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Um estudo sobre a importância da amizade, de acordo com o filósofo grego Aristóteles, com seu famoso trabalho "Ética em Nicômaco"

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Por:   •  29/7/2014  •  Artigo  •  1.244 Palavras (5 Páginas)  •  689 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho apresenta um estudo sobre a importância da amizade, segundo o filósofo grego Aristóteles com a sua célebre obra “Ética a Nicômaco”, confrontado com as novas mídias na internet: um novo comportamento e uma nova maneira de se relacionar com o avanço tecnológico.

Neste contexto, nosso principal objetivo é mostrar o conceito de amizade no vocabulário das redes sociais, na evolução tecnológica em meio à sociedade contemporânea, como também propor uma reflexão dentro do pensamento de Aristóteles. Visando o esclarecimento das amizades virtuais por meio da influência da internet.

Para responder às questões acima formuladas, esta monografia foi dividida em três capítulos e organizada da seguinte forma:

O primeiro capítulo com a apresentação da biografia de Aristóteles e algumas de suas obras marcadas por um contexto histórico e político.

O segundo capítulo tem o conceito de amizade em Aristóteles.

O terceiro capítulo tem como objetivo analisar as influências positivas e negativas da mídia.

E, por final, na conclusão deste estudo veremos que é possível criar amizades verdadeiras pela internet.

Capítulo 1

Biografia de Aristóteles

1.1 Vida

Aristóteles nasceu em 384 a.C., em Estagira, uma pequena cidade da Trácia. O seu pai era um médico famoso, que esteve ao serviço do rei Amintas II, da Macedônia, e que tinha boas relações na corte. É provável que o interesse de Aristóteles por biologia e fisiologia decorra da atividade médica exercida pelo pai e pelo tio, e que remontava há dez gerações. Segundo a compilação bizantina Suda, Nicômaco era descendente de Nicômaco era descendente de Nicômaco, filho de Macaão, filho de Esculápio.

Sabemos com certeza que, com dezoito anos, isto é, em 366/365 a. C., Aristóteles, que já há alguns anos ficara órfão, viajou para Atenas e logo ingressou na Academia platônica. Foi precisamente na Escola de Platão que Aristóteles amadureceu e consolidou a própria vocação filosófica de modo definitivo, tanto que permaneceu na Academia por vinte bons anos, ou seja, enquanto Platão viveu .

Com a morte do grande mestre e com a escolha do sobrinho de Platão, Espeusipo, para a chefia da academia, Aristóteles partiu para Assos com alguns ex-alunos. Dois fatos parecem se relacionar com esse episódio: Espeusipo representava uma tendência que desagradava Aristóteles, isto é, a matematização da filosofia; e Aristóteles ter-se sentido preterido (ou rejeitado), já que se julgava o mais apto para assumir a direção da Academia, no entanto não assumira devido ao fato de que não era grego, era imigrante da Macedônia.

Em Assos, Aristóteles fundou um pequeno círculo filosófico com a ajuda de Hérmias, tirano local e eventual ouvinte de Platão. Lá ficou por três anos e casou-se com Pítias, sobrinha de Hérmias. Assassinado Hérmias, Aristóteles partiu para Mitilene, na ilha de Lesbos, onde realizou a maior parte das famosas inventigações biológicas.

No ano de 343 a.C. chamado por Felipe II, tornou-se preceptor de Alexandre, função que exerceu até 336 a.C., quando Alexandre subiu ao trono.

Aristóteles permaneceu na corte macedônica até por volta de 336 a.C., (mas também é possível que, depois de 340 a.C., ele tenha voltado para Estagira, estando Alexandre já ativamente empenhado na vida política e militar) .

Neste mesmo ano, de volta a Atenas, fundou o Lykeion, origem da palavra Liceu cujos alunos ficaram conhecidos como peripatéticos (os que passeiam), nome decorrente do hábito de Aristóteles de ensinar ao ar livre, muitas vezes sob as arvores que cercavam o Liceu. Ao contrário da Academia de Platão, o Liceu privilegiava as ciências naturais. Alexandre mesmo enviava ao mestre exemplares da fauna e flora das regiões conquistadas. O trabalho cobria os campos do conhecimento clássico de então, filosofia, metafísica, lógica, ética, política, retórica, poesia, biologia, zoologia, medicina e estabeleceu as bases de tais disciplinas quanto a metodologia científica.

