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Resenha Sobre O Livro "O Que é Sociologia?" (Martins, C., C.)

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Por:   •  18/11/2013  •  1.200 Palavras (5 Páginas)  •  2.041 Visualizações

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Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Disciplina: Elementos de Sociologia

Resenha sobre o livro "O que é sociologia?" (Martins, C., C.)

A sociologia é o estudo do comportamento social, suas interações e organizações humanas, visando melhor sistematizar a compreensão da sociedade. Seu surgimento deu-se no século XVIII, com grandes transformações nos âmbitos político, econômico e cultural trazido pela Revolução Francesa e Industrial. No entanto, a palavra sociologia só surgiria no século XVIIII desencadeado por estas revoluções.

As revoluções significaram a queda do sistema feudal e a consolidação do sistema capitalista formando uma sociedade que se urbanizava e se industrializava modificando suas vidas. Um dos fatores mais importantes relacionados à revolução é o surgimento do proletariado, que iam produzindo seus jornais e literaturas procedendo crítica à sociedade capitalista e inclinando-se ao socialismo como uma forma de mudança. A importância disso para a sociedade é que através das críticas houve a análise de que existe um “problema” em um “objeto” que deveria ser investigado e a esta investigação coube o trabalho dos pensadores ingleses como Owen, William Thompson e Jeremy Bentham, em que discordavam sobre o julgamento das novas condições de vida, mas concordavam que estas mudanças produziam fenômenos novos.

A partir deste momento, combinando o uso da razão e da observação (método cientifico), os iluministas analisaram quase todos os aspectos da sociedade reivindicando a liberação do indivíduo de todos os laços sociais tradicionais (feudais), procurando desvincular a filosofia de qualquer ciência e torná-la de fato uma “nova”, criando seu próprio objeto de estudo desprendendo a economia política da filosofia. Separando a filosofia e a economia política, isolando-as do estudo da sociedade, esta sociologia procura criar um objeto autônomo, “o social”, postulando uma independência dos fenômenos sociais em faces dos econômicos.

O caráter antagônico da sociedade capitalista possibilitou o surgimento de sociologias diferentes. Uma das tradições sociolólogicas teve um pensamento conservador embasado na sociedade feudal, que era estável e possuía acentuada hierarquia social. Os conservadores eram defensores das intituições religiosas, monárquicas e aristocráticas que estavam desmoronando, devido à Revolução Francesa. Na visão deles, a sociedade estava num processo de declínio e a modernidade era dominada pelo caos social. Por causa disso, eles centravam no estudo das instituições sociais, a fim de restabelecê-los para ordem social. O pensamento conservador destacava a importância da autoridade, da hierarquia, da tradição e dos valores morais para a conservação da vida social. Esse pensamento foi um ponto de referência para os pioneiros da sociologia.

Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkheim foram bastante influenciados pelos pensamentos conservadores. Entretanto, seguiram a linha positivista, de maneira a rever as ideias dos conservadores, com a intenção de defender os interesses da classe dominante da sociedade capitalista. A sociologia positivista considerava que a ordem estabelecida era o ponto de partida para construção de uma nova sociedade, sendo o progresso um consequência disso. Saint-Simon sofreu a influência de ideias iluministas e revolucionárias, mas também pelo pensamento conservador. Já Comte foi um pensador bastante conservador, defendendo a sociedade.

Durkheim tinha como preocupação a ordem social como algo essencial. Ele compartilhava com Saint-Simon a ideia de que os valores morais eram um dos elementos eficazes para neutralizar as crises econômicas e políticas e ele tinha uma visão otimista da sociedade industrial. De acordo com ele, a sociologia deveria se ocupar com os fatos sociais. Tanto na visão de Comte quanto na de Durkheim, o método de estudo deveria utilizar os mesmos procedimentos das ciências naturais. Na visão dele, a sociologia deveria detectar soluções para os problemas sociais, a fim de restaurar a sociedade.

Em contrapartida ao pensamento positivista, que visava a manutenção da ordem capitalista, o pensamento socialista vem para realizar uma grande crítica a esse tipo de sociedade. O desenvolvimento do pensamento crítico sociológico da sociedade capitalista está associado ao pensamento socialista, envolvendo Marx e Engels. O surgimento de levantes revolucionários organizados pelo proletariado foi devido às relações de exploração, sobre esses trabalhadores, existentes. Para Marx e Engels, os socialistas utópicos contruíram críticas contra a sociedade burguesa, mas não promoveram transformações eficientes. Eles ressaltaram bastante, portanto, um caráter revolucionário, principalmente ao terem contato com a dialética de Hegel.

Eles tinham como base os fatos econômicos, onde se apoiavam os

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