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Vih Brito

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Por:   •  24/9/2014  •  609 Palavras (3 Páginas)  •  229 Visualizações

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Resenha Crítica: O Suplício do Papai Noel

Antropólogo de origem belga, nascido em 1908, Claude Lévi-Strauss é geralmente considerado como um dos expoentes máximos do estruturalismo e um dos maiores antropólogos contemporâneos.

O livro o “Suplício do Papai Noel foi publicado em 1952, o pequeno ensaio de Claude Lévi-Strauss sobre a lenda de Papai Noel tornou-se uma obra de referência na antropologia e na semiologia contemporâneas”. O texto trata de um acontecimento em 1951, em uma pequena cidade na França, Dijon, que gerou polêmica e teve uma grande repercussão. Com a justificativa da paganização do natal, As igrejas Protestantes e Católicas se uniram para enforcar e queimar o Papai Noel. A partir desse fato, o autor do livro mostra que há uma gama de relações intrínsecas por detrás do fato puro. Ele começa na França de três anos antes do fato ter acontecido, onde a tradição do natal voltou juntamente com o retorno da normalidade econômica. Relata também uma explicação onde diz que a tradição do natal, com presentes, meias e sapatos não é uma importação da cultura americana, mas sim o surgimento de algo semelhante que já estava presente no meio secundário, segundo ele. A também o outro fator relacionado a isto é que esse costume já estava presente na França e em toda a Europa, em processo ascendente, antes mesmo da guerra. Esse pensamento pode ter trazido para nossa cultura, onde nossos costumes estiveram potencialmente aqui antes mesmo da chegada dos colonizadores. Mesmo sendo uma festa essencialmente moderna, suas origens nos levam ao passado, tanto quanto a explicações históricas, as quais, por exemplo, no levam a Groenlândia, ou até mesmo a Távola Redonda.

Para Lévi-Strauss toda a Vestimenta do Papai Noel, tem uma explicação intrínseca a qual desperta nas pessoas seu lado mais gentil. Ele Relata, também, o Papai Noel como uma divindade de uma categoria etária, das crianças, e muitas vezes também das mulheres, devido à ignorância sobre as crenças ou por acreditarem em algo que não cabe aos adultos.

Além de ser uma crença representativa, o Papai Noel serve como regulador das crianças, visto que puni aqueles que não se comportaram e recompensa àqueles que tiveram um bom comportamento. Tais características etárias relacionam-se com os rituais de iniciação, separando crianças e adultos.

Visto que em certos lugares a cultura do Natal se mistura também com a tradição existente em vários lugares do Haloween, onde as crianças saem pedindo presentes, que cabem a elas por direito. Outra relação que o autor encontra é com a morte. Em determinadas culturas, as crianças são associadas aos mortos, onde os Katchina (almas das primeiras crianças indígenas que se afogaram num rio à época das migrações ancestrais) voltam todos os anos e ao irem embora levam crianças da tribo raptadas, fazendo com que os pais prometam representá-las uma vez por ano com danças e máscaras. O autor associa essa tradição ao natal quando fala da exclusão das crianças sobre a verdade sobre a tradição do natal, visto que elas são o alvo da tradição, pois sabemos que o Papai Noel não existe, mas mesmo assim fazemos as crianças acreditarem nele e depois dizemos que é mentira.

Outros exemplos e associação são apontados pelo autor e o cerne da análise recai que a partir de um fato ocorrido

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