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Resumo Durkheim

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Por:   •  24/10/2013  •  1.215 Palavras (5 Páginas)  •  751 Visualizações

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A dualidade dos fatos morais

Assim como o nome propõem, os fatos morais são considerados fatos sociais, uma vez que, são uma forma de coerção e, diferentemente de nossos hábitos, eles “agem sobre nós a partir do exterior”, precisam ser passados ao indivíduo pela sociedade.

No entanto, existe certa dualidade na ação das regras morais de uma sociedade. Ao mesmo tempo em que elas coagem os indivíduos a se comportar de determinado modo, também aparecem para eles como agradáveis, desejáveis, fazendo com que seu cumprimento não seja considerado uma obrigação, mas um dever e prazer simultaneamente.

Ao moderar o comportamento social, as regras morais mantêm a ordem da sociedade, provocando nos indivíduos um sentimento de segurança, fazendo-os querer seguir estas regras a fim de manter a ordem e desfrutar do prazer de levar uma vida moral com os demais indivíduos.

Ao decorrer do tempo, os valores morais são reavaliados e sofrem alterações à medida que a sociedade muda, se adaptando assim a novas situações a fim de garantir a coesão e continuidade do grupo.

Coesão, solidariedade e os dois tipos de consciência

Segundo Durkheim, existem dois tipos de consciência, uma comum ao grupo ao qual pertencemos, composta pelas ideias, sentimentos e comportamentos presentes na grande maioria da sociedade, pelo senso comum, e outra particular ao indivíduo, que representa os pensamentos diferenciados, pessoais e distintos de cada um, que permitem determina-lo único.

É por meio da consciência comum que somos capazes de conviver em sociedade, nela se encontra a consciência moral, que modera o comportamento de um indivíduo social. Entretanto, isso não garante uma total conformidade de comportamentos sociais, pois esta consciência “não é encontrada por inteiro em todos os indivíduos e com suficiente vitalidade para impedir qualquer ato que a ofendesse, fosse este uma falta puramente moral ou propriamente um crime”.

Com o desenvolvimento da divisão do trabalho, observou-se uma diminuição da consciência comum em relação à particular, ou seja, os indivíduos começaram a se diferenciar cada vez mais uns dos outros, desenvolvendo muito mais sua consciência particular.

Deste modo, a união dos grupos, que antes era consequência da grande semelhança e identificação entre os indivíduos, passa a ser mantida justamente pelas inúmeras diferenças presentes na sociedade, que causam uma relação de interdependência entre os indivíduos.

Moralidade e Anomia

Os equívocos identificados por Durkheim nas interpretações utilitaristas a respeito das causas do estado doentio que se observava nas sociedades modernas levaram-no a enfatizar, em sua tese A divisão do trabalho social, a importância dos fatos morais na integração dos homens à vida coletiva.

Ele acreditava que a França encontrava-se mergulhada numa crise devido ao vazio provocado pelo desaparecimento dos valores e das instituições “protetoras” e envolventes do mundo feudal

Quando a sociedade é perturbada por uma crise, torna-se momentaneamente incapaz de exercer sobre seus membros o papel de frio moral, de uma consciência superior à dos indivíduos. Estes deixam, então, de ser solidários, e a própria coesão social se vê ameaçada.

O mundo moderno caracterizar-se-ia por uma redução na eficácia de determinadas instituições integradoras como religião e a família. Já que as pessoas passam a agrupar-se segundo suas atividades profissionais. Ou seja, a profissão assume importância cada vez maior na vida social.

Durkheim procurou no campo do trabalho um lugar de reconstrução da solidariedade e da moralidade integradoras das quais lhe pareciam tão carentes na sociedade industrial.

Há uma moral profissional, do advogado, do professor, etc. E tentam fixar uma linguagem definida as ideias em curso sobre o que devem ser as relações do empregador com o empregado.

É justamente nos grandes centros industriais e comerciais onde se vê o crescimento do número de suicídios e da criminalidade, uma das medidas da imoralidade coletiva. A civilização em si é moralmente neutra, sendo a ciência o único de seus elementos que se apresenta um certo caráter de dever.

Durkheim propõe que a indústria deveria fazer o mesmo conforme a mesma se amplia. Que a indústria deve investir no poder moral capaz de conter os egoísmos individuais, de manter nos trabalhadores um sentimento mais vivo de sua solidariedade comum

A divisão do trabalho pode agir de maneira dissolvente, deixando de cumprir seu papel moral: o de tornar solidárias as funções divididas. O intenso crescimento reduz os contatos entre as partes produtores e consumidores.

Se a função da divisão do trabalho falha, a anomia e o perigo da desintegração ameaçam todo o corpo social e “quando o individuo” absorvido por sua tarefa, se isola

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