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Sociologia

Por:   •  31/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.143 Palavras (5 Páginas)  •  180 Visualizações

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FACULDADE EVANGÉLICA DO PIAUÍ-FAEPI

CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: Teorias sociológicas contemporânea

DOCENTE: Dorismar Pereira da Silva

2º PERÍODO – 2014.1

Sobre a história da sexualidade

e

A governamentalidade

Teresina-PI

        09/05/2014        

        

Componentes:

- Aline Batista

- Ana Layra

- Andreza Oliveira

-Cristiane Lima

- Elza Rocha

- Fernanda Ferreira

- Laíne Soraia

- Mariana Soares

- Sanñady Maria

        

Michel Foucault foi um importante filósofo e professor que desenvolveu todo seu trabalho em torno da arqueologia do saber filosófico, da governamentabilidade, e nas práticas da subjetivação. Nascido em Poitiers, França, focou seu estudo não em assuntos rotineiros e famosos, mas em assuntos onde viu a subjetividade humana aflorada em conjunto com a noção do poder. Seu objeto de estudo foi traçado se atentando principalmente as questões de loucura, à sexualidade e às instituições de sequestro como os hospitais psiquiátricos e às prisões. Fato é que, por ser excêntrico e bastante original Foucault foi um dos poucos pensadores franceses que conseguiu deixar ao mundo uma vasta contribuição para diversas áreas do conhecimento humano.

Trabalhando sobre uma ampla área da subjetividade humana, Foucault bem expôs a história e evolução da sexualidade num contexto ocidental. Num primeiro momento sobre a história da sexualidade, Michel Foucault frisa como a civilização ocidental encarava os campos de assunto sexual, ilustrando que antecedentemente à Modernidade, o sexo era encarado como um assunto franco e despido de qualquer tipo de tabu. Com a incidência da era vitoriana, o sexo passa a ter um tom de resguardo, de segredo, como um mistério que deve está atrelado a intimidade conjugal.

Com isso, o pensador francês atrelou o tabu ao se tratar de sexo com o surgimento do capitalismo, onde o fator de produção trabalho se sobrepunha ao prazer, como se a função do sexo estivesse diretamente ligada à função exclusiva de procriação. Ocorrendo essa repulsa pelo discurso, quem burlava essa regra social de se calar quando o assunto em questão fosse sexual, detinha o poder proveniente do discurso, visto que se gerava uma legião de adeptos, interligando, por esse motivo, para Foucault, o ideal de discurso e poder.

Porém, Michel ainda assevera que o regramento do silêncio sobre o tema sexual não vingou, ganhando, pelo contrário, mais adeptos com interesse no assunto proibido. Por isso, que com o tempo foi se permitindo que o assunto fosse tocado por pessoas específicas e a própria Igreja Católica se fez de ouvinte dos assuntos sexuais, admitindo a um padre que ouvisse as confissões principalmente que vinham de temas da carne (temas sexuais). A Medicina ligou o sexo à cientificidade, ditando o que era possível e o que não era criando o ideal do proibido e permitido. A psicanálise via no sexo a tradução dos maiores desejos humanos, tentando adentrar no íntimo subjetivo das pessoas.

Foucault corou a obra concluindo que na época em que o tema do sexo sofreu controle repressivo foi o momento em que ele mais se proliferou. Continua argumentando que neste momento, como já supracitado, os especialistas começam a estudar a sexualidade de forma científica, classificando os vários tipos de sexualidade e incentivando as pessoas a confessarem os seus sentimentos e condutas sexuais. Portanto, por fim, não se pode afirmar que as sociedades industriais iniciaram um processo de repressão intensa do sexo, visto que foi nesse momento que o tema da sexualidade ganhou força e mostrou novas formas diferentes de sexualidade.

Outro ponto de estudo e análise buscado por Michel Foucault é a questão da Governabilidade, onde o pensador francês faz um paralelo com a mais famosa obra de Nicolau Maquiavel, intitulada “O Príncipe”.

Nesse ponto, põe-se em xeque uma análise de Maquiavel tratando como o Príncipe deve atuar no exercício do seu governo e é exposto também a visão daqueles que são contra as ideias desse pensador, os chamados “anti-maquiavel”. Com isso vemos a diferença entre os dois pontos antagônicos à medida que vemos que Nicolau diz que o príncipe deve seguir um conjunto de comandos para gerir o território e as pessoas, enquanto que os “anti-maquiavel” vão de encontro com esse ideal por ser bastante limitado, uma vez que existe uma multiplicidade de formas de governar e que muitos podem atuar de forma governante.

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