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Um novo mundo em gestação

Por:   •  1/12/2015  •  Resenha  •  2.483 Palavras (10 Páginas)  •  327 Visualizações

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UM NOVO MUNDO GESTAÇÃO

O livro cuja resenha se segue trata-se, usando termos triviais, sobre a chamada “guerra dos sexos”, a qual está intrinsicamente relacionada ao desenvolvimento da espécie humana desde as eras primordiais e ao contexto histórico desse desenvolvimento. De acordo com o livro nem sempre homens e mulheres conviveram da forma que vivem hoje e está relação afeta diretamente o planeta e a forma como enxergamos a sociedade.

Atualmente as mulheres correspondem a 50% da força de trabalho, porém a quatro décadas essa porcentagem correspondia a menos de 30%. Aprofundado ainda mais nesta linha do tempo, percebe-se que a situação da mulher era ainda mais crítica.

Então, o que causou está reviravolta na condição da mulher na segunda metade do século XX?

Primeiramente vamos às eras primordiais, quando não existia a supremacia masculina, mas sim, homens e mulheres governando juntos. Essa primeira fase, chamada de Período do Seixo Rolado, durou 1 600 000 anos. Homens e mulheres viviam da coleta e da caça. Havia grupos pequenos e temiam a natureza, portanto a lei que regia estes grupos baseava-se na Lei da Solidariedade e da Partilha. Não havia guerra e sempre procuraram fazer novos aliados e, o mais importante de tudo, a mulher possuía uma posição privilegiada, pois era ela quem reproduzia a vida, ou seja, era capaz de gerar novas vidas por meio da gestação. O homem, diferente do que acontece atualmente, sequer sabia seu papel na procriação. Assim, as mulheres eram prestigiadas e em alguns casos até governavam por meio da persuasão e consenso, pelo fato de não terem força física para impor algo. Assim o poder era um serviço, pois segundo a autora, não trazia privilégio pessoal para quem mandava.

O segundo tipo de sociedade surgiu a cerca de quatrocentos mil anos atrás, conhecida por Sociedades de Caça. Nesta, surge a necessidade de procurar alimentos e, também, a caça de grandes animais, deixando de lado a ideia de que procriar era o atributo básico à vida, e substituindo esta ideia pelo fato de que a força física passa a ser mais importante. A partir deste momento o homem começa a ter primazia sobre a mulher, surgindo um novo tipo de sociedade, que prioriza a guerra por territórios e mais alimentos. Homens passaram a ser guerreiros e, portanto, mais aptos a serem líderes.

Assim, surge a inveja do homem por não ser capaz de parir. Isso fez com que surgissem duas cerimônias:

  • A couvade: logo após a mulher dar a luz, o homem a tira da cama, deitando-se com a criança e esperando as visitas.
  • A iniciação masculina: quando o homem chega a puberdade ele é levado a casa dos homens para uma cerimônia, que é muitas vezes uma imitação do parto. Nas palavras da autora “Só, então, quando o homem pare a si mesmo, o homem é adulto e, portanto livre das mulheres.”

É inaugurada a supremacia masculina.

O homem em suas horas de ócio criou inúmeras tecnologias, como a da fundição dos metais, por meio da qual criou pás, picaretas e principalmente o arado. Para arar o homem precisou tornar-se sedentário. Surgiram assim, as aldeias, as cidades, as cidades-estados, os estados e finalmente os impérios, inaugurando a história. Arando a terra surgiu o excedente, dando origem ao comércio. Lutas por terra eram comuns, pois as mesmas eram sinônimo de poder, dando assim, origem a lei da competição e agressão.

        Neste meio, nasce também o individualismo: primeiro o meu interesse depois o dos outros. Característica que permaneceu por séculos, já que é um ponto característico na sociedade de hoje. Com todos os eventos citados acima, é necessário dizer que a condição da mulher sofreu alterações, pois os homens, agora usando a força, começam a controlar a sexualidade feminina. Assim, de acordo com a autora junto com a sociedade escravista, teve início o patriarcado. As mulheres praticamente perdem sua importância, sendo invisíveis, perdendo seu status, tornando-se submissas aos homens. Sendo reduzidas ao campo, a casa e à criação dos filhos. Agora, as leis passam a serem feitass por e para os homens, que pertenciam ao mundo da guerra, do trabalho, do poder, do conhecimento, enfim, do domínio público.

        Chegamos a Era Industrial, na qual a tecnologia de torna o foco e a grande invenção seria a da máquina a vapor. Durante anos, até a condição de escravo era privilegiada em relação aos sem teto, que normalmente morriam no primeiro inverno. Mas, com a construção de fábricas de produção de bens de consumo em série, esses despossuídos aglomeraram-se ao seu redor, formando assim, as primeiras metrópoles da Era Moderna. Nascia aí, o operariado moderno, sendo que o operário era o antigo sem-terra. Embora fossem explorados ao máximo, os operários constituíram-se em sindicatos, ou seja, as primeiras organizações operárias.

        Voltando a tratar da situação da mulher, pode-se dizer que sua situação também sofreu grandes mudanças. Primeiramente, ela começou a trabalhar junto com o homem, embora com salário e posição inferiores. Assim, as mulheres se reuniram e escreveram o primeiro Manifesto Feminista, no qual denunciavam suas opressões e reivindicavam o direito ao voto, de educação e de emprego.

        E, por fim, o século XXI, no qual a tecnologia dava cada vez passos maiores, ou seja, a sociedade acelera-se como um todo e, principalmente no ramo tecnológico o crescimento se deu de forma absurda. A tecnologia da informação cresceu cinco bilhões de vezes, no século XX. E a tecnologia da destruição também cresceu com a invenção da bomba de hidrogênio.  Mas esse crescimento da Era Industrial também é hoje mais degradante e nocivo ao planeta e ao meio ambiente do que foi em milhões de anos da sua existência.Essa tecnologia desenvolveu exageradamente, dando origem a uma sociedade de consumo que nunca antes havia existido. E, segundo a autora, depois de oito mil anos de marginalização, as mulheres acabaram entrando nessa força de trabalho, aumentando brutalmente a produção industrial.

        Assim, a partir do momento que as mulheres ingressaram no mercado elas organizaram-se, criando seu próprio sindicado: O Feminismo. E elas ganharam importância, denunciando a superexploração em todos os âmbitos.

        Em 1970, surgiram outros movimentos, como os raciais e os de jovens. Dando início então, a grande revolução das mentalidades. Essa revolução alargou aquela começada por Marx. O socialismo, por exemplo, que deveria se basear na solidariedade, acabou por ser mais competitivo e corrupto que o capitalismo. De acordo com a autora a revolução das estruturas políticas e econômicas não inclui a revolução das mentalidades. Então o socialismo fracassou, porque não se pode construir estruturas solidárias sem mentalidades solidárias. Voltando novamente as mulheres, pode-se dizer que elas foram fundamentais para a revolução das mentalidades. Pois os movimentos sociais feitos pelas mesmas vinham com o intuito de romper ideologias tradicionais, defendendo os explorados e visando dar a todos o direito de voz.

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