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Trabalho Dos Filosofos

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Por:   •  25/2/2014  •  2.934 Palavras (12 Páginas)  •  574 Visualizações

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GRANDES FILÓSOFOS GREGOS

Antigos filósofos gregos – Estranhas noções a respeito do mundo

OS antigos filósofos gregos tinham Idéias caracterís-ticas a respeito da natureza do mundo em que vivemos. Tales (cerca de 636 anos A. C.) acreditava que cada coisa, incluindo o sol, a lua, as estrelas, a terra, as árvores, as flores, os animais, as aves e os seres humanos que habitam a terra, provieram, originalmente, de uma única e mesma substância: a água.

Outro dos antigos filósofos, Anaxímenes, dizia que tudo era feito de ar. A vida, explicava êle, é ar. Lançado pelas narinas, formou o coração, os pulmões, os músculos, o sangue e todas as outras partes do corpo. O ar se condensou para formar o vapor. O vapor solidificou-se para formar a água. A água condensou-se para formar lodo, areia e rochas. E assim por diante, por toda a escala da criação.

Ainda outros filósofos acreditavam que o fogo era a substância criadora de todas as coisas. O sol era puro fogo. As estrelas eram centelhas brotadas do sol na infinita fogueira dos céus. A terra era fogo resfriado em rochedos. As flores eram pedaços de chama colorida, com a forma de leves e fragrantes pétalas. E o homem um punhado de cinzas, ardendo na chama da vida, graças ao benigno calor do sol.

São estas algumas das engenhosas e poéticas teorias a respeito do mundo. Os antigos gregos eram grandes poetas, mas não eram cientistas. Eram as crianças ainda não amadurecidas da espécie humana. O pensamento duma criança é imaginativo. Para se tornar científico necessita de um intelecto amadurecido.

Quando o pensamento grego começou a desenvolver-se, as teorias dos filósofos tornaram-se menos especulativas e mais analíticas. Principiaram a raciocinar, em vez de fazer conjecturas. Seu raciocínio era ainda rude e suas conclusões muitas vezes espantosas. "Nada há tão absurdo, escrevia Cícero, que se não encontre nos livros dos filósofos". Não obstante foram eles gradualmente traçando o seu caminho. Nas suas cegas apalpadelas, dirigiam-se instintivamente para a luz. Para eterna glória de Atenas, foi que um de seus antigos filósofos, Demócrito, descobriu a teoria atômica 2.400 anos antes de nossa era atual.

O professor de suicídio

NOS seus primitivos tacteios em busca da verdade, os filósofos gregos embrenharam-se em curiosos desvios de especulação. Um desses filósofos, Hegesias, chegou à convicção de que a vida era um engano trágico e que todos os homens o melhor que tinham a fazer era morrer. Em consequência dedicou toda a sua vida à pregação do ideal da morte. Organizou numerosos clubes de suicidas e induziu muitos rapazes ao suicídio. Quanto a êlc mesmo, viveu até a bem madura idade de oitenta anos. Quando lhe perguntavam porque êle próprio não praticava o que pregava, dava uma resposta bem lógica. "Sou a única pessoa na Grécia que pode induzir os jovens ao suicídio. Se eu morrer, não haverá ninguém que me tome o lugar. É, pois, meu dever penoso viver, afim de poder ensinar aos outros o prazer delicioso da morte".

Sócrates – O filósofo governado pela mulher Xantipa

MOSTROU ao mundo o caminho para as estrelas.

Mas sua mulher era quem o levava pelo nariz. Foi a sina de Sócrates, olhado por muitos como o homem mais sábio da história.

Sócrates era feio como um palhaço e manso como um santo. Só havia um tipo de homem a quem êle odiava: o hipócrita. Sentia prazer especial em chamar a atenção para aqueles que pensavam uma coisa e diziam outra, e especialmente para aqueles que pretendiam ser sábios, quando não passavam de tolos. Chamava a si mesmo de moscardo, porque estimulava as pessoas a pensar. Outro apelido favorito, que lhe era grato dar a si mesmo, era o de parteira intelectual, porque auxiliava muita gente a dar nascença a suas próprias idéias.

Com o corpo envolto num áspero manto, a cabeça descoberta e os pés descalços, vagava pelas ruas de Atenas e permitia a todos que se abeberassem avidamente na sua inesgotável taça de sabedoria. Tinha a profissão de escultor, mas raramente nela trabalhou. Preferia moldar idéias abstratas, em vez de afeiçoar estátuas concretas. Sua maior ambição era ser não somente um mestre, mas um benfeitor da humanidade. Seu coração era tão grande quanto seu pensamento. Desejava ver a justiça social estabelecida em todo o mundo. E contudo — estranho milagre de contradições que êle era — deixava que sua família morresse de fome. Tratava dos negócios alheios e esquecia os seus. Não é de admirar, portanto, que sua mulher o recebesse, nas suas infrequentes visitas ao lar, com trovões e chuva: o trovão de sua língua e a chuva de seu barril.

Sua mulher chamava-se Xantipa (que significa Cavalo Amarelo) e esse nome passou a denominar até os nossos dias uma mulher de mau gênio e briguenta.

Para Xantipa, Sócrates era um mandrião, mas para os jovens atenienses um deus. Convidavam-no a ir a suas casas e o escutavam cheios de admiração, quando êle desenvolvia suas extraordinárias idéias. Tinha êle um meio característico de expressar suas idéias. Afim de transmitir o saber, jamais respondia a perguntas. Pelo contrário, fazia perguntas. Afirmava com insistência que nada sabia. "Sou o homem mais sábio de Atenas, dizia, porque só eu sei que nada sei." Por isso tentava aprender de to-<ios e no processo de aprender, ensinava a seus mestres.

A essência de todo o seu ensinamento pode ser condensada nestas palavras: Conhece-te a ti mesmo. O saber, de acordo com Sócrates, é uma virtude. Se os homens cometem crimes é que são ignorantes. Não conhecem outra coisa melhor. Diferentemente do filósofo chinês Lao-tze, Sócrates acreditava que o melhor remédio para o crime era a educação. Por isso deu como objetivo à sua vida ensinar aos outros.

Infelizmente, nem todos queriam ser educados. Pensar era coisa penosa e muitos tratavam de evitar essa pena. Além disso, os políticos de Atenas não gostavam de seu método de fazê-los parar na rua para dirigir-lhes perguntas embaraçantes. E então se reuniram e resolveram livrar-se de Sócrates. Um dia, quando chegava êle ao mercado, para seu cotidiano debate filosófico, encontrou o seguinte aviso, colocado na tribuna pública:

"Sócrates é criminoso. É ateu e corruptor da mocidade, A pena de seu crime é a morte."

Foi preso e julgado por um juri de todos aqueles políticos cuja

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