Em 323 a. C., com a morte de Alexandre, houve forte reação antimacedônica em Atenas, na qual Aristóteles foi envolvido, réu de ter sido mestre do grande soberano(formalmente, foi acusado de impiedade, por ter escrito em honra de Hérmias um poema que só seria digno de um deus) .

O sentimento antimacedônicos dos atenienses voltou-se contra ele que, sentindo-se ameaçado, deixou Atenas afirmando não permitir que a cidade cometesse um segundo crime contra a filosofia (alusão ao julgamento de Sócrates). “Para fugir de seus inimigos, retirou-se para Cálcis, onde possuía bens imóveis maternos, deixando Teofrasto na direção da Escola peripatética” . Nessa época, Aristóteles já era casado com Hérpiles, uma vez que Pítias havia falecido pouco tempo depois do assassinado de Hérmias, seu protetor. Com Hérpiles, teve uma filha e o filho Nicômaco. Foi no ano de 322 a.C., que veio a falecer em Cálcis. Mas, seus escritos o mantêm vivo e auxiliaram muito na sistematização da Filosofia e, até os dias atuais, Aristóteles é considerado, junto a Platão, um dos alicerces da organização do pensamento Ocidental.

1.2 Obras

A filosofia aristotélica é um sistema, ou seja, a relação e conexão entre as várias áreas pensadas pelo filósofo. Seus escritos versam sobre praticamente todos os ramos do conhecimento de sua época (menos as matemáticas).

Embora sua produção tenha sido excepcional, apenas uma parcela foi conservada. Seus escritos dividiam-se em duas espécies: exotéricas e as acroamáticas. As exotéricas eram destinadas ao público em geral e, por isso, eram obras de caráter introdutório e geralmente compostas na forma de diálogo. As acroamáticas eram destinadas apenas aos discípulos do Liceu e compostas na forma de tratados. Praticamente tudo que se conservou de Aristóteles faz parte das obras acroamáticas. Das exotéricas, restaram apenas fragmentos.

O conjunto das obras de Aristóteles é conhecido entre os especialistas como corpus aristotelicum. “Seus escritos foram reunidos em uma obra denominada Órganon (Instrumento) e dividida em: Categoriae (Categorias), De interpretatione (Da Interpretação), Priora analytica (Primeiros Analíticos), Topica (Tópicos)” .

Aristóteles tornou-se célebre especialmente por suas obras filosóficas. Como mais importantes podemos citar a Metafísica (14 livros), a Física (8 livros), a Ética a Nicômaco (10 livros), a Política (8 livros), o Da Alma (3 livros), o Da Geração e da Corrupção (2 livros), a Poética (1 livro, incompleto).

Escristos metafísicos: a metafisica. Está obra de 14 livros foi editada após a sua morte, a partir de manuscristos sobre a metafísica geral e teológica. A metafísica “ciência do ser como ser, ou dos princípios e das causas so ser e dos seus atributos essenciais”, abrangendo do ser imóvel a Deus. Age a partir de 4 doutrinas: da potência e do ato, da matéria e da forma, do particular e do universal, do motor e da coisa movida.

Escritos morais e políticos: a Ética a Nicômaco, em dez livros; a Ética a Eudemo, inacabada; a Grande Ética, compêndio das duas anteriores, com maior destaque para a Ética a Eudemo; a Política, com 8 livros inacabados. Coloca o Estado como superior ao indivíduo.

Escritos retóricos e poéticos: a Retórica, em 3 livros; Poética, em 2 livros.

Dessas, o enfoque aqui é sobre a Ética a Nicômaco, na qual ele define o bem como aquilo que todos desejam e não como o que deveriam desejar, ou seja, o bem é concretização de uma natureza. O que os seres humanos desejam é a felicidade. Mas, em que consiste a felicidade? Nessa sua ética finalista, o ser humano tem que realizar-se virtuosamente naquilo que lhe é natural, a sua razão. Viver bem é viver de acordo com o bom desenvolvimento do espírito racional. Por isso, a questão fundamental de sua ética é a de como se deve agir para que tal empreita se realize. A razão deve dirigir o cotidiano, para dominar as paixões e criar bons hábitos, e a mediania entre as atitudes também é importante, pois estabelece um equilíbrio.

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