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Resenha do texto: Do tolo ao sábio - Filosofia como modo de vida em Michel Foucault

Por:   •  6/6/2018  •  Resenha  •  432 Palavras (2 Páginas)  •  442 Visualizações

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Resenha do texto “do tolo ao sábio: filosofia como modo de vida em Michel Foucault”

por Helen Botelho

A filosofia expressa nas obras de Michel Foucault é sem dúvidas, uma filosofia como modo de vida. Esse filósofo contemporâneo em questão buscou introduzir no seu modo de filosofar a sua própria experiência de vida, fazendo dela objeto de problematizações e reflexões acerca da sociedade atual. No artigo “do tolo ao sábio: filosofia como modo de vida em Michel Foucault”, por exemplo, essa questão é repetidamente apresentada, já que essa tal maneira humana de observar a própria vida ainda não é tão desempenhada em relação à exploração da vida alheia. Assim, a filosofia proporciona, com o seu aperfeiçoamento ao longo dos anos, essa ação de experimentação dos fatos através da apreciação/observação, assemelhando-se ainda mais com a sociologia e o “positivismo” de August Comte.

Partindo desse pressuposto, o artigo faz menção às palavras “tolo” e “sábio”, distinguindo o conceito das mesmas com base na filosofia de Foucault: O ser tolo é aquele que não se conhece e espera conhecer o outro sem antes passar pelo processo de autoconhecimento e cuidado de si; já o ser sábio é aquele que cuida de si e se autoconhece.

Esses conceitos sobre o “tolo” e o “sábio” são postos dessa maneira, porque, segundo Foucault, a filosofia é a passagem do tolo para o sábio; ela serve para aperfeiçoar esse desejo humano do cuidado de si. Hodot, assim como Foucault, também vai adotar essa percepção, argumentando que o autoconhecimento cria o sábio, já que, a partir dele, a existência de defeitos e virtudes particulares será reconhecida pelo próprio ser. Contudo, o principio dessa ideia de conhecimento pessoal se dá com Sócrates e a sua famosa frase “conhece-te à ti mesmo”.

É interessante destacar que esse pensamento socrático foi importante para a conclusão formada desses filósofos modernos anteriormente citados, pois, apesar de parecer um simples ensinamento, é muito mais que isso, e Foucault faz questão de destacar esse fator em suas obras, principalmente em “vigiar e punir” – onde ressalta a dificuldade de autonomia do ser perante aos padrões da sociedade – e em “a hermenêutica do sujeito” – onde traz essa questão do cuidado de si, através das interpretações (hermenêutica) do próprio ser sobre ele mesmo.

Por fim, vale ressaltar que esse reconhecimento do sábio sobre si não está relacionado à uma idéia egocêntrica, mas sim à uma análise do mesmo sobre as suas características intimas (defeitos, virtudes, etc) para, após esse processo, o mesmo tentar compreender as peculiaridades do outro. Essa ação convida o sujeito a refletir sobre o que é ser humano, literalmente.

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