Serviço Social

As novas formas de sociabilidade ganharam força e expressão com o surgimento de novos

ambientes, principalmente tecnológicos. Os meios de comunicação também se

transformaram, e hoje possuem diversos canais de interatividade com o público – que

exige uma via de mão dupla, e não um monólogo. A televisão, o rádio e os jornais

impressos tradicionais incluem agora vias de acesso, principalmente pelo telefone e

Internet, para que o leitor possa se comunicar com o jornalista. O desenvolvimento não foi

apenas em relação aos meios tradicionais, mas nas próprias mídias digitais, onde ocorreram

saltos, talvez maiores que os vistos em outros veículos.

Inicialmente, os chats e programas de conversação – como MIRC, ICQ, e hoje MSN -

ganhavam o crédito de serem o máximo da interatividade oferecida pela Internet. Hoje,

sabemos que webcams, VoIPs e outros meios que ainda estão por vir, caracterizam novas

formas de comunicação e, consequentemente, de sociabilidade. Os blogs se inserem nesta

atmosfera, representando um novo fenômeno em comunicação, onde cada cidadão pode ser

seu próprio editor, ou como diz Gillmor, Jornalismo pelas pessoas, para as pessoas

(GILLMOR, 2006).

Hoje, a internet inegavelmente se tornou a nova praça pública da sociedade, e tem se

constituído em um espaço democrático de discussão. Todos os que tem acesso a um

computador com internet podem expressar suas opiniões acerca de um fato,

independentemente de suas condições sociais, posições políticas ou grau de escolaridade. E a constante mobilização das pessoas na rede tem mostrado uma realidade inquestionável: as pessoas querem debater política, querem ser agentes ativos nos projetos políticos de suas

cidades. Como os espaços originalmente criados para este fim – os órgãos legislativos, como

as câmaras municipais e as assembleias legislativas – não têm cumprido suas funções, as

pessoas tem encontrado na internet, em especial nas redes sociais, a possibilidade de terem

suas vozes ouvidas.

Os fatos apontam que a internet se constitui na principal ferramenta de mobilização

política atualmente disponível. No entanto, mais do que democratizar o acesso à rede, é

necessário que os cidadãos sejam conscientizados a respeito de como eles podem exercer a

cidadania através de um computador.

Vários estabelecimentos de educação básica oferecem aulas de informática a seus

alunos,