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Uma Distopia Teocrática

Por:   •  29/12/2019  •  Ensaio  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  158 Visualizações

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Ficar em pé e provar a

existência de deus é diferente de ficar de joelhos e agradecê-lo.

Contudo, as religiões se institucionalizaram de tal forma que o pensar discordante (por mais brando que seja) é visto como uma erva daninha que precisa ser extirpada a todo custo, mesmo que isso signifique destruir outras que estejam em pleno viço.

E isto remonta principalmente à elevação de uma das vertentes do cristianismo primitivo à condição de Religião Oficial do Império Romano.

A principal culpa foi de Constantino, que escolheu o segmento, dentre as variações cristãs na época dele, aquela que melhor se adequava aos ideais do Império... E eis que surge a Igreja Católica Apostólica Romana. [Romana, veja bem]. E o Sacro Império Romano ganha mais alguns séculos de sobre-vida com sua nova fábrica de ilusões e medos. Séculos depois, a "Santa Madre Igreja" faz acordo com Mussolini durante a Segunda Grande Guerra para ganhar a autonomia do Vaticano. Então não se iludam, nenhuma religião pregou paz/amor que não fosse como mecanismo de controle social.

As pessoas não gostam de serem lembradas, mas a verdade é que natal jamais foi essa 'festa de amor' que todos adoram falar. Quando Lutero rompe com a Igreja Católica (uma das dissidências que teve mais força e sobreviveu frente a tantas outras, como o Rei James, da Inglaterra) ele efetuou a "Reforma Protestante", mas pouco percebemos dos antigos ideais de Lutero nas Igrejas Protestantes da atualidade. O pior caso é o das Neopetencostais, que em muito se assemelham à Igreja Católica no período da Idade Média: suas pregações focadas no demônio, inferno e punição; sempre prontas a perseguir outras manifestações religiosas e seus praticantes.

Ela reúne todos os componentes nefastos que a Igreja Católica se esforça atualmente para desvincular de sua imagem. Mas a maioria das Igrejas Protestantes [foco nas Neopetencostais] trás um agravante: a ignorância. Uma vez que elas são focadas em uma interpretação pessoal do texto bíblico feita por seus pastores, algumas ordens perceberam o risco disso e iniciaram a exigência de cursos de teologia, mas mesmo assim, praticamente qualquer pessoa pode se declarar pastor(a) e fundar seu 'ministério', atualmente existem um total de 67.951 novos registros (segundo dados da Receita Federal). Para a pesquisadora Dena Freeman, da London School of Economics, em seu livro intitulado “Pentecostalism and Development: Churches, NGOs and Social Change in Africa” (Pentecostalismo e Desenvolvimento: Igrejas, ONGs e Mudança Social na África), explicou como no continente africano essas igrejas têm feito a diferença, assim como no Brasil.

“As igrejas pentecostais são muitas vezes agentes de mudança mais eficazes do que as ONGs de ajuda humanitária”, escreveu Freeman.

“Elas [igrejas] são excepcionalmente eficazes em promover a transformação pessoal e o empoderamento, fornecem a legitimidade moral para um conjunto de mudanças de comportamento e reconstroem radicalmente as famílias e comunidades para apoiar novos valores e novos comportamentos”, conclui.

Mas tanta eficiência gera como subproduto um sentimento de vinculação que poderia ser comparado à Síndrome de Estocolmo;

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