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Resumo Sobre Émile Durkheim. A ESPECIFICIDADE DO OBJETO SOCIOLÓGICO

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Por:   •  5/10/2014  •  512 Palavras (3 Páginas)  •  6.283 Visualizações

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Émile Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia como ciência empírica e para sua instauração no meio acadêmico.

O sociólogo francês viveu numa Europa conturbada por guerras e em vias de modernização, e sua produção reflete a tensão entre valores e instituições que estavam sendo corroídos e formas emergentes cujo perfil ainda não se encontrava totalmente configurado.

As referências necessárias para situar seu pensamento são, Revolução Francesa e a Revolução Industrial e também o manancial de idéias que, sobre esses mesmos acontecimentos, vinha sendo formado por autores como Saint-Simon e Comte.

Entre os pressupostos constitutivos da atmosfera intelectual, cabe salientar a crença de que a humanidade avança no sentido de seu gradual aperfeiçoamento, governada por uma força inexorável: a lei do progresso.

Durkheim via na ciência social uma expressão da consciência racional das sociedades modernas, mas não excluía o diálogo com a História, a Economia e a Psicologia, embora apontasse os limites de cada uma dessas disciplinas na explicação dos fatos sociais.

A ESPECIFICIDADE DO OBJETO SOCIOLÓGICO

A Sociologia pode ser definida, segundo Durkheim, como a ciência “das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento”, ou seja, de “toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade”. Essa esfera do conhecimento precisava delimitar seu objeto próprio: os fatos sociais.

O fato social é algo dotado de vida própria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre seus corações e mentes uma autoridade que os leva a agir, a pensar e a sentir de determinadas maneiras.

Da perspectiva do autor, a sociedade não é o resultado de um somatório dos indivíduos vivos que a compõem ou de uma mera justaposição de suas consciências.

O grupo possui, portanto, uma mentalidade que não é idêntica à dos indivíduos, e os estados de consciência coletiva são distintos dos estados de consciência individual.

Outros fatos têm uma forma já cristalizada na sociedade, constituem suas maneiras de ser: as regras jurídicas, morais, dogmas religiosos e sistemas financeiros.

Para tentar comprovar o caráter externo desses modos de agir, de pensar ou de sentir, Durkheim argumenta que eles têm que ser internalizados por meio de um processo educativo.

As representações coletivas são uma das expressões do fato social. Elas compreendem os modos “como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia”, através de suas lendas, mitos, concepções religiosas, ideais de bondade ou de beleza, crenças morais etc.

Outro componente fundamental do conjunto dos fatos sociais são os valores de uma sociedade.

Eles também possuem uma realidade objetiva, independente do sentimento ou da importância que alguém individualmente lhes dá.

A ação transformadora é tanto mais difícil quanto maior o peso ou a centralidade que a regra, a crença ou a prática social que se quer modificar possuam para a coesão social.

Enquanto nas sociedades modernas, até mesmo os valores relativos à vida - o aborto, a clonagem humana, a pena de morte ou a eutanásia -podem ser postos em questão, em sociedades tradicionais, os inovadores

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