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Tomas De Aquino

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Por:   •  26/2/2015  •  1.753 Palavras (8 Páginas)  •  241 Visualizações

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Tomás Aquino nasceu por volta de 1225. Estudou filosofia em Nápoles e depois em Paris, onde se dedicou ao ensino e ao estudo de questões filosóficas e teológicas. Morreu aos 49 anos, quando se dirigia para Lião a fim de participar do Concílio, a pedido do Papa. São Tomás de Aquino foi um importante teólogo, filósofo e padre dominicano. Foi declarado santo pelo papa João XXII( 22º)em 18 de julho de 1323. É considerado um dos principais representantes da escolástica (linha filosófica medieval de base cristã). Foi o fundador da escola tomista de filosofia e teologia. (A filosofia de Tomás de Aquino é conhecido como tomismo.) Chamado de ‘Doctor Angelicus’ em razão da santidade de sua vida.

Tomás de Aquino buscou utilizar a filosofia grecolatina clássica (principalmente de Aristóteles) para compreender a revelação religiosa do cristianismo. O pensamento de Tomas caracteriza, sobretudo, por conciliar a filosofia de Aristóteles com o cristianismo, tendo também recebido alguma influencia de Platão, de filósofos árabes, judeus e de Santo Agostinho. No entanto há uma diferença básica entre ele que é o fato de que para Agostinho predomina a ‘ordem do coração’ já para Tomas a ‘ordem intelectual’. Com seu prestigio ele estabeleceu a diferença entre filosofia e teologia, mas conciliou a fé e a razão. Segundo ele não pode haver incompatibilidade entre esses dois domínios. A razão deve operar livremente, sem temer encontrar algo contrario a fé. Por isso mesmo, segundo o filosofo, as verdades estritamente filosóficas não são contrarias a fé e tampouco são diferentes a ela. Ele tratava isoladamente as diferentes questões mas unindo-as em solida síntese: em todos os dominós quer seja ético, jurídico, politico ou social.

A partir dele, a Igreja tem uma Teologia (fundada na revelação) e uma Filosofia (baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa síntese definitiva: fé e razão, unidas em sua orientação comum rumo a Deus. Sustentou que a filosofia não pode ser substituída pela teologia e que ambas não se opõem. Afirmou que não pode haver contradição entre fé e razão.

"A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência". Tomás de Aquino concluiu que a descoberta da verdade ia além do que é visível. Antigos filósofos acreditavam que era verdade somente o que poderia ser visto. Aquino já questiona que a verdade era todas as coisas porque todas são reais, visíveis ou invisíveis, por exemplo : uma pedra que está no fundo do oceano não deixa de ser uma pedra real e verdadeira só porque não pode ser vista. Aquino concorda e aprimora Agostinho de Hipona quando diz que "A verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que é". A verdade está nas coisas e no intelecto e ambas convergem junto com o ser.. O "não-ser" não pode ser verdade até o intelecto o tornar conhecida, ou seja, isso é apreendido através da razão. Aquino chega a conclusão que só se pode conhecer a verdade se você conhece o que é o ser.

Para Agostinho a verdade é definitiva. Imutável. Já para Aquino, a verdade é a consequência de fatos causados no passado.

O filosofo partiu do principio de que os seres humanos, ao contrario dos animais, tem a capacidade de “intelecto” ou “entendimento”. Aquino faz a distinção entre “ entender” e “pensar” como dois “actos” diferentes do intelecto. Há por um ladoo “entendimento das coisas que não são complexas’’ e por outro “juntar e separar” é aqui que se inicia o pensar para o filosofo.

O Filosofo define como duas faculdade do intelecto, mas como operam essas faculdades para produzir o conhecimento? Em um primeiro momento, ocorre a compreensão das formas indivisíveis do ser pelo qual se conhece o que é alguma coisa. O passo seguinte é “ compor e dividir” formar juízos afirmativos ou negativos. Portanto a primeira operação do intelecto que entra na composição do raciocínio e a simples apreensão o “acto” pelo qual a inteligência apercebe a essência de uma coisa sem afirmar ou negar o que quer que seja a seu repeito.

Essa primeira operação do intelecto se caracteriza pela simplicidade. O objeto da simples apreensão é sempre encarado como uma unidade. Assim, é muito pertinente o modo pelo qual Tomás de Aquino definiu essa operação, a inteligência dos indivisíveis.

O "acto" pelo qual o espírito percebe essa essência indivisível das coisas é ele próprio simples; quer dizer, não implica nenhuma síntese, nenhum juízo julgamento. O conhecimento das coisas individuais e particulares precede a dos universais.

Depois da operação realizada pelas duas faculdades do intelecto acima mencionadas, realiza-se uma segunda operação que se refere ao conhecimento dos universais. Ela se dá pelo conhecimento da quididade (ou seja, o que uma coisa é) das coisas materiais, que representa a natureza de uma coisa em geral, independentemente de suas condições de realização. Por exemplo, designa-se o homem e não um homem em particular, como Sócrates ou Platão.

Essa faculdade do intelecto se distingue de toda e qualquer visão particular dos seres em sua existência concreta atual. O conhecimento dos universais pode ser extraído de muitas coisas em particular e é isso o que possibilita o ato de julgar.

A capacidade de abstrair

O processo cognitivo do nosso intelecto também é capaz de realizar a atividade de abstração, isto é: a "consideração à parte do que está unido nas coisas". Essa faculdade é própria da primeira atividade do intelecto, a inteligência dos indivisíveis. A abstração é uma faculdade que sucede, que vem após a inteligibilidade de algo, a abstração só é possível quando se distingue, anteriormente, a natureza de alguma coisa.

Na primeira operação é possível abstrair o que não está separado nas coisas. Dito de outro modo: o intelecto só abstrai depois de determinar a natureza da coisa, depois de definir o objeto e considerá-lo elemento do conhecimento. As formas das coisas materiais não existem na natureza separadas de sua matéria, no entanto, o intelecto, ao abstrair, só possui as formas, não a matéria.

A abstração de coisas que não podem existir independentemente na natureza só implicará falsidade, se o intelecto considerar que as formas existam separadas de sua matéria, o que não tem necessariamente motivo de ocorrer. Embora para compreender seja necessário que as formas existam no intelecto separadamente da matéria, isto não significa que o intelecto considere que elas também existam assim no mundo exterior, na natureza.

A forma que obtém o intelecto não é compreendida sem algo

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