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A BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – COTAS RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

Por:   •  8/10/2021  •  Relatório de pesquisa  •  2.160 Palavras (9 Páginas)  •  116 Visualizações

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BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – COTAS

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

    (   ) PIBIC        (   ) PIBIC-EM       (   ) PIBITI        (   ) PIBIC-Jr      

BOLSA:          (   ) FAPESB           (   ) IFBA        ( x  ) CNPq

IDENTIFICAÇÃO

INSTITUIÇÃO: Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

NOME DO BOLSISTA: José Onival Ribeiro Silva Filho

Nº DO PROCESSO OU TERMO DE OUTORGA: 158504/2020-8

TELEFONE / CONTATO: (71) 9 9401-8677                  

E-MAIL: onivalribeiro99@hotmail.com

CPF Nº: 086.149.435-04

IDENTIDADE Nº: 13.054.722-09

ORIENTADOR (A): Leonardo Rangel dos Reis

INSTITUIÇÃO: Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

SIGLA: IFBA

CAMPUS / DEPARTAMENTO: Salvador / DSPP

ÁREA: Ciências Humanas (Sociologia)

TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA (ORIENTADOR): Decolonizando as bases da Educação Profissional e Tecnológica nas redes educativas: os ‘fazeressaberes’ em perspectiva

TÍTULO DO PLANO DE TRABALHO (ESTUDANTE): Decolonizando as bases da Educação Profissional e Tecnológica nas redes educativas: os “fazeressaberes” dos/as trabalhadores/as terceirizado/as do Campus Salvador em perspectiva

PERÍODO ABRANGIDO PELO RELATÓRIO:  28/02/2021 a 15/09/2021

APROVADO NO CONSELHO DE ÉTICA EM PESQUISA (quando for o caso):  (     ) SIM     (    ) NÃO (caso não, justifique)

DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES

OBJETIVOS PROPOSTOS NO PLANO DE TRABALHO

O objetivo fundante da pesquisa-investigação é compreender as singularidades dos ‘fazeressaberes’ dos/as trabalhadores/as terceirizados/as do Campus Salvador-BA e Brasil de forma branda. Assim, apresenta-se os seguintes objetivos específicos: 1) Mapear as principais atividades desenvolvidas pelos/as trabalhadores/as terceirizados/as; 2) Compreender os sentidos das narrativas produzidas pelos/as trabalhadores/as terceirizados/as, acerca dos sentidos das suas atividades; 3) Analisar as imagens que os/as terceirizados/as do possuem acerca do seu próprio trabalho; 4) Analisar as imagens que os outros fazem acerca do trabalho dos/as terceirizados/as do Brasil e 5) Contar a história da terceirização como forma de controle.

METODOLOGIA EMPREGADA / MÉTODOS

Quanto à metodologia, trata-se de um estudo de campo, de caráter etnográfico, pois tratar-se-á de pesquisa desenvolvida por meio da observação direta do grupo. Onde devido a pandemia de Covid-19, não foi possível esse estudo de campo, havendo essa profundidade no caráter etnográfico.

Para aprofundarmos e irmos ao estado da Bahia, numa pesquisa realizada em 2004 no Polo Petroquímico de Camaçari, as tendências também se confirmaram, pois teve a difusão e generalização da terceirização para todas as áreas de atividade das empresas. A proporção de trabalhador terceirizado por trabalhador contratado diretamente cresceu, de 10 empresas que forneceram as informações, foi constatado uma relação de 63,7% de trabalhadores terceirizados contra 36,3% de trabalhadores contratados diretamente.   

É a partir das histórias plurais, construídas/contadas por diversos sujeitos, de variados modos, que queremos desdobrar alguns temas realçados na/da Educação Profissional e Tecnológica - EPT. Sendo assim, o principal objetivo é mostrar algumas possibilidades dos estudos do cotidiano e da descolonização no campo das pesquisas que trabalham com os/as terceirizados/as.

A Terceirização, sendo um fenômeno mundial que se encontra nas mais diversas atividades e tipos de trabalho, urbana e rural, industrial, comercial, nos setores públicos e privados, corresponde a uma forma de contratação na qual uma empresa principal subcontrata uma empresa interposta, que exerce o papel de fornecer a mão de obra, mediante contrato de prestação de serviços. Sendo uma das consequências dos cenários globalizados e hegemônico, que reajustou os modelos de produção, em regra, por um lado reduz os custos do trabalho e por outro lado a expansão das margens de lucro ao mesmo tempo que implica no processo de fragmentação da organização dos trabalhadores e no acirramento das desigualdades já existentes.

