Resumo do Livro de Nicolau Maquiavel: O Príncipe

Resumo do livro de Nicolau Maquiavel: O Príncipe

   Aos 29 anos de idade, Nicolau Maquiavel ingressou na vida politica, o que fez com que exercesse o cargo de secretario da Segunda Chancelaria da Republica de Florença, mas a restauração da família Médici ao poder, Maquiavel teve que ser afastado da vida pública. Nessa época, Maquiavel passou a se dedicar aos conhecimentos para a produção de obras e de analise da politica e social.

   No ano de 1513, Maquiavel escreveu sua obra mais importante chamado ‘’O Príncipe’’, nessa obra Maquiavel aconselha os governantes, em especial o Príncipe Lorenzo de Médici, a como governar e a manter o poder absoluto, mesmo que seja necessário usar a força militar e até mesmo fazer inimigos. Nessa obra, ele tenta resgatar o sentimento cívico do povo italiano, que situava-se dentro do contexto do ideal de unificação italiana. A primeira edição do livro foi publicada em 1532.

    Este livro trata-se de um dos tratados sobre politica mais importantes já escritos, e que mostra um papel crucial na construção do conceito de Estado como é conhecido, descreve principalmente as maneiras de conduzir-se nos negócios políticos internos e externos, e principalmente, a como conquistar e a se manter no poder. O livro que Maquiavel escreveu ‘’O Príncipe’’ foi dado de presente para o Príncipe Lorenzo.

    Maquiavel faz uma analise nesse livro sobre a sociedade, de uma maneira fria e muito calculista e acaba não medindo esforços quando se trata de se manter no poder. No livro não há nenhuma consideração de direitos, mas apenas de poder: são estratégias para lidar com a criação da força.

   Maquiavel inicia o livro dizendo que todos os estados que existem ou existiam são ou foram republicas ou principados e é sobre os principais que ele discorre em sua obra, ele começa fazendo uma explicação sobre a classificação usada para a divisão dos tipos dos principados feitos a partir dos conceitos dos principados hereditários (aqueles que eram passados de pai para filho), ou os novos, (aqueles que eram conquistados através da força). A partir dessa divisão Maquiavel tenta fazer um traçado manual para que esse principado funcione com prosperidade.

    Os principais hereditários segundo Maquiavel não resistiriam a tantas dificuldades para serem mantidos quando forem comprados com os principados novos, pois o povo já estaria bem acostumado com os padrões que se segue, sendo assim, dificilmente o povo questionaria o governo de um príncipe.

    No caso da conquista do pais que possuía leis próprias apenas, existia três maneiras de se impor neste que seria destruir o pais, e ir morar nele, ou simplesmente deixa-lo viver ao adotar essa ultima, apenas deve-se por pessoas de confiança que tinham no governo desse pais.

   Os novos principados que existiam eram também aqueles que se diferenciavam, segundo a forma que eram conquistados, Maquiavel diferencia eles em aqueles que eram conquistados através do virtu (que are a qualidade do homem que era capacitado a realizar grandes obras e feitos), e os conquistados através da fortuna.

   Para simplificar um pouco seria que do capitulo 1 até o capitulo 15, Maquiavel descreve sobre as formas de poder e dos principais tipos de governos que seriam as monarquias e as republicas, já no capitulo 15, Maquiavel faz uma descrição sobre como o príncipe de se proceder perante aos seus súditos, explicando que para se manter adorado é necessário que o líder saiba utilizar os vícios e das suas virtudes necessárias, e fazer o que for possível para garantir a sua segurança e o seu bem estar

    No capitulo 16, Maquiavel explica ao príncipe a como cuidar das suas finanças, para não ser visto gastando suas economias, e acabar levando o povo a pobreza, cobrando muitos impostos para se manter rico. Maquiavel diz que é melhor ser visto como um miserável, pois com esse pensamento ele poderia ser generoso quando ele bem entender, e o povo iria se acostumar com isso.  

    Os príncipes que vão junto ao exercito atacar e saquear as outras cidades deve ser muito generoso como os seus soldados para que eles continuem sendo fieis .  

   No capitulo 17, Maquiavel defende que seria melhor um príncipe ser temido do que ser amado, mostrando que as amizades feitas quando se esta bem, nada dura quando se faz o necessário, sendo que o temor e a punição faz com que os homens pensem duas vezes antes de trair os seus lideres, ele diz também que a morte de um bandido apenas faz mal a ele mesmo, enquanto a sua prisão ou o seu perdão faz mal a toda comunidade. Um líder deve ser cruel quando ás penas com as pessoas, mas nunca no caráter material? As pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai do que a perda da herança?.  

   Maquiavel argumenta no capitulo 18 que o governante deve ser dissimulado quando é necessário, porém nunca deixando transparecer a sua dissimulação, não é necessário  que o príncipe, possua todas essas qualidades, mas é preciso parecer piedoso, fiel, humano, integro e religioso já que ás vezes é necessário agir ao contrario a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.

   No capitulo 19, Maquiavel defende que o príncipe faça coisas para não ser odiado, como não confiscar propriedades, não demonstrar avidez ou desinteresse. No capitulo 20 ao 23, Maquiavel explica como um líder deve se controlar e o que fazer para manter o seu povo feliz, mantendo distancia dos bajuladores, e controlando os seus secretários.

   Maquiavel explica no capitulo 24, porque os príncipes italianos perderam os seus estados e como fazer para que isso não aconteça. Quando se é atacado, deve-se estra preparado para se defender e nunca se deve? Cair apenas por acreditar encontrar quem te levanta? Já que isso só irá acontecer se os invasores forem falhos. Nos últimos capítulos Maquiavel explica como se deve tomar a Itália e como se manter na linha entre a fortuna e a Deus, dizendo que os lideres devem se adaptar ao tempo que vivem, para se manter no poder por mais tempo.

   Em função das ideias defendidas no livro ‘’O Príncipe’’ o termo maquiavélico passou a ser usado para aquelas pessoas que praticam atos desleais ou até mesmo violentos para se obter  vantagens, manipulando as pessoas. Esse termo é injustamente atribuído a Maquiavel, pois ele sempre defendeu a ética e a politica.

    "Precisando um príncipe de saber usar bem o animal, deve tomar como exemplo a raposa e o leão; pois o leão não é capaz de se defender das armadilhas, assim como a raposa não se sabe defender dos lobos. Deve, portanto, ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para espantar os lobos."

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