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A Exploração Dos Recursos Marinhos E A Importância Da Gestão Dos Recursos Psicolo

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Por:   •  26/10/2013  •  4.000 Palavras (16 Páginas)  •  4.054 Visualizações

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Introdução

Obedecendo a professora da disciplina de geografia apresentamos este nosso humilde trabalho que tem como tema: A Exploração dos Recursos Marinhos e a Importância da Gestão dos Recursos Psicolo. De acordo com um estudo recentemente publicado por cientistas americanos é possível satisfazer os desejos das associações conservacionistas e da indústria pesqueira, bastando para tal dispor de certo tipo de informações relativamente à ecologia das espécies marinhas em causa e aos seus habitats para orientar as práticas de gestão.

A degradação dos ecossistemas marinhos é uma das problemáticas ambientais mais debatidas na actualidade, sendo as actividades humanas apontadas causa principal. Entre outros factores, a exploração dos recursos marinhos através da pesca é uma das origens do problema, sendo que, regra geral, a exploração dos recursos marinhos é considerada incompatível com a sua conservação.

Exploração e conservação dos recursos marinhos podem ser alcançadas em simultâneo, defendem os cientistas

No entanto, num artigo recentemente publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, um conjunto de cientistas da Universidade da Califórnia, afirma que tal não é necessariamente verdade.

Com efeito, Chistopher Costello e os seus colegas defendem que é possível conciliar ambos os interesses da indústria pesqueira e dos conservacionistas fazendo uso de certos dados específicos da ecologia das espécies marinhas, nomeadamente no que diz respeito aos locais de postura.

Segundo explicam os cientistas existem dois tipos de áreas nos habitats marinhos onde ocorrem as diferentes espécies. Por um lado, há as “fontes” - locais onde os animais fazem as suas posturas – e os “sumidouros” para onde as larvas se deslocam e onde permanecem até ao fim da vida.

Se se combinar os conhecimentos relativos à distribuição destes dois tipos de áreas para as diferentes espécies com modelos oceanográficos que integrem dados sobre a circulação das correntes, é possível limitar as actividades pesqueiras aos “sumidouros” e simultaneamente, concentrar os esforços de conservação, através da constituição de áreas marinhas protegidas, nas zonas que funcionam como “fontes”.

Assim, “Podemos conservar e aumentar o rendimento das pescas ao mesmo tempo” explica Costello. “Isto pode surpreender muita gente. Temos tendência para pensar que temos de escolher entre a Economia ou o Ambiente e que não podemos ter os dois. Esta é uma situação em que isso é possível mas é necessária certa informação espacial para o conseguir”.

E o investigador acrescenta “Antes de ser publicado este artigo havia já uma vaga ideia que precisávamos de mais informação mais completa – mas não estava claro porquê ou como utilizá-la”. Este artigo torna claro que “a informação espacial tem o potencial para alterar as abordagens em termos de gestão”.

A degradação dos recursos biológicos marítimos

• Durante muito tempo, as imensas riquezas biológicas dos extensos ocea¬nos pareceram inesgotáveis, suscitando a ideia "tranquilizadora" de que os mesmos não viriam a colocar problemas de desequilíbrios e de delapidação dos seus recursos. Nessa perspectiva (diga-se já errada e perigosa) e porque havia livre acesso à exploração, todos se julgaram com direito de se servirem dessas riquezas ao sabor das suas necessidades ou das suas fantasias, sem se preocuparem com as consequências e sem prestarem contas a ninguém. Porém, a realidade depressa se mostrou bem diferente: os desequilíbrios, que se manifestam quer pela ruptura das cadeias biológicas marítimas quer pela sobreexploração, constituem factos que hoje ninguém ousa contestar.

A busca de espécies capazes de proporcionar lucros consideráveis desenca¬deou uma concorrência desenfreada, que se reflecte em destruições maciças, com a consequente diminuição das respectivas populações piscícolas e de outros animais marinhos. Como as regiões costeiras são as mais intensamente exploradas é nelas que se verifica uma drástica redução de algumas espécies, o que leva os pesca¬dores a terem de explorar zonas cada vez mais longínquas.

Pesca artesanal do atum.

Pescando os peixes adultos de maneira moderada não se diminui a quanti¬dade global do pescado, antes se favorece o seu aumento. Isto porque a ali¬mentação de que dispõe uma população de peixes serve para manter vivos os já adultos e para crescimento dos ainda jovens. Daí resulta que uma certa diminuição periódica do número de peixes adultos favoreça o crescimento dos novos, o que traduz o interesse que a exploração racional dos recursos piscatórios para o ser humano.

Ora, sendo assim, os problemas graves surgem então exactamente com o ca¬rácter irracional de que a exploração desses recursos se reveste, principal-mente através da utilização dos modernos processos de captura, que não têm em conta nem as espécies que interessa pescar e, o que é mais grave, nem o tamanho do pescado.

A pesca de arrasto, que não utiliza redes de malha suficientemente larga pa¬ra deixar escapar os peixes (e outros animais marinhos) pequenos, é, sem dú¬vida, um processo altamente destruidor. Mas, mais destruidora ainda é a captura pelos processos ultramodernos, como é o caso da sucção (ou das barreiras eléctricas), pelos quais tudo é absorvido: pequenos e grandes, bons e maus e até simples ovos! É óbvio que ao serem capturadas as espécies pe-quenas que servem de alimento às maiores, rompe-se ou, pelo menos, pertur-bam-se as cadeias alimentares, com a consequente dificuldade para a sobre¬ vivência das espécies predadoras.

Claro que os peixes, moluscos e crustáceos não são as únicas vítimas desta "colheita" abusiva. Outros grupos de animais marinhos vêem a sua popula¬ção diminuir em proporções inquietantes, como são os casos da baleia e da foca, seriamente ameaçadas de extinção.

2- A pesca de arrasto, quando nela são utilizadas redes de malhagem estreita, é altamente destruidora, já que por elas são capturadas também as espécies ainda jovens, de pequenas dimensões.

• Naturalmente que a delapidação dos recursos biológicos dos oceanos não se resume à captura incontrolada do pescado. Com efeito, a poluição das águas oceânicas conduz também à destruição da sua fauna. Produtos químicos, por vezes altamente tóxicos, são lançados continuamente nos oceanos quer directamente pelas indústrias costeiras e esgotos quer

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