Vindo de origem na transição para o trabalho assalariado e o modo capitalista de produção. No Século XVI, na Inglaterra e na França, a subcontratação era utilizada pelos mercadores-empregadores como forma de controle e subordinação dos artesãos independentes. Neste processo de assalariar com o uso da subcontratação, buscava-se a subordinação de um segmento dos artesãos e a sua proletarização, isto é, marcado desde antigamente a perda de sua independência e de seus direitos de propriedade sobre a produção e sobre o seu trabalho.

As diferences facetas do capitalismo e dos padrões de produção e de organização do trabalho foram redefinindo o lugar da terceirização/subcontratação. O avanço da indústria e da urbanização, no século XIX e em parte do século XX, não a dispensou, mas a colocou de forma secundária ou periférica, especialmente nos países mais desenvolvidos da Europa e nos EUA. No marco da reestruturação produtiva, do fenômeno da globalização econômica e financeira e da implantação de políticas neoliberais, que a terceirização se torna um novo fenômeno no âmbito da “acumulação flexível”.

 

ATIVIDADES PREVISTAS NO CRONOGRAMA ORIGINAL

- Fevereiro/Março (2021):

Aprofundamento das referências pertinentes e aperfeiçoamento do projeto; Grupo de estudo semanal (leitura dirigida de textos previamente selecionados e pertinentes ao projeto); Construção de instrumentos metodológicos: caderno de campo e formulário semiestruturado de entrevista; O processo de pesquisa sobre o trabalho dos terceirizados.
- Abril/Maio (2021):
Discussão do Projeto e elaboração dos outros instrumentos de coleta e produção dos “dados”; Grupo de estudo semanal (leitura dirigida de textos previamente selecionados e pertinentes ao projeto); Elaboração dos primeiros esboços dos dispositivos metodológicos que serão utilizados; Levantamento e Análise dos materiais produzidos; O processo de pesquisa sobre o trabalho dos terceirizados.
- Junho/Julho (2021):

Produção dos “dados”; Revisões e entrega do Relatório; Grupo de estudo semanal (leitura dirigida de textos previamente selecionados e pertinentes ao projeto); O processo de pesquisa sobre o trabalho dos terceirizados.
- Agosto/Setembro (2021):

Levantamento e análise mais aprofundados dos materiais produzidos; Grupo de estudo semanal (leitura dirigida de textos previamente selecionados e pertinentes ao projeto); Complementação da análise dos produtos da pesquisa; O processo de pesquisa sobre o trabalho dos terceirizados. Revisão do Relatório Final.

RESULTADOS E DISCUSSÕES (PRELIMINARES)

As pesquisas com trabalhadores/as terceirizados/as vêm incorporando em seus objetos, um novo modelo de construção do conhecimento e do ‘fazerpensar’ metodológico, o intuito de entender o protagonismo delas e o rico mundo em que vivem. Nesse sentido, os conceitos e temas que emergirem da pesquisa, ajude na compreensão deste universo dinâmico, e ajude a dirimir os estereótipos que ainda pairam sobre eles/as. Além disso, espera que tal projeto também contribua com as mudanças na cultura organizacional que criem um ambiente mais isonômico e de bem-estar. O projeto de Lei 4.330 de 2004, aprovada em 2015, que dispõe sobre o contrato de prestação de serviços a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes, de autonomia do deputado Sandro Mabel, empresário do setor de alimentação. A atuação do poder público, especialmente do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através da fiscalização dos auditores do trabalho, inúmeras são as notícias de processos, condenações e sanções em curso nessas instituições que envolvem a terceirização, quando considerada ilícita (de acordo como enunciado 331 do Tribunal Superior do Trabalho). Em síntese, a terceirização é o fio condutor da precarização do trabalho no Brasil.

CONCLUSÕES PARCIAIS

Devido ao surto pandêmico de Covid-19 uma parte da pesquisa, que é o trabalho de campo ficou prejudicada, tendo que haver adaptações ao nosso modo de trabalho e conseguir o contato com esses funcionários, porém, as adaptações que eu julgo de modo positivo e rápido aconteceram. Os textos que vem sido trabalhado ao longo da semana, têm sido de grande embasamento teórico e intelectual para o grupo de pesquisa em si, nos permitindo um avanço justamente na intenção de entender o protagonismo dos trabalhadores terceirizados, na formação do aluno e no cotidiano da educação profissional e tecnológica – EPT.  

