduos através de padrões pré-estabelecidos.

A repetição de comportamentos dentro de uma realidade daria ensejo a formação de hábitos e esta rotina possibilitaria aos indivíduos a sensação de previsibilidade e conhecimento da realidade, possibilitando uma visão estável do mundo.

O surgimento das instituições estaria relacionado diretamente ao processo objetivo de tipificação dos indivíduos e divisão de papeis na sociedade. Assim, condutas padronizadas e rotineiras dos indivíduos adquiririam certos padrões que possibilitariam que outros indivíduos com base nas tipificações realizassem a mesma tarefa, bastando seguir os protocolos daquela instituição. Estes padrões de comportamento tipificados, padronizados e rotineiros seriam passados as gerações e as instituições se firmariam na realidade daquela sociedade.

Entendo então, que o homem se torna objeto das instituições criadas por ele mesmo, desta forma os indivíduos necessitam passar por um processo de educação

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