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Trabalho de Bulimia

Por:   •  1/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.415 Palavras (6 Páginas)  •  1.047 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP

CURSO SUPERIOR EM ESTÉTICA E COSMÉTICA

BRUNA REGINA NUNES DOS SANTOS

GISELE MATIAS DE JESUS

NATALIA SILVESTRE CLEMENTE

SUZANA MARIA CONCEIÇÃO DOS SANTOS

Psicologia Aplicada a Estética

‘’Bulimia’’

Prof.ª Daniela

SÃO PAULO

Chácara Santo Antônio / Matutino

Março/2015

Introdução

 Atualmente a mídia e a sociedade parecem estabelecer uma estreita relação entre a forma do corpo e a saúde, como se todos os regimes, dietas e exercícios físicos pudessem ser utilizados no sentido do indivíduo ser mais saudável. Mas na última década, os casos de transtornos alimentares aumentaram, principalmente os quadros de bulimia, criando-se ambulatórios de saúde específicos para o tratamento médico e psicológicos dessas pessoas (ROMARO, R. A; ITOKAZU, F. M. 2002).

  Essa valorização excessiva da forma e beleza do corpo tem levado muitas pessoas, principalmente mulheres, a verdadeiros sacrifícios que trazem consequências para a saúde, como dietas restritivas, e exercícios físicos em excesso, com a finalidade de conseguirem chegar ao corpo ideal imposto pela mídia (ROMARO, R. A; ITOKAZU, F. M. 2002).

 Toda essa pressão e esforço pode acabar resultando na bulimia nervosa (BN), uma doença que consiste na compulsão periódicas de alimentos, seguida da utilização de estratégias para eliminar as calóricas consumidas, podendo ocorrer por métodos purgativos (auto-indução de vômitos com objetos, ou uso excessivo de laxantes) e não purgativos (como exercícios físicos excessivos e jejuns) (ROMARO, R. A; ITOKAZU, F. M. 2002).

  A pessoa que desenvolve o quadro de bulimia nervosa, em geral, valoriza muito a forma do corpo e o peso, possuindo uma percepção física distorcida e dificuldade em identificar as emoções. Apresenta uma baixa autoestima, um nível elevado de ansiedade, um baixo limiar à frustração e um prejuízo no controle dos impulsos. Em sua insegurança, elege padrões de beleza muito altos, praticamente inatingíveis, na tentativa de corresponder à tendência da sociedade em eleger a magreza como símbolo de sucesso e beleza. Ao perceber que não atingiu suas metas, sente-se deprimida, fracassada e retorna à compulsão, com consequente culpa e depressão. (ROMARO, R. A; ITOKAZU, F. M. 2002)

        Bulimia

  Os transtornos alimentares, bem como suas formas subclínicas ou parciais, são quadros psiquiátricos que afetam principalmente mulheres adultas jovens e adolescentes, com um grau alto de morbidade e mortalidade (ESPÍNDOLA, C.R; BLAY, S. L. 2006)

  A bulimia caracteriza-se por episódios recorrentes e incontroláveis de consumo de altas quantidades de alimento em um curto período de tempo, seguidos por comportamentos compensatórios inadequados a fim de evitar o ganho de peso. Ou seja, esses comportamentos incluem vômitos induzidos pela pessoa, uso de laxantes e diuréticos, exercícios exagerados, jejum e dieta restritiva. Além disso, a autoestima está ligada diretamente pelo peso e forma do corpo. Esse transtorno acontece em todas as classes sociais, e afetas principalmente mulheres jovens. Sua prevalência na população feminina com idade entre 18 e 48 anos é de 1% a 2%. No entanto, apenas uma pequena parcela recebe tratamento (BACALTCHUK, J; HAY, P. 1999).

 Segundo Behar, 1994 (In ROMARO, R. A; ITOKAZU, F. M. 2002). As compulsões apresentam-se associadas a estados de humor disfóricos, como depressão, situações negativas ou provocadoras de estresse. Também são observados sentimentos relacionados à perda ou à rejeição, baixa autoestima, insegurança, restrição alimentar devido a dietas e jejuns, sentimentos ruins relacionados ao peso e a forma do corpo. (ROMARO, R. A; ITOKAZU, F. M. 2002). 

 De acordo com estudos apontados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-IV (1995) encontra-se associação da bulimia nervosa, com transtornos de personalidade, principalmente com os transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, sintomas de depressão ou transtornos de humor como a depressão maior e a distimia, abuso ou dependência de substâncias como álcool e estimulantes. Segundo a Sociedade Brasileira de Psiquiatria (SBP, 1993), as pessoas portadoras dos transtornos acima citados apresentam tendências impulsivas que podem influenciar um comportamento suicida, sendo que o índice de mortalidade nos transtornos alimentares é de 10% (ROMARO, R. A; ITOKAZU, F. M. 2002).

  A bulimia nervosa é considerada como um transtorno alimentar específico desde 1980, com a publicação do DSM-III e a cada ano observa-se um maior interesse de estudiosos por diferentes facetas desse transtorno.

 

Tratamento

  O tratamento deve ser multidisciplinar. Os melhores resultados parecem ocorrer naqueles casos de intervenção precoce durante a adolescência, evitando as formas crônicas e imutáveis das doenças alimentares. o sucesso de um programa de atendimento integrado e completo depende de uma equipe multiprofissional e do emprego simultâneo de várias estratégias, pois nenhuma modalidade de tratamento pode ser indicada como única ou isoladamente melhor (PINZON, V. et al. 2004).

Atendimento familiar

 Segundo Kaplan, 2002 (In PINZON, V. et al. 2004) em um estudo de revisão de literatura nas últimas três décadas, um dado é colocado como único e inquestionável: a maior eficácia da terapia familiar para pacientes jovens no início da doença dentre todas as outras abordagens terapêuticas. A maioria dos trabalhos publicados concorda que a terapia familiar, assim como o aconselhamento para pais, é o método mais eficaz no tratamento dos pacientes jovens (PINZON, V. et al. 2004).

Atendimento cognitivo-comportamental

 De acordo com Garfinkel e Garner, 1982 (In PINZON, V. et al. 2004). No modelo cognitivo-comportamental, as alterações na cognição, levando a sentimentos de angústia e resultando em comportamento anormal, são o foco dos transtornos alimentares. A perda de peso pode ser vista como alívio para a angústia e inquietação da adolescência, podendo constituir uma tentativa de controle sobre os outros e sobre si mesmo. Segundo White e Freeman, 2003 (In PINZON, V. et al. 2004). No tratamento com adolescentes, o método cognitivo comportamental ajuda a fazer a ligação entre pensamentos e sentimentos e facilita que os indivíduos expressem suas emoções (PINZON, V. et al. 2004).

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