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Resumo Sobre Durkheim

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Por:   •  24/9/2013  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  876 Visualizações

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RESUMO

Émile Durkheim, filósofo e sociólogo francês, foi um pensador muito importante para consolidação da sociologia como ciência empírica e para sua instauração no meio acadêmico. Para ele, existem “fatos sociais” que são o objeto da sociologia e que influenciam e condicionam as atitudes e os comportamentos dos indivíduos na sociedade.

Segundo Durkheim, para a sociologia se tornar uma ciência ela precisava delimitar seu objeto de estudo: os fatos sociais, algo dotado de vida própria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre suas mentes uma autoridade que os leva a agir, a pensar e a sentir de determinadas maneiras. Durkheim diz que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas”, e considera os fatos sociais como normais quando se encontra generalizado pela sociedade, ou seja, quando não extrapola os limites dos acontecimentos de uma determinada sociedade.

De acordo com Durkheim era preciso que os sociólogos mantivessem neutralidade e deixassem de lado seus valores e sentimentos em relação aos acontecimentos a serem estudado, para que não houvesse o risco de distorcer a realidade dos fatos.

As regras morais são fatos sociais, no entanto apresentam uma dualidade, pois de um lado possuem uma autoridade que implica a noção de dever e obrigação, pois as regras e a moral aparecem como realidades que constrangem o indivíduo, que limitam a sua ação e a possibilidade de realização de suas vontades, representando assim, um sacrifício ou um incômodo. Em segundo lugar, aparecem-nos como desejáveis, deixa de ser vista como sacrifício e passa a ser vista como um prazer, pois é algo que queremos e necessitamos.

De acordo com o pensador existem dois tipos de consciência, a individual que são as crenças, os hábitos, os pensamentos, ou seja, tudo aquilo que torna o individuo diferentes dos demais. Enquanto, a consciência coletiva são as crenças, as ideias, os costumes que os membros de uma mesma sociedade compartilham uns com os outros.

A divisão do trabalho social ocorre em todas as áreas, e é considerada por Durkhim como um fato social, em que seu principal efeito não é aumentar o rendimento das funções divididas, mas produzir solidariedade, criando uma interdependência entre os indivíduos.

A solidariedade social para Durkheim é formada pelos laços que ligam os indivíduos, membros de uma sociedade, e varia de acordo com a divisão social do trabalho e da consciência coletiva, sendo responsável pela coesão entre os homens.

Para Durkheim, há dois tipos de solidariedade: a mecânica e a orgânica. A solidariedade de tipo mecânica não liga apenas o indivíduo ao grupo, mas harmoniza os pormenores dessa conexão. Há uma identidade entre as consciências individual e a coletiva, isto é, a identidade social se dá porque os homens são semelhantes entre si. Característica das sociedades primitivas, em que existe uma menor divisão social do trabalho, porém existe uma maior consciência coletiva.

A solidariedade orgânica é aquela que resulta de uma alta divisão social do trabalho (DST), na qual o grande número de especialistas faz com que haja uma interdependência social, ou seja, é a diferença entre os indivíduos que faz com que haja o vínculo social. Nessa forma de solidariedade, os indivíduos estão agrupados não mais segundo as relações de descendência, mas segundo a natureza particular da atividade social que exercem. Características da sociedade capitalista moderna, em que as pessoas embora possuam funções diferentes dependem mutuamente umas das outras.

A solidariedade, como um fenômeno moral, só seria identificada a partir de algum indicador que a fizesse visível. Os tipos de normas do direito indicam, para Durkheim, o tipo de solidariedade que predomina em uma sociedade. O Direito Repressivo consiste em punir aquele que não cumpre determinada norma social através da imposição de dor, humilhação ou privação de liberdade. O ponto é que o criminoso agride uma regra social importante para a coletividade e, portanto, merece um castigo de intensidade equivalente a seu erro. No Direito Restitutivo a preocupação principal nesse tipo de direito é fazer com que as situações perturbadas sejam restabelecidas e retornem a seu estado original. Ao infrator cabe, simplesmente, reparar o dano causado.

Durkheim afirma que as causas do suicídio são objetivas e exteriores aos indivíduos, ele acredita que este não é doença e sim um fato social, e que está dividido em três tipos: egoísta, altruísta e anônimo. O egoísta era causado pela melancolia, pela depressão e pela sensação de desamparo moral, provocadas pela baixa integração social. O altruísta compreendem os praticados por enfermos ou pessoas que chegaram ao limiar da velhice, por viúvas por ocasião da morte do marido, por fiéis e servidores com o falecimento de seus chefes, ou os atos heróicos durante guerras ou convulsões sociais. Por fim, o anônimo ocorria devido a ausência de normas e da perda de referências morais nas sociedades contemporâneas, as pessoas que se sentiam “fora do coletivo”.

A França estava mergulhada em crises durante o Século XIX devido ao desaparecimento dos valores e das instituições “protetoras” do modelo feudal, como as corporações de ofícios. Conflitos e desordens seriam os sintomas da anomia jurídica e moral que estava acontecendo.

Anomia consiste na solidariedade social em baixa e na ausência de normas, tradições e valores morais para ser ter de referencia. Surge então, uma situação de desequilíbrio: o sentimento de interdependência se amortece, as relações ficam precárias e as regras indefinidas, ameaçando a coesão social. Isto ocorre, por causa do mundo moderno em que há uma redução na eficácia de instituições integradoras como a religião e a família. Com isso, a profissão assume importância cada vez maior na vida social, tornando-se herdeira da família, pois as pessoas passam a agrupar-se segundo suas atividades profissionais.

Moral Consiste em um sistema de normas de conduta que prescrevem como o sujeito deve conduzir-se em determinadas circunstâncias. No entanto, tais normas envolvem uma noção de dever, constituem uma obrigação, possuem um respeito especial, porque são sentidas como desejáveis e, para cumpri-ias, os membros da sociedade precisam superar sua natureza individual. A ligação do membro a um grupo é também a sua adesão a uma determinada moral, ideal social, pois é só na vida coletiva o indivíduo aprende a idealizar.

Durkheim tem um interesse pela religião por ela ser um conjunto de crenças, rituais e práticas que têm o efeito de criar entre indivíduos afinidades sentimentais que constituem a base de classificações e representações coletivas. A dualidade sagrado-profana somada a prática dos rituais fazem da religião uma força moral: uma entidade que define os limites entre o certo e o errado e o faz operar na medida em que recompensa quem está certo e pune quem está errado (pecado).

Durkheim conhecia os problemas sutis da teoria do conhecimento, e por isso voltou a se interessar pelas religiões, com o objetivo de compreender as categorias do entendimento: as ideias de tempo, espaço, número e causa. Essas são relações que existem entre as coisas e que, produzidas inicialmente no interior do pensamento religioso, são expressas por meio de conceitos e símbolos.

O pensador questiona as duas teses que até então procuraram explicar a questão do conhecimento e de sua racionalidade - o empirismo e o apriorismo. Para os empiristas as categorias são construídas pela mente após as experiências dos objetos do mundo externo, enquanto para os aprioristas as categorias seriam anteriores a toda experiência e parte inerente da mente humana.

Portanto, pode-se afirmar que, Emile Durkheim com o seu método positivista constrói uma sociologia dotada de sólidas bases empíricas. O pensador francês parte do pressuposto de que o individuo é subordinado à sociedade e afirma que a função da divisão do trabalho social é gerar o sentimento de solidariedade entre os indivíduos de determinada soci

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