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São Tomas De Aquino - Suma 58 - Virtudes

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Por:   •  12/3/2015  •  1.941 Palavras (8 Páginas)  •  258 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Na efervescência do século XIII, quando o quadro econômico, político, social e intelectual estava dando sinais de grandes mudanças comportamentais, os camponeses migrando para os centros urbanos, os relacionamentos ficando mais complexos, os homens questionando os dogmas e os conceitos ensinados pelas igrejas e as coisas da terra apresentando um maior valor.

Eis que, em meados de 1273, a um jovem, teólogo e padre dominicano, discípulo de Alberto Magno na universidade de Paris, é apresentado os estudos de Aristóteles.

Este vê nos escritos, grande harmonia com o saber bíblico e, em todos os seus ensaios posteriores, passa a utilizá-los.

É considerado um dos principais representantes da escolástica (linha filosófica medieval de base cristã), foi o fundador da escola tomista de filosofia e teologia.

Em seu tratado, o mais importante, “A Suma Teológica – Questão 58 – A distinção entre as Virtudes Morais e Intelectuais”.

São Tomás de Aquino elencou em cinco (5) artigos os relacionamentos das virtudes para com o homem, visando, esclarece-las e formar uma base sólida de conduta social para o bem comum, a coletividade.

Dos escritos do mestre Aristóteles, ele propôs:

i. Toda virtude é uma virtude moral?

ii. A virtude moral distingue-se da virtude intelectual?

iii. É suficiente dividir a virtude entre intelectual e moral?

iv. A virtude moral pode existir sem a intelectual?

v. E, inversamente, a virtude intelectual pode existir sem a moral?

Alguns esclarecimentos são necessários para compreender os termos empregados pelo Aquinate no transcorrer de sua obra que é objeto de nosso estudo: virtude, moral, hábito, intelecto, fé, esperança, caridade, prudência, justiça, força e temperança serão abordados oportunamente na continuidade deste.

PERFIL HISTÓRICO DO SÉCULO XIII

O século XIII foi marcado por contradições no que diz o clichê tanto no plano econômico, social e intelectual;

Muitas bibliografias dizem que foi a época de ouro da Idade Média, riquezas, paz e prosperidade estavam prevalecendo e os intelectuais podiam preocupar-se em apenas justificar a existência divina.

A realidade não é bem assim, a sociedade desse século estava deixando os feudos e formando novas sociedades urbanas, mais próximas às “escolas universitárias”, contestando dogmas, ensinamentos da igreja e preocupando-se mais com as coisas da terra, deixa de ter Deus como centro focal do ser, e passa a julgar-se ser o ponto focal.

Grandes filósofos, pensadores, eruditos sofreram severas perseguições, tendo suas obras queimadas para evitar a propagação desses pensamentos.

Os homens do saber (pensadores), que viviam em monastérios, abadias e que se preocupavam em apenas justificar a existência divina, veem-se obrigados (agora) a se preocupar com as coisas do mundo (terrenas).

Responder a uma infindável quantidade de questões do cotidiano através da ótica religiosa no intuito de manter os fiéis em comunhão com os pensamentos da igreja.

QUEM FOI TOMÁS DE AQUINO

Foi um importante teólogo, filósofo e padre dominicano do século XIII (1201-1300), sendo proclamado santo e Doutor da Igreja cognominado Doctor Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica.

Era da linhagem dos condes de Aquino, na época pertencente ao reino da Sicília (Itália), o pai Conde Landulf de Aquino e, por parte de mãe, a condessa Teodora de Theate, Tomás era ligado à dinastia Hohenstaufen do Sacro Império Romano-Germânico.

Nasceu em 1225 no castelo da cidade de Roccasecca (Itália).

Começou seus estudos em 1230 na abadia de Rocasecca, na ordem dos Beneditinos, no mosteiro de Montecassino.

Com 19 anos, em 1244 ingressou na ordem religiosa dos Dominicanos com quem se identificou logo no primeiro contato.

Entre os anos de 1245 e 1248 estudou na cidade de Paris, onde foi orientado por Alberto Magno e ali entra em contato com a filosofia aristotélica.

No período de 1248 a 1259 estudou na Faculdade de Teologia, fundada por Alberto Magno na cidade alemã de Colônia.

Torna-se mestre na Universidade de Paris entre os anos de 1252 e 1259.

Em 1259 escreveu a Suma contra os gentios.

Em 1273 escreveu a Suma Teológica.

Expira em 1274, aos 49 anos indo ao concilio de Lion.

Foi declarado santo pelo Papa João XXII em 18 de julho de 1323.

É considerado um dos principais representantes da escolástica (linha filosófica medieval de base cristã).

Foi o fundador da escola tomista de filosofia e teologia.

Tomás de Aquino buscou utilizar a filosofia grecolatina clássica (principalmente de Aristóteles) para compreender a revelação religiosa do cristianismo.

Tomás viveu numa época bastante feliz para toda a cristandade. Foi uma época de grandes santos, tais como: São João Boaventura, Santo Alberto Magno, Hugo de São Vitor entre outros.

No campo da política, passava-se um período de paz no ocidente, com um grande rei no trono francês, mais tarde canonizado, o Rei São Luis IX.

O próprio Papa dos últimos anos de São Tomás foi um grande homem sendo também beatificado por um sucessor seu o papa Clemente XI no ano de 1713, assim sendo, toda a genialidade de São Tomás pode desabrochar com tranquilidade.

A vida de São Tomás de Aquino é toda ela uma grande bênção de Deus para a igreja e a humanidade, comenta o Papa João XXII ao referir-se sobre as suas obras.

O CONTEXTO DOS ESCRITOS DE TOMÁS DE AQUINO

Na medida em que os camponeses abrem caminhos para novas conquistas territoriais (espaços urbanos), seus hábitos e costumes também vão sendo modificados.

As

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