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A EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL NO BRASIL

Por:   •  6/8/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.425 Palavras (6 Páginas)  •  152 Visualizações

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A EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL NO BRASIL

No Brasil, a Responsabilidade Social começa a ser discutida ainda nos anos 60, com a criação da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE). Capellin & Giuliani (2002) conceituam o trabalho desta entidade como sendo a mobilização dos dirigentes de empresas para que, às luzes do pensamento social cristão, se comprometam com a transformação do meio empresarial, contribuindo para uma sociedade solidária, justa, livre e humana. Ainda segundo Capellin & Giuliani (2002), no início da década de 80, foi criado o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), pelo sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, com a missão da construção da democracia, combate das desigualdades e estímulo à participação cidadã. Em 1986, foi criada a Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social (FIDES), por empresários, executivos e empresas de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A FIDES foi fundada com o propósito de humanizar as empresas e promover seu relacionamento com a sociedade. Em agosto de 1990, foi constituído o Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), por jovens líderes empresariais paulistas, tais como Oded Grajew, Emerson Kapaz, Salo Seibel, Joseph Couri, Paulo Butori, Adauto Ponte, Eduardo Capobianco e outras lideranças da indústria paulista. Atuando nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Brasília, Presidente Prudente e Ribeirão Preto, o PNBE articulou empresários para tornar o país economicamente mais desenvolvido, socialmente mais justo e politicamente mais democrático. Dentro da visão de que a empresa pode ser um agente de transformação social, o PNBE se propôs a ser um indutor de uma nova consciência e um instrumento para promoção de mudanças no ambiente interno e externo da empresa, juntamente com outras entidades de idéias e objetivos coincidentes. Ainda em 1990, foi fundada a Fundação ABRINQ pelos Direitos da Criança e do Adolescente, pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ). A Fundação ABRINQ tem como missão promover a defesa dos direitos e o exercício da cidadania da criança e do adolescente. Sua atuação é pautada pela Convenção Internacional dos Direitos da Criança, Constituição Federal Brasileira e Estatuto da Criança e do Adolescente. Nos últimos quatro anos experimentou um crescimento de projetos e programas em âmbito nacional, além da ampliação da atuação em políticas públicas. Em 1993, Betinho e o IBASE lançaram a Campanha Nacional da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, com o apoio do PNBE. Este evento constituiu-se o marco da aproximação entre os empresários e as ações sociais. Em 1995, foi fundada a Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania (CIVES), por um grupo de empresários simpatizantes do Partido dos Trabalhadores e comprometidos com a questão social do país. Eles começaram a se reunir desde o final da década de 80, procurando encontrar um canal de participação política que contemplasse seus anseios. As atividades da CIVES visam estimular os empresários e profissionais liberais a participar da vida política do país, com debates sobre novos conceitos de administração pública que privilegiem a ética e a transparência nas relações do poder público com o cidadão, a justiça social e a gestão participativa da sociedade. Também é objetivo da associação construir e promover uma nova ética nas relações entre capital e trabalho. No mesmo ano foi III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 3 fundado o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), por 25 organizações privadas que investem recursos em projetos sociais. O conceito de trabalho do GIFE concentra-se no investimento social privado, por meio do repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais de interesse público. Em 1997, o sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, lança uma campanha nacional a favor da divulgação do balanço social, com o apoio de lideranças empresariais, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do jornal Gazeta Mercantil, de empresas e instituições representativas. A campanha suscitou uma série de debates na mídia, seminários, encontros e simpósios. Em novembro do mesmo ano, o IBASE lança o “Selo do Balanço Social”, oferecido a todas as empresas que divulgassem o balanço social no modelo proposto pelo IBASE. No mesmo ano foi fundado o Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), vinculado ao World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), com o propósito de promover o desenvolvimento sustentável e fazer gestões junto às autoridades governamentais, não apenas para defender os interesses específicos do empresariado, mas, principalmente, para contribuir na consecução de uma política geral de desenvolvimento sustentável no país. No ano de 1998, foi fundado o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Idealizado por empresários e executivos oriundos do setor privado, é uma organização não governamental criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa. Seus associados – empresas de diferentes setores e portes – têm faturamento anual correspondente a cerca de 30% do PIB brasileiro e empregam cerca de 1 milhão de pessoas, tendo como característica principal o interesse em estabelecer padrões éticos de relacionamento com funcionários, clientes, fornecedores, comunidade, acionistas, poder público e com o meio ambiente. O Instituto Ethos constitui-se num pólo de organização de conhecimento, troca de experiências e desenvolvimento de ferramentas que auxiliam as empresas a analisar suas práticas de gestão e aprofundar seus compromissos com a Responsabilidade Social. É hoje uma referência internacional no assunto e desenvolve projetos em parceria com diversas entidades internacionais. Em 2004, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), concluiu a norma NBR 16.001 – Responsabilidade Social: Sistema da Gestão, elaborada por uma comissão formada por representantes do governo, setor produtivo, organizações não governamentais, entidades de classe e academia. 3. A NBR 16001

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