Os trabalhadores terceirizados, como veio sendo trabalhado durante todo o presente artigo, até o presente momento, ainda existe pouco trabalho científico voltado para esse meio de estudo. Se mostrando como uma peça fundamental na formação escolar, afinal, quem nunca se lembrou de um funcionário da escola, que não fosse necessariamente o professor, esses seres vistos como “invisíveis” até os tempos atuais, continuam tendo seus direitos cada vez mais negados, não só na escola, mas também na vida cotidiana tendo a precarização do trabalho, com empregadores cada vez mais se contradizendo em suas próprias falácias, como a “terceirização cria empregos”, os “terceirizados percebem salários” e são “providos de direitos”, a “terceirização é positiva”, pois permite a “especialização e qualificação das empresas”, eles escondem o principal: a terceirização tem como objetivos centrais a redução dos salários, a retração crescente dos direitos do trabalho e – o que é também de enorme relevância – o aumento da fragmentação, procurando desorganizar ainda mais a classe trabalhadora tanto na esfera sindical como nas distintas formas de solidariedade coletiva que florescem no espaço produtivo.

Percebendo salários menores, enfrentando jornadas de trabalho bem maiores do que o conjunto dos assalariados contratados sem tempo determinado, sofrendo cotidianamente as vicissitudes decorrentes da burla da legislação social e das altas taxas de rotatividade, a terceirização vem se assumindo como modalidade dominante no processo de corrosão do trabalho que se expande em escala universal. Mas que, exatamente por isso, está no centro dos levantes e rebeliões que também já estão presentes em todos os quadrantes do mundo.

REFERÊNCIAS

MONLEVADE, João Antonio Cabral de. História e Construção da Identidade: Compromissos e expectativas. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 3, n. 5, p. 339-352, jul./dez. 2009. Disponível em: esforce.org.br

ROCHA, Daniely Gouvêa Monteiro. TERCEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: um estudo de caso do SERPRO. UFF, Niterói, p. 1-10, mai. 2013.

ADICHIE, Chimamanda. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ALVES, Nilda. A narrativa como método na história do cotidiano escolar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 1, 2000, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Editora da UERJ, 2000. p. 1-10.

ARROYO, Miguel Gonzales. Outros Sujeitos, Outras Pedagogias. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

BACHELARD, Gaston. A terra e os devaneios da vontade. São Paulo: Martins Fontes, 2018.

BAUER, Martin; AARTS, Bas. A construção do corpus: um princípio para coleta de dados qualitativos. In: BAUER, Martin; GASKELL, George (orgs.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manutal prático. 7. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

CERTEAU, Michel de; GIARD, Luce; MAYOL, Pierre. A invenção do cotidiano, vol. 2: morar, cozinhar. 10 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

ONFRAY, Michel. Cosmos: uma ontologia materialista. São Paulo: Martins Fontes, 2018.

DRUCK, Graça; ANTUNES, Ricardo. O Social em Questão - Ano XVIII - nº 34 – 2015, pg 19 – 40. Disponível em: http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/Sm4618UP754c17102374.pdf. Acesso em: 21 Jul 2021

DRUCK, Graça; ANTUNES, Ricardo. A Epidemia da Terceirização. Revista do Tribunal Superior do Trabalho, v. 79, n.4, out-dez. 2013. Acesso em: 21 Jul 2021

DRUCK, Graça. CADERNO CRH, Salvador, v. 24, n. spe 01, p. 37-57, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ccrh/a/qvTGPNcmnSfHYJjH4RXLN3r/abstract/?lang=pt. Acesso em: 21 Jul 2021

ANÁLISE DE DESEMPENHO DO BOLSISTA

ASPECTOS

ADEQUADO

PARCIALMENTE ADEQUADO

INADEQUADO

Qualidade do trabalho: considerar a qualidade do trabalho, tendo em vista as condições oferecidas

Desempenho: esforço revelado para aprender, a partir de indagações e dúvidas apresentadas

Assiduidade: cumprimento do plano de trabalho com dedicação e zelo

Rendimento: considerar o cumprimento do plano de trabalho de acordo com os prazos estabelecidos 

OBSERVAÇÕES DO ORIENTADOR

PARECER DO ORIENTADOR

(  )APROVADO                                    (  )REPROVADO                                     (  )REPROVADO PENDENTE

LOCAL:

DATA:

               

____________________________________                                                                             Assinatura do(a)  Orientador(a)

Declaro estar ciente e concordar, para todos os efeitos legais, com as informações contidas neste relatório.

[pic 5]_____________________________                                                                             Assinatura do(a) Bolsista

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